Imagine se alguém próximo a você mande uma gravação ou faça uma ligação com vídeo. A imagem, a voz, o jeito de falar e gesticular é o mesmo de sempre. Mas depois vem a surpresa: você descobre que esse encontro nunca existiu! A pessoa em questão não estava ali, apesar da imagem e da voz!
A grande ameaça do futuro é a inteligência artificial, ou IA. Pode ser que a experiência citada não vá acontecer de imediato em seu contato direto, mas nas redes as falsas imagens e palavras já são uma realidade perigosa.
Deepfakes são cada vez mais acessíveis e comuns e criam conteudos falsos manipulando todos os recursos , como fotos, áudios e vídeos. Tecnicamente utiliza o que chamamos de redes neurais generativas. Uma das mais recentes foi a manipulação dos incêndios na Califórnia, criando imagens que não correspondiam à realidade.
Nunca foi tão fácil enganar as pessoas e criar fakes.
Podemos distinguir as deepfakes da realidade cada vez com mais dificuldade. A única maneira de evitar ser vítima de fakes é a mesma de sempre, dos tempos mais primitivos da civilização: pesquisar as informações!
Mas isso não vai segurar a enxurrada de mentiras em textos, imagens ou áudios. Precisamos de uma legislação clara, que regule o uso da internet e puna os fakes com rigor. Porque a mesma mentira que antes provocava uma onda, hoje causa um tsunami: em poucas horas as mentiras se espalham pela web e "bombam" no espaço virtual, atingido milhares de pessoas e dificultando o conhecimento da verdade.
Preparem-se: a extrema direita, travestida de "arauto dos acontecimentos" vai infernizar as redes com mentira grossa. Antes de acreditar em um sujeitinho com cara de bebê que fala em nome da "familia" e da "democracia", ´busque várias fontes confiáveis sobre essas informações.