sábado, fevereiro 15, 2025

Estratégia da antecipação eleitoral na mídia da direita

 Nunca antes um governo concentrou tanta "pesquisa de opinião" dois anos antes de eleições, como o de Lula. Desde de 2024 pesquisas que avaliaram a "aprovação" do presidente da República começaram a multiplicar-se na grande mídia hegemônica, juntamente com críticas que pretendem concentrar na ainda breve atuação do atual governo erros de administrações de Temer e Bolsonaro. 

É claro que tudo isso está acontecendo por causa da possível reeleição de Lula em 2026. E o maior motivo é justamente o oposto do que prega a mídia hegemônica: o atual governo está conseguindo recuperar parte do prejuízo causado por governos anteriores e esse fato está enlouquecendo os neoliberais e extrema direita, a ponto de levar algumas figuras da política a situações ridículas, como comer bananas nas redes sociais!


domingo, fevereiro 09, 2025

E o mundo enfrenta a "democracia relativa"

A mentalidade dominadora de Trump, o presidente dos EUA,  que "em nome da democracia" determina ações ditatoriais e com ranço imperialista, preocupa o mundo. Afinal, existem limites no globo, para manter uma boa relação econômica e pacífica entre os países. Ao ultrapassar esses limites, o risco de conflitos aumenta perigosamente. 

É claro que todos sabem disso, inclusive os EUA e Israel, que estão no centro das discussões por ações que ferem os princípios da liberdade, direitos humanos e respeito à soberania dos países.

O problema é que essa agressão à democracia à ética política tem seus clones espalhados em todos os países. Inclusive no Brasil, que sofreu outra tentativa de golpe em janeiro de 2023. E normalizar ações políticas que ferem  a Constituição pode ser muito perigoso para a soberania do país! 

Vamos centrar aqui a discussão acirrada em torno do que seria democracia e os limites entre a autonomia dos poderes. Afinal, até que ponto um Congresso pode derrubar um governo, ou tornar essa ação legítima, em um regime presidencialista, com votação popular? Onde atuaria a ação do Poder Judiciário, de maneira a não favorecer ações ditatoriais ou imposições politicas da Câmara Federal e do Senado?


Democracia supõe direitos e deveres para os cidadãos, respeito à Constituição e às leis, clareza nas ações políticas, em consonância com os interesses do país e em beneficio da população.
É isso?
Certo, então teoricamente seria assim.

Então vem a pergunta: por que é tão difícil praticar a democracia e torna-la valida?

A resposta é muito fácil e pode ser resumida em uma frase: porque dos três poderes que regem o país, o mais importante para preservar a democracia é o Poder Judiciário!

O Executivo tem delimitada suas ações e o Legislativo deve observar a correta aplicação das leis e acompanhar o trabalho que administrara o pais, representando os anseios populares.
Representando os anseios populares, vamos frisar. O fato de um sujeito ser vereador, deputado ou senador, não lhe da o direito de fazer trabalho em beneficio próprio. Nem que tenha o topete de pecar contra leis constitucionais, ou meter-se a fazer emendas que distorcem o principio básico de uma Constituição!

E o Judiciário? Bem, cabe ao Judiciário zelar pela aplicação da lei. Não da lei forjada pelos poderes Executivo ou Legislativo, mas de acordo com as determinações da Constituição do pais.
Ou seja, um magistrado deve estar acima de paixões pessoais ou opinião que se contraponha à lei. Portanto tem a função de estabelecer quando os poderes Executivo e Legislativo estão contrários a lei e a democracia.

Sem leis justas e respeitadas, um pais anda para trás. E deforma o quarto poder, aquele que forma opinião e direciona o povo: a imprensa!

A receita para dominar um pais esta nessa simples lógica: quando as leis não funcionam, os abusos sobre a legislação se multiplicam, criando textos legais que confundem os juristas.  E nessa confusão, basta um Legislativo comprometido com grupos que desejam benefícios contrários aos determinados pela Constituição, para que seja fortalecida a deturpação do quarto poder, ou seja, a posse da informação! E é ai, nesse ponto, que o novelo de leis se torna emaranhado, formando um bolo grotesco e cheio de nós, que inviabiliza a democracia.

Ai temos a tal democracia relativa!

