sábado, junho 03, 2006

Cultuando confusão

Por incrível que pareça, ainda há tentativas de reaquecer uma personagem da nossa história política recente, que certamente vai acabar por se transformar em folclore político, marcando uma triste fase de corrupção, que começou no passado e imagina que poderá expandir-se no futuro.
O ex-deputado Roberto Jefferson ainda aparece em entrevistas, com as mesmas contradições e abobrinhas, mostrando que o brasileiro gosta de cultuar a confusão.
Não é preciso sequer entrar o mérito da questão, se existe ou não alguma verdade, ou meia verdade, ou verdade nenhuma, nas afirmações do deputado cassado, que ganhou ares de vilão redimido graças à parte da imprensa, com apelidos carinhosos, como “Bob Jef”...
A única certeza que temos é de que Roberto Jefferson é corrupto confesso, o que poderia ter sido uma grande oportunidade de desnudar os cantos escuros da corrupção. Mas, ao contrário, não forneceu garantia nenhuma de que merece crédito.
Por que suas palavras seriam dignas de alguma credibilidade? É óbvio que ele omite informações de décadas de sua experiência na corrupção. Faz tempo que essa estranha combinação de “vilão-arrependido” e de uma mídia planejada transformou-se em um bagaço sem sumo.
O que nos leva a imaginar como será a campanha eleitoral que se aproxima, diante do desespero dos candidatos de partidos que usaram de muita política no passado e pouco resultado prático no governo do país. Não há base de realizações, na sucessão de governos comprometidos com antigas estruturas, que hoje não fornecem mais suporte econômico, político ou popular. Certamente, será uma guerra de denúncias vazias, agressões e incitamento popular. Uma coisa bastante desagradável e fora dos padrões de um país que cresce em sua autonomia no cenário mundial

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