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quarta-feira, outubro 25, 2006
Educação financeira começa cedo
Já vai longe o tempo em que dinheiro era “problema de gente grande”. Tempos em que a introdução no mundo financeiro – o da sobrevivência propriamente dita – acontecia na juventude, paralelamente ao curso superior ou preparo para ingresso no mercado do trabalho.
Hoje há uma nova preocupação: educar financeiramente a criança, na mesma medida em que ela começa a tomar consciência de sua individualidade e de seu papel familiar e social. Sinal dos tempos. Aliás, um claro ultimato da sociedade consumista.
Essa necessidade já começou a ganhar corpo há tempos na família, onde de maneira improvisada e influenciada pela pressão de crises consecutivas e perdas de poder aquisitivo, os pais passaram a limitar os gastos.
Crianças da classe média passaram a ouvir com freqüência argumentos para a supressão de gastos e a abolição de hábitos dispendiosos. Nas classes mais pobres, sofreram a imposição da necessidade de trabalho precoce.
Na escola, a realidade já começou a preocupar os educadores.
O extremo estímulo ao consumismo e a realidade social enfrentada impõe essa nova preocupação na educação. O dinheiro não é a coisa mais importante da vida, mas é sadio que a criança entenda o seu papel e aprenda a lidar com a realidade.
Ensinar como lidar com dinheiro não é uma tarefa simples. Alguns pais decidiram estabelecer mesadas, sob condição de não haver “pedidos extras” de gastos pessoais.
Estabelecer o gasto mensal em comum acordo e exigir o cumprimento do trato no uso da mesada pode ajudar a evitar brigas e desacordos quando o assunto é consumismo. E também iniciar um processo de entendimento sobre transações comerciais, lucros e débitos e o mundo financeiro.
E, principalmente, os limites que cercam cada realidade familiar no que se refere à hábitos de consumo.
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