quinta-feira, março 13, 2008

COMO ESTÁ DIFÍCIL EDUCAR


Antigamente as regras eram claras, objetivas, resumidas. Resultado: exercer a função de pai e mãe era tarefa mais fácil. Mas hoje......
Depois de uma reunião com pais de alunos, uma orientadora pedagógica, meio constrangida, acabou confessando, em “off”, que educar com eficiência era uma missão quase impossível. “Com pais tão confusos, como lidar com os filhos?”
É preciso coragem para admitir que exercer a função de educar e orientar os filhos nos dias de hoje não é tarefa fácil. A maioria dos pais se fecha em uma concha, com sentimentos que vão desde a sensação de impotência à derrota definitiva. A sensação de tranqüilidade em relação ao domínio da função da maternidade ou da paternidade começa a tremular nos anos de crescimento da criança e chega ao impacto profundo na fase da adolescência.
A classe de uma escola é um retrato resumido da confusão enfrentada pelos pais no trato com os filhos. Em qualquer classe social, em graus diferentes, isso vem ocorrendo sem grandes exceções.
O resultado é um afastamento cada vez maior na relação entre pais e filhos, que repassam para a escola a esperança de “conserto” no mecanismo aparentemente defeituoso da relação familiar e social.
“Eu realmente não sei a medida certa entre a repressão e a liberdade que devo dar aos meus filhos”, lamentou um pai de aluno.
Reprimir, hoje, equivale a criar um ambiente de guerra. Os pais sentem-se acuados diante da reação dos filhos, que utilizam argumentos baseados no próprio caos social para impor a vontade.
“As crianças, quando chegam na adolescência enfrentam um turbilhão de sentimentos, sensações e pensamentos”, analisa a psicóloga clínica Maria Luiza Dada, “Ela sente que tudo está muito diferente de antes e acaba por não entender o que está acontecendo. Não sabe como trabalhar tudo isso”.
Nem os pais. O conselho principal estaria em um conjunto equilibrado de ações dos adultos no trato com os filhos. Juntar na relação amor, compreensão, respeito, limite e apoio.
Para quem vive essa relação cotidiana entretanto, é preciso mais do que a simples teoria. Adolescentes do novo milênio são mais agressivos, exigentes, tem dificuldade em lidar com limites e ouvir um “não”. Estão habituados à violência na ficção e confundem os limites da realidade.
Autoritária nos velhos tempos, excessivamente tolerante nos anos 80, a relação entre pais e filhos precisa ser reformulada. É preciso dialogar muito. As regras são importantes e devem ser discutidas com clareza e objetividade, para que crianças e adolescentes entendam a importância delas.
Os limites existem para permitir a convivência. Os pais são obrigados a assumir novas responsabilidades e tem menos tempo para ficar com os filhos. Para cumprir com o papel de educar a escola de hoje precisa também evitar a baixa auto-estima do aluno, que necessita de confiança para o aprendizado. Aliás, não só do aluno, mas também do professor e outros funcionários.
A ampliação da ação da escola na educação e assessoria emocional não diminui a necessidade dos pais de sentir acertos na relação com os filhos. As relações familiares estão em grande mutação e a proposta da escola deve ser a de uma co-educação junto aos pais, no sentido de ajuda-los a compreender as mudanças e promover uma adaptação às novas situações.




Principais dúvidas dos pais



“Não” ou “Sim”? A questão do limite para a criança, desde que começa a andar e ter contato com o ambiente. Esse problema é acentuado na adolescência, momento em que a moda dita o comportamento, inclusive alguns perniciosos, como o uso de bebidas alcóolicas, cigarro e outras drogas, além da vida social e horários noturnos.
Conforto ou Realidade? Se a situação financeira permite, é saudável realizar todas as vontades da criança no que se refere ao consumo? Da mesma forma, satisfazer as vontades da criança e adolescente, no que se refere à ociosidade em casa, inclusive em pequenas tarefas domésticas, é pernicioso?
Dureza ou Tolerância? A medida entre a firmeza e a tolerância à deslizes é outro fator de dúvida e culpa dos pais, que também são influenciados pelo meio em relação à permissividade ou repressão.

Principais reclamações dos filhos

"Não sou mais criança!" Adolescentes reagem diante das determinações dos pais, mesmo que não sejam em tom repressor
"Meus pais não me entendem!" Os filhos, em geral, reclamam do distanciamento dos pais e da falta de um “idioma” que permita o diálogo.
"Meus amigos podem!" Podem fazer determinada coisa ou possuem determinado bem de consumo. Principalmente o adolescente media o seu papel e imagem através de grupos da mesma faixa etária e reage com comparações. Um argumento que em geral confunde os pais.

quarta-feira, março 12, 2008

Absurdos na Africa do Sul

A Comissão de Direitos Humanos realizou uma denúncia que parece ter saido de alguma ficção de mau gosto:"Estupre-me, Estupre-me" e "Espanque-me, Espanque-me" são dois jogos infantis que estão sendo usados na Africa do Sul!

Nesses jogos as crianças perseguem umas as outras e fingem que estão agredindo ou estuprando seus companheiros.

É surpreendente como uma situação assim pode ser realidade! E brutal! Todos os anos a Africa do Sul registra em média 54 mil queixas de estupro, mas a maioria dos casos não são denunciados. É provavel que a ca um minuto uma pessoa seja estuprada nesse país.

Um resultado de séculos de história de invasões no país, onde até 1994 vigorou o Apartheid, o sistema legalizado de discriminação racial que manteve o domínio da minoria branca nos campos político, económico e social.

Na década de 90, a aids se disseminou com força incomum na África do Sul. Mesmo com as campanhas de prevenção e dos esforços para garantir tratamento, nunca a Aids matou tantas pessoas como agora.

A África do Sul continua sendo o país com o maior número de pessoas infectadas com o vírus HIV no mundo. Segundo o relatório da Unaids, no final de 2003, aproximadamente 5,3 milhões de pessoas eram portadoras do vírus no país, sendo a maioria mulheres -2,9 milhões. O relatório lamenta o fato de que o número de infectados não vem caindo no país. O número de casos de Aids entre jovens grávidas também vem crescendo.

O relatório da Comissão de Direitos Humanos divulgado hoje analisa os sinais de violência nas escolas sul-africanas e propõe uma série de medidas às autoridades para evitar que sejam um dos principais locais de crimes contra as crianças.

Segundo a comissão, um quinto dos ataques sexuais sofridos por crianças sul-africanas ocorre quando estão nos centros educativos, sendo que uma grande parte é de responsabilidade dos próprios professores.

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