MIRNABLOG analisa os acontecimentos e discute as dúvidas com imparcialidade, respeitando a sua inteligência
quarta-feira, julho 28, 2010
Trotes e contos do vigário
"(...)Disseram que eu havia ganho um prêmio no "torpedão do Faustão", do numero de fone (085) 96654656, e que deveria ligar para 0318596654656, com uma senha(...)fiquei curioso e liguei. Do outro lado da linha um cara disse que eu havia ganho, mas que teria de depositar uma quantia em dinheiro para receber o prêmio (...) O atendimento da Tim falou que nao era problema deles" (L.H - SP)
Você pode ter sido vitima de tentativa de estelionato, ou do "conto do vigário", mas isso está com cara de ser trote, o que também pode ser penalizado. Esse DDD - 85 -pertence ao Ceará!
O maior problema neste caso é o desinteresse da Tim. Como você disse a operadora estava no mesmo instante mandando mensagens de promoções de créditos e foi isso - a coincidência de mensagens seguidas, o motivo da confusão, que deu certa credibilidade ao texto que anunciava o sorteio do seu numero de celular.
Nos casos de tentativa de estelionato ou mesmo trote a operadora deve, sem dúvida, procurar a origem da ligação e denunciar o autor, como uma forma de demonstrar a credibilidade da própria empresa, que afinal está entre as operadoras da tal promocão. A Rede Globo também deve se interessar em atuar no alerta, explicando detalhadamente como é o contato com as pessoas que ganharam os prêmios.
Em relação a tentativa de golpe (ou trote), seria conveniente você também fazer uma denúncia.
Agora, todos devem, sempre, ficar alertas quando são informados de sorteios e prêmios que dependem de depósitos em dinheiro para pagamento de "taxas"ou seja lá para que for.
Quando você ganha um prêmio não tem de pagar nada! Nem comprar qualquer promoção. Ganhar um prêmio que prevê "despesas prévias" é sem dúvida um golpe.
Costuma-se dizer que os famosos "contos do vigário" funcionam em duas pontas: em uma está o estelionatário, em outra o inocente cidadão que é levado à cobiça, deixando de ser tão inocente assim.
Por exemplo, o sujeito é abordado na rua por uma pessoa simples, que se diz analfabeta e por isso não sabe como receber um prêmio da loteria por não ter conta bancária. Mostra o bilhete e o resultado e tudo ali parece certo: um bilhete aparentemente premiado.
Aí vem o golpe: a pessoa "simples e analfabeta" pede ajuda para que o bilhete seja comprado ou trocado. Em geral existe um comparsa, que atua como alguém que "passou"pelo local e se oferece para comprar o tal bilhete a preço de banana. Quem foi abordado sente a cobiça e diz que só pode pagar "X", o que é prontamente aceito. No final das contas o bilhete premiado é falsificado...
É fácil enganar. Outros golpes são antigos, mas sempre fazem suas vítimas:aplicado normalmente por telefone, o golpista diz que existe um saldo de aposentadoria, mas que para ser retirado é preciso efetuar um depósito na conta tal.
Pela internet os golpes são inumeros. Um deles: por e-mail chega a sugestão para a pessoa comprar pedras preciosas e utilizar a cautela que “garantem” ser valiosa, para obter empréstimos em bancos. Obviamente que este tipo de garantia não é aceita pelas instituições financeiras.
Anuncios de lucro fácil tam bém são perigosos e levam as pessoas à perda de dinheiro, sem que consigam comprovar o estelionato.A internet também é prato cheio para criar vítimas com recados em e-mails de bancos, quando a intenção é furtar senhas ou aplicar outras modalidades de golpes.
É preciso prestar atenção! Cuidado com o carregador de malas que aparece do nada e se propõe a transportar malas por valores irrisórios ou por cortesia. Mas cuidado também se alguém pede a você que transporte algum pacote, que pode conter drogas ou objetos furtados.
Enfim, não é possivel relatar todos os casos de golpistas, mas uma coisa é certa: quando a esmola é muita, o santo deve desconfiar! Ofertas muito vantajosas, premios que surgem do nada, consorcios acessiveis demais, lotes de terra baratos demais (as vezes nem tanto), enfim, toda e qualquer situação que aguce a sua própria cobiça...A regra é observar e nunca aceitar nada sem pesquisar a fonte. Se não se consegue a fonte crível, desista de qualquer oferta, pois ela certamente esconde a intenção de algum golpe!
terça-feira, julho 20, 2010
O medo da impunidade
Quando foi chamado de assassino pelas pessoas que se aglomeravam nas proximidades do prédio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde foi prestar depoimento na última terça-feira, Mizael Bispo de Souza sorriu!
Impressionante como um sorriso pode ter tamanha força de desdém pela tragédia humana. O policial militar aposentado Mizael ainda não foi julgado pela morte da advogada Mércia Nakashima. Mas quem sorri diante do protesto popular de mais um assassinato?
Já o goleiro Bruno também sorriu bastante nas entrevistas e nos treinos que aconteceram logo após a denúncia de que Elisa Samúdio havia sido assassinada na ocasião em que visitava o sítio do ex-amante a convite dele mesmo. Agora mantém-se mudo e estático, depois de desastradas declarações ä imprensa durante o vôo entre o Rio e Belo Horizonte, onde admitia que seu amigo de infância e fiel servidor poderia de fato estar envolvido no assassinato de Elisa.
São apenas dois casos, entre muitos. A vida das mulheres anda "por um fio", em um momento em que acredita-se que é muito fácil matar e conseguir safar-se da Justiça.
