A presença do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, ao Brasil, prevista para o próximo dia 23, não deveria causar qualquer curiosidade maior do brasileiro. No entanto Shimon Peres, presidente de Israel, que esteve no país no início deste mês, criou uma expectativa e dividiu opiniões ao criticar abertamente a visita de Mahmoud Ahmadinejad.
Uma situação desconfortável para o temperamento brasileiro. Naturalmente Shimon Peres fez vários elogios ao Brasil durante sua estada, garantindo que pretende ampliar a cooperação entre os dois países e referindo-se a eles como "territórios complementares".
Shimon Peres também afirmou que o Brasil pode ajudar a estabelecer a paz entre israelenses e palestinos. "Sei que Brasil apoia o processo de paz e sua voz tem alto eco no mundo inteiro", afirmou Peres,que disse acreditar ser possível chegar à paz em um curto prazo, de um ano ou dois.
Mas o presidente de Israel foi extremamente crítico quanto a presença do presidente do Irã no Brasil. Suas declarações levaram o embaixador do Irã, Mohsen Shaterzadeh, a rebater as críticas."Os judeus não são contra a visita do presidente do Irã ao Brasil, quem se opõe são integrantes do movimento sionista, um regime criminoso e invasor" disse Shaterzadeh, antecipando que a visita de Mahmoud Ahmadinejad trataria de mais acordos do que os ocorridos entre Brasil e Irã nos ultimos cinquenta anos.
Shimon Peres disse que iranianos e judeus não eram inimigos no passado, antes da criação do Estado de Israel. O presidente do Irã Mahmoud Ahmadinejad por sua vez, declarou em entrevista que o Irã foi proclamado inimigo com alegações absurdas. "Se o holocausto aconteceu (sic)onde foi que aconteceu? Na Europa!" , disse Ahmadinejad, ressaltando que o Irã nada teve a ver com o fato. "Por que motivo então foram tomadas as terras da Palestina?", perguntou, afirmando que muçulmanos e judeus enfrentam uma questão basicamente territorial, com a invasão das terras e a criação do Estado de Israel após a segunda guerra mundial, na emoção do Holocausto.
De qualquer forma, a posição de Israel, que oficialmente colocou-se contra a visita do presidente do Irã ao Brasil, é no mínimo desconfortável e pouco adequada. O Brasil é um país atípico, orgulhoso de sua soberania, mas também consciente do fato de que pessoas oriundas de todos os países do mundo aqui convivem democraticamente. Certamente se houvesse alguma sanção ou uma postura oficial do Brasil a respeito de um dos países, haveria também a representação da opinião da maioria dos brasileiros.
MIRNABLOG analisa os acontecimentos e discute as dúvidas com imparcialidade, respeitando a sua inteligência
sábado, novembro 21, 2009
segunda-feira, novembro 16, 2009
O micro-vestido vermelho
Quem diria que um vestido vermelho seria motivo para celeuma, colocando em evidência a ética nas universidades e ao mesmo tempo proporcionando o minuto de fama para a protagonista - a universitária que usou o tal vestido?
É um pouco difícil entender realmente os sentimentos que motivaram a variedade de interpretações e reações ao fato. Afinal, trata-se de uma roupa...O vestido, de malha, é até bem pudico na parte de cima, onde sobra tecido, mas termina pouco abaixo do quadril, em uma faixa justa que aparentemente queria compensar a profusão de tecido logo acima. O vestido está sendo aqui detalhadamente descrito, para que se possa entender onde começa e onde termina. A história, não o vestido!
Seja como for, a universitária da Uniban em São Bernardo do Campo foi sumariamente julgada pelos colegas quando usou o tal vestido em um dia de aula. Alguns estudantes a acusaram de esquecer as calças em casa, alegando que o vestido não era vestido, mas uma blusa!
O resultado? Acusações de um lado, defesa de outro, estudantes reafirmando o exagero da roupa, enquanto outros realizavam protestos. Mas o episódio demonstrou uma verdade insofismável: a questão moral não é mais definida e as interpretações a respeito do que seria adequado em uma universidade são discordantes. Talvez por falta de regras claras!
Exagerado ou não, o vestido vermelho rendeu discussão e trouxe a universitária de 20 anos para os holofotes. Pode ser que a fama seja fugaz, mas a discussão a respeito da postura de estudantes diante de vestimentas mais "arejadas", assim como sobre qual seria a postura ética da universidade diante da reação e da penalização de um conselho universitário, certamente vão ainda render muita dor de cabeça.
É um pouco difícil entender realmente os sentimentos que motivaram a variedade de interpretações e reações ao fato. Afinal, trata-se de uma roupa...O vestido, de malha, é até bem pudico na parte de cima, onde sobra tecido, mas termina pouco abaixo do quadril, em uma faixa justa que aparentemente queria compensar a profusão de tecido logo acima. O vestido está sendo aqui detalhadamente descrito, para que se possa entender onde começa e onde termina. A história, não o vestido!
Seja como for, a universitária da Uniban em São Bernardo do Campo foi sumariamente julgada pelos colegas quando usou o tal vestido em um dia de aula. Alguns estudantes a acusaram de esquecer as calças em casa, alegando que o vestido não era vestido, mas uma blusa!