Na "democracia relativa" temos um Judiciário confuso e inoperante, porque tem entre seus integrantes a pressão externa, que interfere na rígida aplicação das leis.
Na "democracia relativa" temos um Legislativo que se impõe não em defesa da lei e da Constituição, mas que se especializa em discursos que tem o objetivo de distorcer os textos da lei...o que equivale a tornar o que seria ilegal, legal, e o que seria legal, ilegal.
Nesse tipo de ambiente temos a dominação da mídia, ou seja, grupos de interesses comuns investem na estrutura de jornais, revistas, rádios e televisão, que tem objetivo dúbio: funcionam com o jornalismo natural, reportando fatos, mas usam o seu poder de mídia para dar respaldo aos interesses desses grupos, mesmo que as custas da omissão de fatos ou de sua manipulação.

Usar a estrutura criada para combate ao crime e a corrupção para mirar em adversários políticos, é sintoma de uma democracia inoperante. No entanto a tentativa de revalidar a democracia nessa estrutura de domínio do Poder Judiciário não funciona. É como roubar o lanche do colega na escola, para depois entrega-lo cheio de mordidas!

O grande desafio hoje e saber onde esta a verdade. Afinal, para que o cidadão exija um Judiciário confiável e um Congresso decente, precisa saber o que realmente acontece quando discorda de ações do Executivo. 
Vai buscar a verdade onde? Em grandes aglomerados jornalísticos? Ou em blogs na internet? Talvez no seu jornal de bairro? Ou nos memes da internet?

Nada disso! Imaginar que um grande e tradicional jornal não serve a tal democracia relativa, pode custar caro para a sua necessidade de informação. Ou achar que um blog traz maior segurança de informação, também leva a erros. Seu jornal de bairro pode ser um artificio para campanhas municipais. Assim como o jornal de seu município.

O que fazer então? Não há alternativa para fugir a manipulação da informação?

Claro que há. A primeira regra é: nunca confie em uma única fonte de informação. Quem quer a verdade, precisa pesquisar. Jornais da televisão não são sempre corretos, e alguns são mesmo muito maliciosos, torcendo dados, omitindo outros e tornando uma realidade muito diferente, sob a ótica de interesses políticos e financeiros. Blogs podem ser feitos por jornalistas competentes, para levar a verdade que a grande mídia deforma. Mas justamente por isso, existem os blogs e influenciadores nas redes que tentam neutralizar esse esforço, levando informação errada para confundir o leitor.

No entanto, lendo mais fontes variadas, o cidadão ira perceber onde esta a verdadeira fonte de informação.

Enquanto houver liberdade para informar, enquanto o jornalismo puder fugir das limitações das redações dos grandes jornais, expondo os fatos e comentários na internet, ou em imprensa alternativa e livre,  haverá como saber onde esta a verdade.
Pelo menos por enquanto, a internet é livre. Aproveite a verdadeira liberdade e separe o joio do trigo. Nem sempre a melhor roupa veste o melhor ser humano. "Por fora bela viola, por dentro pão bolorento". Despreze as informações que manipulam a verdade, nas mídias que usam grandes roupagens que cobrem bolor.

A Inteligência Artificial é o maior desafio futuro. Será mesmo  a IA mais inteligente do que a mente humana que a criou? Ou mesmo os mais jovens perceberão que o mundo virtual faz trapaças com a informação, com textos, imagens, declarações, todas falsas como o enredo dos filmes de ação?

E não deixe de observar o palavrório político de personagens de nosso Congresso. Aprenda a distinguir o jogo da "democracia relativa" da ação política séria que realmente preserva a ética e as leis democráticas.



quarta-feira, janeiro 29, 2025

ENGOLINDO O MUNDO

  A atitude da extrema direita, em escancarar o neonazismo, no cenário sionista dos EUA e Israel, preocupa porque evidentemente não se trata de uma exposição teatral, mas da certeza do poder crescente para desafiar o mundo.

