"(...)Da maneira como está, se é que está, então não dá para confiar em nenhuma informação? Discordo dessa postura, é preciso confiar em fontes de informação"
Certo, é preciso confiar em fontes de informação...confiáveis! Eu pergunto: de que adianta você obter uma informação que é manipulada, ou completamente falsa, sem fundamento na realidade?
Todos nós sabemos como é dolorida a impressão de que não se chega à verdade. Dói muito também sentir que somos manipulados, sem chance de opinião ( já que a opinião será baseada em fatos e visões distorcidas da realidade), mas isso acontece em todos os setores da mídia.
Para vender um produto, é preciso convencer o consumidor, não é? Pois para conseguir votos, também! O maior problema não é essa arte do convencimento, mas a baixaria que invade a privacidade alheia e pisoteia a ética, desrespeitando o consumidor, no caso do marketing comercial, ou o eleitor, no caso do marketing político.
Não adianta "tapar o sol com a peneira", temos de enfrentar essa distorção e arrumá-la. Se para quem vende produtos de consumo existem limites e regras - como a exigência de qualidade e veracidade na informação do produto divulgado - por que é que não há esforços da sociedade em também exigir responsabilidade dos políticos e de seus partidos na campanha?
Ética é ética, não pode ser dispensada. Respeito é fundamental!
"Tenho 17 anos e vou votar pela primeira vez (...) é muito complicado, não entendo nada, cada um fala uma coisa!"
"Vou votar pela primeira vez este ano, mas não tenho paciência para assistir programas politicos, nem ouvir discursos, que é que eu faço, chuto?"
Que dureza, não é André? E Marcella, não "chute" opção de voto, por favor, você estará arriscando seu futuro. Errando ou acertando, o importante é tentar votar com o máximo de consciência.
Como fazer isso? Difícil, mas não impossível. Primeiro: não vá na conversa de ninguém. Não confie apenas em uma fonte de informação, ou no seu professor ( para começar, Marcella, o professor de seu cursinho errou feio, pois manipulou informações aos alunos ao discursar sua opinião e omitir dados históricos de todos os partidos. Não há um partido "bicho-papão", existe um sistema viciado que precisa ser mudado) ou em quem quer que seja.
Leia o máximo de informação possível, em fontes variadas, com crítica, ou seja, observe as contradições, as "forçadas de barra" etc e tal. Estude história, pelo amor de Deus, sem conhecer o passado é impossível planejar acertos futuros!
Tá com preguiça? Se vocês não vencerem essa resistência contra a pesquisa de várias fontes e opiniões, além do registro histórico de nosso sistema político e sacar os interesses que envolvem o país, que são diferentes de interesses individuais dos políticos, vão acabar frustrando o voto.
Lembre-se, voto deve ser consciente, pensando-se no equilíbrio coletivo e não em paixões individuais.