sexta-feira, agosto 12, 2016

Um mundo sem regras e sem destino

Um mundo sem regras, sem respeito à cidadania, com leis distorcidas e uma espécie de "vale-tudo" nas mais diferentes áreas da atividade humana e produtiva de um país...
 Seria possível viver assim?
Aos defensores da anarquia, convém lembrar que esse mundo sem regras não é puramente baseado na liberdade, mas ao contrário, absolutamente preso à servidão e a imposições que mascaram a ilegalidade de um processo.
Imagine esse mundo, onde cada um faz o que quer e a hora que quer, movido unicamente pelo seu conceito de necessidade individual!
O cidadão seria uma espécie de peça descartável, exposto a toda sorte de agressões externas.
Sem direitos e possibilidade de projetar o futuro.
A criminalidade dispararia a um nível insuportável.
O setor produtivo sofreria todos os revezes ocasionados pela ausência de ordem.
A Saúde seria como uma roleta russa: sem garantias éticas, morais e competência, onde um cirurgião poderia atuar ao lado de um açougueiro.
Esse país teria um sistema judiciário obsoleto e a "mão da justiça" seria entortada contra cidadãos de bem, privilegiando os verdadeiros corruptos.
O país oscilaria em  sua soberania e ficaria à mercê de predadores, como  a antiga colônia ameaçada pelas invasões de outros conquistadores.
Falamos de uma decadência dos direitos, que pode acontecer mesmo com um poder centralizado ou justamente por causa de um poder centralizado que objetiva o caos social.
O que vem ocorrendo no país, com um Congresso povoado de parlamentares sem ética ou respeito às leis constitucionais, movidos por meros desejos políticos, cria esse estado de desordem.
É importante lembrar que o respeito às leis, à Constituição e à ética é um processo contínuo e não automático. Depende de vigilância constante e exemplo dos governantes e legisladores, e de um Poder Judiciário forte e honesto em sua imparcialidade.
Até que ponto esses parlamentares, que seriam teoricamente guardiões do país e do respeito ao cidadão, podem atuar como vilões grosseiros, comandados por interesses  que, a médio e longo prazo, causarão danos irrecuperáveis aos brasileiros?
É essa a pergunta.
Se um parlamentar não cumpre com sua função, deve perder o direito ao mandato.
Não importa se é um parlamentar ou 80 parlamentares, ou 200 parlamentares. O número não vem ao caso, mas sim a ação prejudicial ao país.
Supomos, portanto, que senadores que atuam contrariamente à democracia ou assumem uma postura que venha a ser prejudicial ao país, sejam punidos com a perda de mandato.
E que parlamentares que tenham se envolvido em atos corruptos comprovados ou indignos de sua função, que deve ser sempre em beneficio da coletividade e nunca a favor de sua pessoa como individuo,  sejam duramente punidos, politica e criminalmente.
E que magistrados que cometam abusos de poder, sejam também punidos, assim como magistrados que se omitam em punir as injustiças e proteger a soberania do país e o cidadão brasileiro.
Seria essa a resposta?




3 comentários:

  1. Estou sem palavras pq um artigo como este expos com tanta clareza a realidade nossa!!!Mas conseguiria essa sociedade em busca de democracia e justiça limpar o judiciario de seus cancros?

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  2. Estou sem palavras pq um artigo como este expos com tanta clareza a realidade nossa!!!Mas conseguiria essa sociedade em busca de democracia e justiça limpar o judiciario de seus cancros?

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  3. JosePedrosaJ8/19/2016 8:30 PM

    Nunca tivemos justiça imparcial. Quer exemplo? Moro já produziu 105 sentenças condenatórias. E nosso STF?

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