"Não acredito em nenhum partido politico, eles agem entre eles, nenhum politico presta" (anônimo)
"(...) parece que o objetivo é confundir.Votei no Lula e na Dilma e acho traição acordo com esse safado do Maluf em SP(...)quando tudo melhora aparece alguma coisa para estragar (...)" (Renan-SP)
"Gostaria de saber sua opinião, achei acertadíssima a recusa da Erundina(...) (Celia P- Santo André)
A questão parece envolver tempo: tempo de propaganda eleitoral, nas rádios e na TV. Costuma-se dizer que em matéria de política, a lógica é invertida. Na verdade é torcida. Isso porque a política é complexa e volúvel em seus desafios, tanto quanto a diversidade dos interesses. Neste caso as discordâncias do PT em torno dos acordos para a candidatura de Fernando Haddad à Prefeitura mostraram um dilema: o principal opositor, o PSDB, tem vantagens do tempo de propaganda, que poderiam ser atenuadas com o tempo do PP, partido de Paulo Maluf, que por sua vez se interessou pelo acordo com o PT.
É difícil "mastigar" as estratégias que envolvem a campanha eleitoral. Seria bom que a cultura e a politização da população atingissem um nível em que os interesses da maioria automaticamente fossem definidos e administrados. Dessa forma a política seria menos contraditória. Mas as regras eleitorais confundem a lógica popular.
O sistema eleitoral brasileiro é criticado por muitos para determinar o tempo dos partidos para propaganda eleitoral nas rádios e TV .
Em política os interesses não se combinam e a maneira de chegar a ações exige negociações para compatibilizar esses interesses. Os duelos que assistimos frequentemente no Congresso, por exemplo, são uma demonstração clara do jogo desses interesses diversificados.
A questão parece envolver tempo: tempo de propaganda eleitoral, nas rádios e na TV. Costuma-se dizer que em matéria de política, a lógica é invertida. Na verdade é torcida. Isso porque a política é complexa e volúvel em seus desafios, tanto quanto a diversidade dos interesses. Neste caso as discordâncias do PT em torno dos acordos para a candidatura de Fernando Haddad à Prefeitura mostraram um dilema: o principal opositor, o PSDB, tem vantagens do tempo de propaganda, que poderiam ser atenuadas com o tempo do PP, partido de Paulo Maluf, que por sua vez se interessou pelo acordo com o PT.
É difícil "mastigar" as estratégias que envolvem a campanha eleitoral. Seria bom que a cultura e a politização da população atingissem um nível em que os interesses da maioria automaticamente fossem definidos e administrados. Dessa forma a política seria menos contraditória. Mas as regras eleitorais confundem a lógica popular.
O sistema eleitoral brasileiro é criticado por muitos para determinar o tempo dos partidos para propaganda eleitoral nas rádios e TV .
Os partidos que lançarem candidatos tem garantia de rateio de um terço do total de tempo de propaganda enquanto os outros dois terços devem ser divididos proporcionalmente ao tamanho de cada bancada na Câmara. Em São Paulo quem tem o maior quinhão é o PSDB. Que por sua vez também está na briga contra o PSD de Kassab, embora tenha obtido vitória sobre o PT ao conseguir fechar com o PR quarenta inserções de 30 segundos, um tempo considerável em termos de propaganda.
Em política há sempre acordos e alianças que independem muitas vezes da ideologia dos partidos. Isso ocorre com tanta frequência que o eleitor nem mesmo observa com clareza as momentâneas "amizades" de antigos opositores. O objetivo é vencer. Boas intenções nem sempre vencem o poder da propaganda.
Naturalmente os ganhos e perdas dessas alianças precisam ser pensados. Curiosamente o PSDB que pretendia se aliar também ao PP de Maluf para conseguir mais tempo, não recebeu críticas nessa investida.
Ao recusar-se a aceitar a vice-prefeitura na chapa de Haddad na aliança com o PP, Luiza Erundina colocou em cheque a coerência do partido: Paulo Maluf envolveu-se em corrupção em seus governos.
Naturalmente a responsabilidade de Paulo Maluf atuar politicamente em um partido que tem tempo de propaganda política para negociar não é do PT. Da mesma forma o fato de PP e de Paulo Maluf definirem apoio à candidatura de Haddad fornecendo seu tempo para a campanha não significa perdão aos pecados de Maluf, nem tampouco aceitação do político em sua administração.
Mas, como Erundina deixou claro, contraria a sua rígida postura em não ter nenhuma forma de acordo ou aliança com políticos comprometidos com qualquer tipo de irregularidade ou corrupção.
Uma situação difícil de ser resolvida sem correr risco de prejuízo. O PSDB domina o tempo de propaganda eleitoral , em governos consecutivos em São Paulo. O PT se encontra entre a cruz e a espada: ou enfrenta a disputa com aparições e palavras breves (em desvantagem com a ferocidade típica do PSDB nas propagandas) ou arrisca maior tempo para neutralizar os ataques que são característica da estratégia do PSDB. Esta é a lógica, ilógica, de nosso sistema de campanha eleitoral.
Naturalmente os ganhos e perdas dessas alianças precisam ser pensados. Curiosamente o PSDB que pretendia se aliar também ao PP de Maluf para conseguir mais tempo, não recebeu críticas nessa investida.
Ao recusar-se a aceitar a vice-prefeitura na chapa de Haddad na aliança com o PP, Luiza Erundina colocou em cheque a coerência do partido: Paulo Maluf envolveu-se em corrupção em seus governos.
Naturalmente a responsabilidade de Paulo Maluf atuar politicamente em um partido que tem tempo de propaganda política para negociar não é do PT. Da mesma forma o fato de PP e de Paulo Maluf definirem apoio à candidatura de Haddad fornecendo seu tempo para a campanha não significa perdão aos pecados de Maluf, nem tampouco aceitação do político em sua administração.
Mas, como Erundina deixou claro, contraria a sua rígida postura em não ter nenhuma forma de acordo ou aliança com políticos comprometidos com qualquer tipo de irregularidade ou corrupção.
Uma situação difícil de ser resolvida sem correr risco de prejuízo. O PSDB domina o tempo de propaganda eleitoral , em governos consecutivos em São Paulo. O PT se encontra entre a cruz e a espada: ou enfrenta a disputa com aparições e palavras breves (em desvantagem com a ferocidade típica do PSDB nas propagandas) ou arrisca maior tempo para neutralizar os ataques que são característica da estratégia do PSDB. Esta é a lógica, ilógica, de nosso sistema de campanha eleitoral.