Todos os cidadãos, culpados ou inocentes, tem direito à defesa, enquanto não houver definição de sua responsabilidade no crime praticado. No entanto a questão ética esbarra no princípio da ponderabilidade: em um crime onde há provas técnicas e testemunhos, além de amplo histórico que corrobora a ação criminosa, como fica a defesa? Teria ela direito de exagerar os fatos, querendo fazer crer por exemplo que um empurrão dentro de uma delegacia foi um grave espancamento? Ou forçar artificialmente outras situações, como depoimentos e entrevistas, para tentar "virar o jogo"? Ou a defesa, diante de provas incontestáveis, deve assumir a defesa de seu cliente no sentido de minimizar a pena?
Questões éticas da Justiça interessam cada vez mais ao leigo cidadão, que afinal não quer impunidade porque ela ameaça sua segurança futura. (A.Corradi)
Impressionante como um sorriso pode ter tamanha força de desdém pela tragédia humana. O policial militar aposentado Mizael ainda não foi julgado pela morte da advogada Mércia Nakashima. Mas quem sorri diante do protesto popular de mais um assassinato?
Já o goleiro Bruno também sorriu bastante nas entrevistas e nos treinos que aconteceram logo após a denúncia de que Elisa Samúdio havia sido assassinada na ocasião em que visitava o sítio do ex-amante a convite dele mesmo. Agora mantém-se mudo e estático, depois de desastradas declarações ä imprensa durante o vôo entre o Rio e Belo Horizonte, onde admitia que seu amigo de infância e fiel servidor poderia de fato estar envolvido no assassinato de Elisa.
São apenas dois casos, entre muitos. A vida das mulheres anda "por um fio", em um momento em que acredita-se que é muito fácil matar e conseguir safar-se da Justiça.
Todos os cidadãos, culpados ou inocentes, tem direito à defesa, enquanto não houver definição de sua responsabilidade no crime praticado. No entanto a questão ética esbarra no princípio da ponderabilidade: em um crime onde há provas técnicas e testemunhos, além de amplo histórico que corrobora a ação criminosa, como fica a defesa? Teria ela direito de exagerar os fatos, querendo fazer crer por exemplo que um empurrão dentro de uma delegacia foi um grave espancamento? Ou forçar artificialmente outras situações, como depoimentos e entrevistas, para tentar "virar o jogo"? Ou a defesa, diante de provas incontestáveis, deve assumir a defesa de seu cliente no sentido de minimizar a pena?
Questões éticas da Justiça interessam cada vez mais ao leigo cidadão, que afinal não quer impunidade porque ela ameaça sua segurança futura. (A.Corradi)
quinta-feira, julho 15, 2010
Prisão e habeas corpus
"(...)não dá para entender esse pedido de liberdade do goleiro que está envolvido até o pescoço em um caso escabroso de assassinato(...)Se a justiça soltar o cara eu não entendo mais nada (...)...vivemos em um mundo sem lei?"(Alcides BH)
"(...)Gostaria da opinião de voces sobre a imprensa que anda falando só em suposto assassinado da moça Elisa(...)Já tem até descrição da execução da coitada (...)essas entrevistas com a mãe do menor que assistiu o crime, faça-nos o favor (...)parece que querem inocentar esse assassino e culpar só os empregados(...)" (W.G.- SP)
A lei prevê o pedido de habeas corpus, mas isso não quer dizer isso irá acontecer. As próprias autoridades policiais reconhecem que há muitas provas materiais e depoimentos que dão veracidade ao fato de Elisa Samúdio ter sido assassinada. É obvio que os advogados dos envolvidos tentam todos os recursos possíveis previstos em lei para solta-los ou inocenta-los.
Mesmo diante de declarações contundentes dos envolvidos, a imprensa é obrigada a tratar do caso com cuidado. Ainda que tudo indique que Elisa está morta, o corpo ainda não foi encontrado e o julgamento reconhecendo seu assassinato ainda não aconteceu. Por questões éticas, não se pode afirmar nas divulgações do caso que Elisa foi assassinada ou que tais envolvidos são os assassinos.
A Justiça possui elementos suficientes para esclarecer este caso, que ainda está em processo de coleta de provas, pericia técnica, depoimentos e indícios que poderiam levar ao corpo de Elisa no caso de assassinato.
"(...)Gostaria da opinião de voces sobre a imprensa que anda falando só em suposto assassinado da moça Elisa(...)Já tem até descrição da execução da coitada (...)essas entrevistas com a mãe do menor que assistiu o crime, faça-nos o favor (...)parece que querem inocentar esse assassino e culpar só os empregados(...)" (W.G.- SP)
A lei prevê o pedido de habeas corpus, mas isso não quer dizer isso irá acontecer. As próprias autoridades policiais reconhecem que há muitas provas materiais e depoimentos que dão veracidade ao fato de Elisa Samúdio ter sido assassinada. É obvio que os advogados dos envolvidos tentam todos os recursos possíveis previstos em lei para solta-los ou inocenta-los.
Mesmo diante de declarações contundentes dos envolvidos, a imprensa é obrigada a tratar do caso com cuidado. Ainda que tudo indique que Elisa está morta, o corpo ainda não foi encontrado e o julgamento reconhecendo seu assassinato ainda não aconteceu. Por questões éticas, não se pode afirmar nas divulgações do caso que Elisa foi assassinada ou que tais envolvidos são os assassinos.
A Justiça possui elementos suficientes para esclarecer este caso, que ainda está em processo de coleta de provas, pericia técnica, depoimentos e indícios que poderiam levar ao corpo de Elisa no caso de assassinato.
Assinar:
Postagens (Atom)