sexta-feira, setembro 28, 2018

O VOTO E A AMEAÇA À DEMOCRACIA

(Tribuna da Internet)
Vésperas de pleitos eleitorais sempre são tensos, mas este ano de 2018 o estresse do eleitor parece atingir o seu ponto máximo. A ponto de, em muitos casos, interferir na vida familiar e nos círculos de amizade maios íntimos.

O que está acontecendo? É proposital a sensação de caos? É proposital!


Os últimos anos foram marcados por fatos que desestruturaram a confiança no país. A partir do golpe de 2016 - quando parlamentares dos partidos conservadores conseguiram aprovar um impeachment sem base constitucional e com aval de ministros do Supremo Tribunal Federal (acusado de agir politicamente), a confiança no Estado desabou!

A partir da derrubada do governo eleito democraticamente, aconteceu um verdadeiro bombardeio de ações políticas  que geraram as falsas notícias, ou afirmações de acontecimentos que não tinham base alguma de realidade, com objetivo único de prejudicar um único partido político, o PT.

O resultado foi surpreendente:juntamente com o desprezo pela lei, incentivado pelos grupos políticos do golpe, a violência nas redes disparou, dando origem a candidaturas obscenas, que defendiam além das perdas trabalhistas e sociais, a defesa da violência e da discriminação.

Nunca antes o ambiente pré-eleitoral foi tão tenso! A ameaça da extrema direita e do "fascismo à brasileira" atingiu em cheio o cidadão brasileiro. O jogo eleitoral tornou-se parcialmente aberto, com uma fenda que demonstrou a complexidade do jogo do poder.

Apoiar candidatos que jogam com o medo e a violência é desencadear o ódio e a revolta contidos dentro de pessoas que não estão em equilíbrio e que em ambientes assim soltam todos os desajustes, frustrações, medo e raiva reprimida. Aumentam os casos de intolerância ao próximo, o racismo, a homofobia, os espancamentos e assassinatos de mulheres e políticos da oposição! Como o caso recente do assassinato do garoto Daniel,  do filho do candidato a deputado federal pelo PT, José Carlos de Oliveira, em Curitiba, no Paraná  e de Marielle Franco, do PT no Rio de Janeiro.

Nos próximos dias estão marcadas manifestações de grande porte que pretende, expor a principal ferida deixada pelo golpe de 2016: o risco dom fascismo e da ditadura! Mesmo a previsão das eleições democráticas para próxima semana não consegue acalmar a grande tensão deixada nas entrelinhas das ameaças de grupos políticos que defendem o neoliberalismo e que foram os principais propulsores do crescimento de defensores da violência.

Independente de qualquer coisa no entanto, as eleições livres devem ser visualizadas com seriedade, sem os resmungos do voto branco ou nulo, que não passam de um "lavar as mãos" que pode fortalecer os movimentos fascistas.

EM QUEM NÃO VOTAR

É muito importante tentar descobrir os melhores candidatos para o voto, mas isso fica mais fácil se primeiramente forem definidos os nomes que não devem ser reeleitos. Políticos que apoiaram o golpe de 2016, certamente, não são confiáveis à democracia e carregam nos ombros a atual ameaça do crescimento do fascismo e da violência.

Não basta pensar apenas no voto a Presidência da República. Apesar do Brasil ser um país presidencialista, estratégias dos grupos de poder levaram ao golpe de 2016 com a maioria do Congresso, deputados e senadores que formam grupos fortes, como a bancada ruralista (integrada pelos interesses dos grandes proprietários rurais) que consegue eleger 1/4 do Congresso e aprova medidas como o uso indiscriminado de agrotóxico proibido em outros paises.

O voto no governo do Estado, em deputados estaduais e federais e senadores tem uma importância enorme no futuro do país. Eles vão aprovar leis que acabam com direitos do trabalhador ou com o sistema de saúde!

Observe o histórico de seu candidato e não suas palavras de campanha na TV.  Você pode votar apenas na legenda do partido se esquecer os nomes, mas é bom pesquisar, anotar e levar essa lista de nomes escolhidos para sua cabine de votação.

Lembre-se da enorme responsabilidade: se escolher voto apenas porque tem antipatia pelo partido, pode cair nas mãos de outros que vão governar sem ações sociais e trabalhistas. Compare os governos anteriores e vote no governo que melhor equilibrou o país, para a Presidência da República, Senado, Câmaras federal e estadual e governo do Estado.

Arquivo do blog