sexta-feira, abril 10, 2015

A RESPEITO DE RATOS EM PLENÁRIO

As palavras devem ser simples, para ser entendidas. Analisar situações de complexidade política, exige a tradução adequada, de maneira que todos entendam o que se pretende colocar. E finalmente temos uma maneira simples, acessível e direta de tocar em um ponto vulnerável da sociedade, que é a sua representação parlamentar.
Há ratos no Congresso Nacional. Foram soltos por encomenda...
Dizem que não se deve dar cusparadas para o alto, sob o risco de molhar o focinho. Esqueceram a sabedoria popular na Casa Legisladora.
É claro que isso não é exatamente uma novidade.  O inedetismo fica por conta do desleixo, uma condição que parece não mais preocupar um e outro vereador,  deputado estadual, deputado federal e senador. Ainda existe hipocrisia, mas surgiu a mania de alguns irritados parlamentares, de expor o miolo bolorento do pão político.
O país assiste, assustado, a um pandemônio de declarações, onde se prega a desobediência à Constituição e até mesmo se incentiva a discriminação. 
A tônica em plenário sempre foi a eurística (aquele palavreado que ocupa horas e no final das contas não diz coisa alguma), temperada recentemente com adjetivos desqualificativos e palavrões aos pares, cuidadosamente precedidos do tratamento de "vossa excelência"! E, nem tão raro assim, até nas instâncias municipais, a emoção de bofetadas e alguns socos em plenário.
O que são parlamentares? São cidadãos que assumem a responsabilidade imensa de legislar para o país, acompanhando projetos e representando a vontade popular. Quem são os parlamentares? Ora, exatamente quem colocamos dentro do Congresso, através do voto. Mas o que fazem os parlamentares?
É nesse ponto que ninguém entende nada!
Política é assunto complicadíssimo, considera a população em geral. Parece que o entendimento de um trabalho na Câmara Federal está acima da compreensão popular. Assim como o jargão jurídico, criado para dificultar o entendimento do leigo, o palavreado e a burocracia legislativa existem para que ninguém entenda coisa alguma.
O  governo federal já deu o primeiro passo, com a chamada transparência. É uma maneira de permitir que o cidadão comum saiba o que está sendo feito, quanto se está gastando e quais são os projetos dos diferentes ministérios.
Essa transparência precisa ser feita no Congresso. Não se trata de mostrar entrevistas na TV Senado ou da Câmara Federal e de outras instância legislativas no país, mas de simplificar a rotina publicada nos sites, usando a linguagem que precisa ser usada: a tradução dos projetos, o nome dos parlamentares que votaram contra ou a favor, as principais linhas discutidas em prós e contras, sem os excessos eurísticos, que isso ninguém aguenta!
Quem vai começar a desburocratizar os plenários?  (Mirna Monteiro)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

A sua opinião é importante: comente, critique, coloque suas dúvidas ou indique assuntos que gostaria de ver comentados ou articulados em crônicas!Clique duas vezes na postagem para garantir o envio de seu comentário.

Arquivo do blog