sexta-feira, outubro 29, 2010

E-MAILS ELEITOREIROS INVADEM CONTAS

"Estou impressionada com a quantidade de e-mails que eu recebi e também pessoas conhecidas, como conseguem o endereço?(...) (Lia-BA)


"(...)Não falam de programas de governo,mas agridem a candidata Dilma ou falam mal do governo atual dizendo que sustenta vagabundos com o bolsa-familia(...)Não entendo de política mas isso não é crime,espalhar difamações? (PY)

Parece estar havendo surpresa geral na quantidade de e-mails com finalidade eleitoreira, invadindo inclusive a privacidade das contas. Aparentemente esses e-mails são programados, ou seja, automáticos, multiplicando-se  como "spam"no mundo virtual, sempre trazendo mensagens que visam denegrir a imagem do oponente - neste caso as denúncias mostram que a vítima é a candidata com maior intenção de votos, Dilma Roussef.

Como conseguiram seu endereço de e-mail, Lia? Há várias formas de invadir a privacidade de alguém. O próprio governo de São Paulo possui dados cadastrados de diversas fontes e esses dados podem ser corrompidos. Mas nem é preciso ir tão longe: existem empresas que se dedicam a vender e-mails, inclusive na forma de "kits econômicos" de pessoas físicas e jurídicas, onde 480 milhões de e-mail  são comercializados.

Essa prática vem substituindo a  antiga "mala direta" enviada pelo correio e os folhetos jogados nas casas e ruas. Para saber como esse esquema foi montado é preciso seguir a sua origem e para isso há necessidade da ação de autoridades competentes.

Quanto a dúvida a respeito de ser ou não ser crime a difamação, sim, obviamente é crime! O Capítulo V do Título I da Parte Especial do Código Penal Brasileiro trata dos "Crimes contra a Honra". Nem há necessidade de extrema grosseria ou gravidade para uma calúnia, boato ou fofoca ser enquadrada em crime, bastando que fique comprovado o fato de que houve danos à vítima. Há precedentes de punição até mesmo de fofoca em uma escola pública, que prejudicou uma professora.

O problema parece ser realmente a maneira como os boatos são planejados, de maneira a isentar aqueles que estariam envolvidos. No caso do PSDB, o argumento é que as difamações partem de filiados e não da cúpula do partido...

Como se vê a alternativa é desconfiar de toda informação que chega sem ser publicamente assumida, ou seja, se for na calada, no anonimato da internet, convém buscar informações confiáveis antes de acreditar nelas e acabar sendo vítima de uma manipulação grosseira.

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