Agora o diploma de bacharel vai ser diferenciado para as mulheres, que serão bacharelas. É o mesmo caso de mestres e mestras. Podíamos passar sem essa! É o mesmo caso de presidente e presidenta. Ainda que gramáticos como Luís Antônio Sacconi e Domingos Paschoal Cegalla admitam essa variação, é uma bobagem, já que mestre, por exemplo, não tem conotação masculina, mas geral, assim como bacharel. Se vamos levar a ferro e fogo, homem jornalista vai querer ser "jornalisto", entre inúmeros outros casos...
Tudo bem! É verdade que a sociedade desde seus primórdios espremeu a figura feminina até transforma-la em uma folha transparente, mas precisamos analisar até que ponto essa mesma sociedade deve resgatar a obvia participação da mulher no mundo através da simples discriminação do gênero, que no final das contas é a menor preocupação diante de tantas discriminações è atuação da mulher nos centros de saber e poder.
Entende-se que essa diferenciação é simbólica e somos obrigados a admitir que tem lá sua função educativa, chamando a atenção para uma questão de profundas raizes políticas e não meramente semânticas. No entanto seria muito mais eficiente e produtivo mudar não para o feminino exaltando o abuso do masculino, mas para a neutralidade, como aliás é o caso de bacharel!
Precisamos aprender a simplificar a língua portuguesa, que já é extremamente diversificada e elaborada até na definição de gêneros. Certamente as maiores transformações não partem de estudiosos, mas do hábito popular, sempre soberano nas constantes correções e adições do dicionário. (MM)
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