sábado, setembro 18, 2010

IMPRENSA E ESCÂNDALOS




"De que maneira podemos saber se a informação que estamos lendo ou a notícia que estamos ouvindo têm realmente fundamento, são imparciais e dizem a verdade? (...) (Carmem Palmiere)


É um problema distinguir uma informação confiável daquelas que são manuseadas com objetivo de confundir o leitor.

De certa forma se esse problema existe é indício de que temos a liberdade de expressão e isso é bom. Mas por outro lado a responsabilidade sobre a veracidade da divulgação também deve ocorrer de acordo com a lei.

Lembre-se que a informação parcial pode acontecer em qualquer época e por motivos vários, em orgãos de comunicação respeitados, mas é no momento político que ela acontece com maior ênfase. Como agora!

Como havíamos concluído, é preciso observar a ação de cada um. Analise o conteúdo de maneira crítica. De fato há muita encenação política e, infelizmente, muita afirmação distorcida na imprensa.

"Distorcida" é o termo mais correto, porque em geral existe base confiável na informação. Só que ela é abordada e veiculada como convém à mídia de quem a publica.
Isso pode ocorrer também ocorrer por incompetência, não necessariamente por distorção intencional.

Como exemplo, vamos a um fato repetido exaustivamente: todos sabemos que a corrupção é sistêmica, um resultado de décadas, não um acontecimento recente. No entanto nunca havia sido investigada até o começo desta década!

Mas eu posso mudar essa realidade em uma manchete: "Índice de corrupção nunca foi tão alto", fazendo com que as pessoas, sem perceberem, relacionem a corrupção ao momento imediato.

Ou posso transformar uma ilegalidade que já existe também há décadas, em um escândalo atual. Como na denúncia de vazamento de informações, que é gravíssima, mas faz parte de um esquema de corrupção de funcionários da Receita e provavelmente de outros orgãos há quanto tempo. Como saberemos, se ninguém denunciava e o assunto veio à tona apenas por motivos eleitorais?

Há outro problema: boa parte dos orgãos de comunicação escrita e falada tem entre seus proprietários pessoas ligadas a partidos políticos. Por isso no período de campanha esses mesmos orgãos assumem um mesmo modelo, divulgando denúncias no mesmo esquema.

O único jeito de evitar ser tragado por essa mídia, é ler mais de uma fonte de informação e observar detalhes do noticiário. Quem tem preguiça, fica sem conhecer a verdade. Basear-se apenas nas manchetes é mau negócio. (AC)

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