quarta-feira, agosto 29, 2018

A MULHER EM RISCO CONTÍNUO

Precisamos aprender a avaliar melhor as discussões e movimentos que se dizem "progressistas" para a condição feminina. Porque em toda bandeira acabam aparecendo os carunchos.
Veja o feminismo por exemplo. Quando a mulher passou a reivindicar direitos legítimos, surgiram os radicais, que acabaram por tornar o movimento feminista uma alegoria! E o sistema aproveitou-se muito bem disso, escravizando as mulheres "libertadas", sob outras grades.
Agora ouvimos candidatos neoliberais de direita e extrema direita referir-se a condição feminina de maneiras absurdas.
Um exemplo? O neoliberal diz que é preciso reduzir o Estado e privatizar o país para que "ele funcione" e que o mercado é quem deve decidir se mulher  ganha menos do que homem. "Deve haver alguma razão para que isso aconteça" declarou o dito cujo.
Há uma razão sim: o colonialismo, aquele que transforma um país em celeiro explorado pelo mercado!

POLÍTICA NEOLIBERAL ESCRAVIZA O PAÍS

A questão toda é: políticas neoliberais são mesmo sinônimo de neocolonialismo?

A confusão acontece porque o termo "liberalismo" dos anos 60 tinha conotação de fortalecimento do Estado. Hoje é o contrário: o neoliberalismo privilegia a força privativista em detrimento da força do Estado.
Nos anos 90 o Brasil foi submetido a uma politica governamental de privatizações.Estatais foram vendidas, a começar por siderúrgicas, bancos, telecomunicações, rodovias e aeroportos. O Banerj por exemplo, foi vendido ao Itaú! O país era governado pelo PSDB.

A fúria das ´privatizações, sempre vendidas abaixo de seu valor, foi controlada a partir de 2002.
Com o golpe parlamentar de 2016, as privatizações retornam com grande força. O governo do golpe anunciou 25 projetos de concessões e privatizações, em leilões que assombraram o mundo: além de atingir setores essenciais, houve uma espécie de "saldão" de um dos maiores tesouros brasileiros, o pré-sal.

Hoje candidatos defendem que essas privatizações devem continuar. Que o Estado deve ser mínimo e o poder privado soberano.

Se você privatiza e reduz o Estado, você deixa de ser um cidadão com poder de pressão sobre o privado. O Estado representa o que? Representa o cidadão e a soberania. Pagamos impostos e votamos em gerenciadores (legisladores e Executivo|) para administrar nosso bem, que é o país. Constitucionalmente, o povo decide esse gerenciamento.
O Judiciário assegura que assim seja (ou deveria assegurar), em decisão democrática que deve ser apoiada pelas Forças Armadas, que existem com o único objetivo de defender a soberania do país!

Mas se você privatizar setores essenciais e reduzir o poder do Estado, você terá o risco de interesses externos, de outros países, com suas multinacionais ou até organismos civis e militares, que terão acesso facilitado às riquezas, impondo regras através de setores privatizados.
Isso equivale a colocar em risco a soberania nacional.

A privatização de todos os setores e riquezas do Brasil, como petróleo, água e energia, saúde e educação, significa domínio sobre o povo e portanto, sobre o Estado.
Vamos a um exemplo do neoliberalismo: a saúde e seu sucateamento, que leva à dependência das empresas de planos de saúde e da indústria farmacêutica! Você corre o risco de morrer na porta de hospitais que só vão atende-lo se pagar caro. O Estado não interfere. Não regula preços, não assume sua responsabilidade. Não fornece a medicação  que é cara demais para o cidadão adquirir!
Se quem manda é o privado, os resultados ficam à mercê do mercado.
Produtos mais caros ou mais baratos vão depender  desse mercado, que não impedirá duas grandes ameaças: a formação de grandes cartéis e o poder de grandes corporações estrangeiras sobre setores essenciais, como petróleo, energia elétrica, água!
O privado determina o que e como você vai comer, já que existe o domínio da indústria de agrotóxicos. Ser obrigado a comer alimentos com alto percentual de agrotóxicos, porque isso enriquece empresários rurais e os fabricantes de venenos,  é um dos muitos riscos da política neoliberal!
 Sabe onde fica a sua livre iniciativa de mercado? O pequeno, médio e grande empresário brasileiro?Enterrado sob o peso das grandes corporações!

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