Adolescentes e jovens estão mais sujeitos a morte violenta, em ocorrências crescentes nas últimas décadas: 76% , de acordo com dados da pesquisa "Mapa da Violência 2011 -Os Jovens do Brasil".
O estudo, realizado pelo Instituto Sangari em parceria com o Ministério da Justiça, impressiona porque mostra uma ascenção acelerada da incidência de acidentes de trânsito e homicídios de pessoas entre 15 e 24 anos: na década de 80 cerca de 30 jovens eram vitimas de morte violenta para cada 100 mil habitantes. Em 2008 já eram registradas 52,9 mortes por 100 mil habitantes.
O trânsito é o grande vilão, com aumento de 56,1% no mesmo período. Velocidade, ingestão de bebidas alcoolicas e, principalmente, o uso de motocicletas, que tornam o condutor mais vulnerável em caso de acidente são apontados como causa. Mas homicídios preocupam pela sua escalada. De cada 3 jovens assassinados, dois são negros.
O que se observa é que a população jovem está cada vez mais sujeita a violência em todas as suas manifestações. O próprio ambiente escolar, que antes era sinônimo de segurança, agora mostra descontrole, com o aumento de brigas entre crianças e adolescentes.
As agressões entre adolescentes aumenta perigosamente, principalmente nos namoros precoces. Entre 15 e 19 anos, nove entre dez adolescentes confirmaram sofrer algum tipo de violência. A violência verbal acontece em 85% das relações nessa faixa etária.
As causas são principalmente culturais e é observado um agravamento dos conflitos comuns a essa fase de vida, influenciados pelo ambiente de insegurança e pelo fato de que hoje a precocidade é cada vez maior, inclusive na sexualidade. Também a violência sexual entre adolescentes aumentou, embora o registro de ocorrências nas delegacias demonstre que a agressão maior vem da violência doméstica e abuso de incapaz. Ou seja, crianças e adolescentes são vítimas de situações de grande risco provocadas também por adultos.
A desagregação familiar, a miséria e as drogas são causas apontadas para o aumento dos problemas que levam os adolescentes a situações de risco. Mas a ausência do acompanhamento familiar - cada vez mais comum em todas as classes sociais, inclusive na classe média - é sem dúvida um fator de peso. O adolescente nem sempre conta com orientação adequada ou consegue suprir sua necessidade de atenção com os pais, que por sua vez deixam por conta da escola a responsabilidade de gerenciar a educação. O resultado é uma desorientação cada vez maior da criança e do adolescente.
Leia também
http://leiamirna.blogspot.com/2010/10/enfrentando-violencia.html
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É muito apelo sexual,filmes,programas e a criança cresce achando isso nornal e chegamos a esse ponto,escolas são usadas para videozinhos e sexo de adolescentes que não tem nem noção do que isso quer dizer
ResponderExcluirCrianças são criadas abandonadas mesmo as que tem dinheiro não tem orientação e apoio
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