Balbúrdia em plenário: desavenças e interesses pessoais são comuns em ambientes onde a preocupação deveria ser limitada ao bom-senso |
Essa questão está queimando os miolos de quem se surpreende com ações de parlamentares e Chefes de Executivo estampadas em manchetes policiais. Ninguém vai se atrever a dizer que a política brasileira está contaminada por indivíduos marginais ou que a figura do político, antes cercada de uma aura de respeitabilidade e gratidão pelo peso de sua função, está sendo interpretada como a de um vilão, que pretende usufruir de seu cargo para benefício próprio. Mas a situação merece, no mínimo, uma reavaliação.
O vereador Lozildo Barros matou o colega Rodrigo Federzoni fora do plenário, durante uma romaria. Triste ironia. |
Isso para evitar situações como a criação de quadrilhas no nosso Legislativo, recentemente denunciada e ainda sob investigação na Câmara Municipal de Taboão da Serra e de outras cidades, envolvendo não apenas Câmaras Municipais, mas Prefeituras.
O fato de um vereador matar um colega por motivo fútil é chocante, mas foi precedido de inúmeras outras ocorrências de violência entre políticos, inclusive em plenário. Há denúncias e relatos que envolvem inclusive quem desempenha função de presidente da Casa. Plenários do Legislativo, em diferentes níveis, transformam-se em arenas, quando não são usados para ofensas e palavrões ou meras disputas politico-partidárias, em um crescente desrespeito pela função. Outra ação absurda que se torna comum são as "piadinhas" em plenário, ridicularizando até mesmo assuntos que envolvem o desfecho de projetos de grande importância para o país. O que explica o crescente descrédito na qualidade de nossos políticos.
Onde vamos parar com uma situação bizarra como essa, no extremo da ironia que mostra legisladores " fora da lei", é uma incógnita!
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