As pessoas com excesso de peso estão em desvantagem no mercado de trabalho. A discriminação, que antes era velada e ocorria em menor percentual, aumentou a ponto de interferir não apenas em empresas com cargos que supostamente exigiriam maior condicionamento físico, mas também entre concursados de empresas públicas e do governo de São Paulo. Mesmo com excelente colocação nos concursos, candidatos a professores estariam sendo eliminados pela perícia por estarem acima do peso, mesmo apresentando um quadro geral de saúde muito bom.
A obesidade cresce no mundo todo (de acordo com a OMS existem um bilhão de pessoas estariam nessa condição), alerta para uma questão que envolve a saúde pública e também o preconceito contra quem acumula muitos quilos excedentes. O argumento é de que obesos são mais lentos e sofrem risco maior de enfrentar doenças como diabetes, alto colesterol e problemas cardíacos, prejudicando a produtividade das empresas.
Obesidade reprova candidatos! E este cerco aos gordos parece cada vez mais preocupante. Já correm processos na Justiça a respeito da discriminação, evidente quando um candidato consegue o primeiro lugar em um concurso e acaba preterido por ser gordo.
O fato acaba repercutindo em toda a sociedade e atingindo intensamente crianças e adolescentes, que sofrem também com discriminação quando são gordos. São as gerações criadas com a alimentação industrializada, com excesso de açúcar e gorduras, pouca atividade física e poucas horas de sono.
Logicamente querer reverter o quadro das populações obesas é não só aceitavel como necessário. O que não se pode é permitir a discriminação, seja na escola, seja no trabalho ou em qualquer outra circunstância. Paises do mundo todo estão realizando campanhas educativas e oferecendo apoio para uma maior qualidade na alimentação, mas esse é um processo demorado. A orientação para gestantes e pais é fundamental, da mesma forma que a merenda nas escolas, que nem sempre contém qualidade alimentar, mas sim excesso de calorias.
O problema aqui não é apenas para a população de baixa renda. Escolas particulares oferecem lanches com alto teor de gordura saturada e amido, que aliados ao consumo excessivo de refrigerantes e doces estão aumentando as estatísticas da obesidade e da diabetes - mesmo em crianças e adolescentes não obesos. Em casa a rotina repete alimentos calóricos e de poucas fibras.
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