quinta-feira, janeiro 06, 2011

PRISIONEIROS E TORNOZELEIRAS

Monitoramento de presos parece ser algo interessante, mas no Brasil essa opção de acompanhamento eletrônico que limita a liberdade vigiada virou piada! A questão nem é o monitoramento em si, realizado com relativo sucesso em outros países, mas sim a maneira como o benefício é interpretado e aplicado aos presos.

A questão é: quem merece a liberdade provisória? Basta realmente um bom comportamento e um quarto da pena no caso de réu primário ou um sexto da pena no caso de reincidente para alguém ser liberado, completamente livre, em datas especiais? 

A aplicação desse benefício é tão absurda, que mesmo sabendo que 7% dos presos não retornam à prisão e fogem, ela continua. Existe uma certa vantagem no monitoramente. Ontem  3 presos de Limeira tiveram suas saídas temporárias suspensas. A tornozeleira eletrônica teria detectado que o horário de recolhimento e área limite permitida haviam sidos desobedecidos. Mas nesse caso funcionou porque os presos cumpriram com o mínimo de respeito ao benefício, mantendo as tornozeleiras!...

Até aí, tudo bem. O monitoramente eletrônico parece adequado em casos de liberdade parcial ou especial. No entanto ela não garante nada quando o preso não quer. Ou seja, quando a nossa Câmara dos Deputados aprovou a tal tornozeleira, deveria ter cumprido com seu dever e criado leis que favorecessem o controle da população carcerária, que vive em ambientes superlotados.

Aí está o problema: o alto investimento nas tornozeleiras resolve o que? Presos cortaram com facilidade essa peça e sairam lépidos para a liberdade, engrossando de novo e de novo o contingente de criminosos que por sua vez engrossam as estatísticas da violência.

Quer dizer que o cidadão paga para facilitar a fuga de criminosos que raramente têm recuperação! Por que isso acontece? Porque a superpopulação carcerária está provocando um fenômeno inesperado,o  de varrer a sujeira para debaixo do tapete ou, exemplificando de forma direta, mandando os criminosos já presos e julgados, com suas penas já determinadas, de volta para a criminalidade!

Assim, não há sociedade que suporte! O dinheiro gasto com segurança, com o aparato policial, com a máquina do judiciário, vai para o ralo! Poderíamos construir novos complexos prisionais, mas ao invés disso nossa Câmara dos Deputados sugere e aprova um projeto de pulserinhas no tornozelo de traficantes de drogas e ladrões que transformam esse alto investimento em lixo, ao cortar o equipamento e novamente gerar gastos para sua captura!

Liberar pessoas que cometeram crimes graves é uma grande responsabilidade. Presos evadidos roubam, assaltam e matam. Tornozeleiras podem ser úteis em casos específicos, nunca  na atrapalhada e ansiosa premiação aos presos que tem bom comportamento, mas continuam sendo uma ameaça à sociedade.

3 comentários:

  1. bandido não tem de sair da cadeia,se há superlotação que eles sejam mão de obra para construir prisões,pelo menos pagam seu pecado e ajudam a sociedade

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  2. existen presos e presos, tem pesoas que estaõ presas mas não são criminosos, sempre andaram cumprindo a lei e pagando seus impostos e derrepente comete um deslize e todo mundo o chama de marginal, que tem que botar tornozeleira para q todos o identifiquem por onde passar,a tornozeleira era para ser aplicada nos reincidentes e os fujoes, os de bom comportamento sem indole não precisam.

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  3. bandidos não tem que sair da cadeia. e os não bandidos, aqueles que cometeram um erro isolado e com certeza não voltarao a delinquir? estes poderiam ser voce ou um familiar seu, está faltando triagens no sistema de segurança, o estado está colocando ovelhas junto com lobos e destroi um homem de bem.

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