sexta-feira, dezembro 16, 2011

CORAGEM PARA APURAR VERDADES

Em matéria de política a única coerência possível  é a eterna vigilância do eleitor sobre as ações de seus eleitos. Escolher a ideologia de acordo com expectativas pessoais tem lá sua importância, mas transformar políticos em uma espécies de semi-deuses demonstra a incapacidade de entendimento do frágil equilíbrio que existe entre a máquina administrativa, nosso poder legislativo e o destino do país.
Por esse motivo parece pouco racional tentar encobrir denúncias de extrema importância para o país, como está acontecendo no caso de um livro lançado recentemente, chamado "A Privataria Tucana", onde uma série de relatos demonstra irregularidades ocorridas em governos anteriores.
Exigir apuração através de investigações da Polícia Federal é a melhor atitude diante de afirmações de corrupção. Aliás é o que vem acontecendo ao longo dos últimos anos, desde que o governo federal deixou de ser assumido pelo mesmo grupo político - marcadamente o PSDB e DEM - e cumpriu com a alternância legítima passando a ter como partido da situação o PT.
No início do governo Lula os adversários políticos iniciaram um bombardeio de denúncias, que no final das contas foram objeto de investigações. Assim que assumiu, a presidente Dilma Rousseff também passou - e ainda passa - por interferências diretas em seu governo, com grupos de parlamentares fazendo denúncias sistemáticas, apenas acusações de possíveis ocorrências, sem material crível , que ainda assim foram respeitadas pelo governo, que substituiu por várias vezes ministros para que não houvesse dúvidas quanto à idoneidade administrativa.
As denúncias feita no livro "A Privataria Tucana" são graves. É de interesse do próprio eleitor do PSDB saber se realmente procedem. Deveria ser de interesse do próprio PSDB colaborar com uma investigação séria, principalmente se os fatos ali narrados são realmente "um lixo", conforme se referiu textualmente o ex-governador José Serra em relação ao livro, negando qualquer procedência.
Ser denunciado por falcatruas não é, realmente, muito agradável. Inocente ou culpado, o objeto da denúncia torna-se um alvo da crítica popular.  Quem é inocente, no entanto, recupera-se após o levantamento real dos fatos, como vêm ocorrendo no caso das centenas de denúncias que foram descarregadas desde a febre das CPIs no Congresso, a maioria delas simples intriga política.
Melhor para todos, para os brasileiros e inclusive para o PSDB, que as denúncias contidas no livro sejam objeto de investigação!

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