O resultado? Acusações de um lado, defesa de outro, estudantes reafirmando o exagero da roupa, enquanto outros realizavam protestos. Mas o episódio demonstrou uma verdade insofismável: a questão moral não é mais definida e as interpretações a respeito do que seria adequado em uma universidade são discordantes. Talvez por falta de regras claras!
Exagerado ou não, o vestido vermelho rendeu discussão e trouxe a universitária de 20 anos para os holofotes. Pode ser que a fama seja fugaz, mas a discussão a respeito da postura de estudantes diante de vestimentas mais "arejadas", assim como sobre qual seria a postura ética da universidade diante da reação e da penalização de um conselho universitário, certamente vão ainda render muita dor de cabeça.
sexta-feira, novembro 06, 2009
Abusos da Bandeirante Energia
"Inaceitável o tratamento recebido na agência de atendimento da Bandeirante Energia(...)Não há como reclamar direitos nessas agências, eles simplesmente olham pra tua cara e dizem que a cobrança está certa(...) Se você não pagar o que querem eles cortam a energia (...)"(Orlando Simões-SP)
"(...)Liguei para o serviço de atendimento, o 08007210123 e aparece uma gravação repetindo direto que as chuvas causaram interrupção de energia em Taubaté não dá para falar com um atendente(...)O site na Internet não funciona, quando se clica a opção para verificar as contas aparece o nome da gente mas não acessa as faturas(...) Dá um nervoso na gente, uma sensação de impotência".(Maria Isilda A.L -SP)
As reclamações a respeito da postura de concessionárias de serviços essenciais, como a energia elétrica, são fartas e retratam o abuso ao consumidor de várias maneiras. Mas como mudar essa situação? Certamente não é ficando calado. As denúncias são o referencial para as mudanças.
No seu caso Orlando, a alternativa envolve alguns passos: faça a reclamação por escrito, tire cópia para você guardar e envie pelo correio para o endereço da Bandeirante Energia S/A - Rua Bandeira Paulista 530 - Chácara Itaim- São Paulo-SP, CEP 04532-001.
Você vai registrar essa carta com Aviso de Recebimento ou AR. Guarde o documento do correio com a sua cópia (alguns dias depois o correio enviará a confirmação de entrega, que deverá ser guardada também).
Isilda, o atendimento pela internet e telefone é uma "faca de dois gumes". Da mesma forma que facilita a vida, agiliza e registra os fatos, também pode ser um estorvo e ser inoperante para o cliente. Para evitar prejuízo, o tempo é importante. As dificuldades de comunicação acabam favorecendo as empresas em detrimento do cliente pois desestimulam as reclamações.
Devemos usufruir da facilidade da internet, mas não podemos confiar inteiramente no sistema. Portanto o conselho para você é o mesmo do Orlando: registre por escrito sua reclamação. Mande pelo correio, com AR e guarde suas cópias como documentos.
Em ambos os casos, após cumprir com o comunicado à empresa em questão, as reclamações podem ser encaminhadas aos orgãos de defesa do consumidor e também à Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica. Como este é um problema que atinge a coletividade (sistema de atendimento), a denúncia ao Ministério Público também pode ser uma opção.
Processar ou não a concessionária virá apenas depois dessas providências, quando esgotarem-se os recursos para que as irregularidades sejam corrigidas.
"(...)Liguei para o serviço de atendimento, o 08007210123 e aparece uma gravação repetindo direto que as chuvas causaram interrupção de energia em Taubaté não dá para falar com um atendente(...)O site na Internet não funciona, quando se clica a opção para verificar as contas aparece o nome da gente mas não acessa as faturas(...) Dá um nervoso na gente, uma sensação de impotência".(Maria Isilda A.L -SP)
As reclamações a respeito da postura de concessionárias de serviços essenciais, como a energia elétrica, são fartas e retratam o abuso ao consumidor de várias maneiras. Mas como mudar essa situação? Certamente não é ficando calado. As denúncias são o referencial para as mudanças.
No seu caso Orlando, a alternativa envolve alguns passos: faça a reclamação por escrito, tire cópia para você guardar e envie pelo correio para o endereço da Bandeirante Energia S/A - Rua Bandeira Paulista 530 - Chácara Itaim- São Paulo-SP, CEP 04532-001.
Você vai registrar essa carta com Aviso de Recebimento ou AR. Guarde o documento do correio com a sua cópia (alguns dias depois o correio enviará a confirmação de entrega, que deverá ser guardada também).
Isilda, o atendimento pela internet e telefone é uma "faca de dois gumes". Da mesma forma que facilita a vida, agiliza e registra os fatos, também pode ser um estorvo e ser inoperante para o cliente. Para evitar prejuízo, o tempo é importante. As dificuldades de comunicação acabam favorecendo as empresas em detrimento do cliente pois desestimulam as reclamações.
Devemos usufruir da facilidade da internet, mas não podemos confiar inteiramente no sistema. Portanto o conselho para você é o mesmo do Orlando: registre por escrito sua reclamação. Mande pelo correio, com AR e guarde suas cópias como documentos.
Em ambos os casos, após cumprir com o comunicado à empresa em questão, as reclamações podem ser encaminhadas aos orgãos de defesa do consumidor e também à Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica. Como este é um problema que atinge a coletividade (sistema de atendimento), a denúncia ao Ministério Público também pode ser uma opção.
Processar ou não a concessionária virá apenas depois dessas providências, quando esgotarem-se os recursos para que as irregularidades sejam corrigidas.
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