quinta-feira, março 14, 2013

PENA LEVE PARA MIZAEL BISPO

Considerado culpado pelo assassinato da advogada Mércia Nakashima, Mizael Bispo recebeu pena extremamente branda: vinte anos, que na prática podem ser transformados em apenas 8 anos com o regime de progressão de pena.
A leveza da pena surpreendeu a família e populares. A exemplo da condenação do ex-goleiro Bruno, que foi condenado a 22 anos e três meses de prisão, Mizael gozará de breve estada na prisão, engrossando a listagem de pessoas que cometeram assassinatos considerados hediondos e que mesmo assim tornam-se cidadãos livres a curto prazo.
A pergunta é a seguinte: por que assassinos confessos ou condenados obtém penas iguais ou menores a de outros crimes considerados de menor gravidade?
Assassinatos não são o crime mais grave? Como ter condescendência com criminosos que tiram a vida de outra pessoa?
Do ponto de vista ético não haveria condição de evitar a pena máxima em casos de assassinato a não ser em situação de legítima defesa ou homicídio culposo, onde não há a intenção de matar. Mas qualquer assassinato premeditado ou violento não pode ser considerado passível de ser cometido por "alguém bonzinho" ou socialmente aceitável. Não existe isso! Quem mata pode parecer "normal" . Mas não é, pois ultrapassou a linha perigosa de uma ação temida por toda a sociedade.
Para isso temos leis e tribunais. Para retirar do meio indivíduos que mostraram um comportamento perigoso, que pode repetir-se.
Foi comovente uma gravação feita pelo celular por uma criança de onze anos, que denunciou um indivíduo perigoso, que estava sendo solto mesmo com a acusação de ter estuprado e matado outra adolescente.
Esse sujeito iria de novo para as ruas e sem dúvida pepetuaria as suas vítimas. É preciso reconhecer que a presunção da inocência não pode ser confundida com a realidade do risco de morte!
Há um extremo desleixo com a vida! E isso está acontecendo também em nossos tribunais, onde parece haver condescendência demais com assassinos.
Qual a diferença na gravidade do crime cometido por Suzane von Richthofen e os irmãos Cravinhos, que mataram o casal Richthofen enquanto dormiam, do crime cometido por Bruno Fernandes de Souza e comparsas que terminou com esquartejamento e sumiço do corpo de Elisa Samúdio ou ainda do crime de Mizael Bispo, que também foi cruel na premeditação e sumiço do corpo de Mércia Nakashima?
Suzane e os Cravinhos foram condenados a quase quarenta anos, o que parece uma condenação lógica a ser aplicada a qualquer assassinato premeditado e cruel. Não é possível entender as benécias recebidas pelo ex-goleiro Bruno ou por Mizael Bispo, que cometeram crimes de gravidade semelhante.
O receio é a impunidade - e penas leves são um estímulo a violência - que pode levar à maior banalização da vida humana. Mata-se sem grande receio da punição. Onera-se muito mais a sociedade tanto moral, como financeiramente e não se cumpre com o objetivo maior da lei que é preservar o meio de indivíduos que cometem atos violentos. (AC)


Um comentário:

  1. É puro machismo e pode-se ver que quando uma mulher é assassinada os assassinos homens tem punição menor.A Suzane é mulher e foi mais punida.É puro machismo

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