O desprezo pelas leis e normas que regem sociedades democráticas e a violência como forma de estampar supremacia sobre os povos, como no caso do genocídio na Palestina, mostram a crença na impunidade, porque as reações de choque entre as potências hoje seriam catastróficas

O que não se pode prever ainda é até que ponto o descaramento do extremismo de direita ou do fascismo vai avançar sobre os países em sua sede de de beber recursos e comer soberanias e provocar um perigoso conflito entre potências.

quarta-feira, janeiro 22, 2025

A MANIPULAÇÃO NAS REDES

 

As pessoas atingidas pela manipulação
nas redes não tem capacidade crítica.
Acham que o risco de fascismo e
ditaduras não existe ou, se existir,
será para "dar um corretivo"
aos cidadãos que "cometem erros".
É a ingenuidade política,
que depende de um comando autoritário
para compensar
sua incapacidade de participação no próprio destino!
Duas realidades: nunca antes a palavra fascismo foi tão pronunciada nas redes e tão procurada no Google em busca do seu significado. Outra realidade: a mesma mão que ajuda a informar é aquela que agride e desinforma. A internet se presta a esses dois papéis inversos!

Nessa "mão do mal" da internet nas redes sociais, as "tropas cibernéticas", cada vez mais sofisticadas com a IA ou inteligência artificial, formam um conjunto que faz com que mentiras sejam transformadas em verdade. Não para todos os públicos, claro. Mas principalmente para aqueles que são afetados facilmente. 

Quem são as pessoas fáceis de manipular?  
Como se descobre esse público fragilizado e sem opinião?

Segundo um estudo da Universidade de Oxford, existe uma sofisticada rede de soldados cibernéticos que sabe exatamente quais são os perfís que devem ser trabalhados e convencidos por mentiras e repetições que levam a uma espécie de lavagem cerebral. Empresas privadas e partidos políticos são os "clientes" de um sistema milionário de influenciadores, que envolvem robôs digitais e muita espionagem, invadindo a privacidade dos usuários e descobrindo os meios mais fáceis de manipular sua opinião.

Quando você pensa que está falando com um semelhante, alguém que tem dúvidas como você, receios e medo como os seus, pode estar interagindo com um sistema frio e pragmático, onde não existe de fato debate ou busca de informação, mas manipulação pura e simples através da repetição de ideias que vão invadir a sua capacidade de gerenciar a própria opinião!

Reparou que a maioria desses "influenciadores programados" parecem boneco de repetição? O principal argumento será sempre a mentira, repetida incansavelmente, até convencer o sujeito de que "deve ser verdade".

É dessa maneira que candidatos que são corruptos de fato há décadas, sempre sendo liberados pelo sistema desses grupos, conseguem perpetuar-se no poder e manter projetos que não interessam ao país. 

É também graças a esse sistema que candidatos que defendem violência e discriminação, como Trump nos EUA e Jair Bolsonaro no Brasil, são assimilados pelo "lado positivo" da violência, com essa manipulação mental poderosa feita através das redes.

Aí você pergunta: mas como? Por que essa manipulação do exército de influência digital, que usa "trolls" e outras formas de assédio online disseminando o ódio, atinge uns e não atinge outros?

Porque o seus dados foram checados nessa rede de espionagem, que tem acesso aos seus comentários, sua capacidade de resistir a assédios, seus preconceitos escondidos sob a capa de civilidade, sua condição financeira, idade e profissão. 

E principalmente, a sua fraqueza moral! Ou seja, esses espiões selecionam os perfís que seriam mais suscetíveis à enxurrada de mentiras e de ordens subliminares! Quem já tem conhecimento e opinião formados não é facilmente dominado por essa manipulação que desperta o ódio adormecido na dura rotina de sua vida.

Se você observar, verá que é um crescendo: aqueles que foram bombardeados pelos manipuladores desse exército cibernético acabam convencendo pessoas que por sua vez para replicar esse sistema, sem perceber que estão sendo comandados. Essas pessoas reais não têm argumentos, não conhecem o sistema, mas repetem as mesmas palavras de ordem de preconceito e discriminação e repassam as chamadas "fake news" sucessivamente!

Essas pessoas, vítimas desse "comando cibernético" do ódio e desinformação, nem mesmo sabem o significado da palavras "fascismo". E não têm consciência de que estão lutando contra seu próprio futuro. São apenas peças azeitadas na linha de produção de uma sociedade sem pensamento crítico, que vota em palhaços, atores pornôs que disseminam  ideias fascistas, gente que defende armamentos e violência contra as minorias, deixando à vontade quem comete crimes contra o semelhante. Isso é um resultado da prática do fascismo.

quinta-feira, janeiro 16, 2025

O DESAFIO DEEPFAKE

Imagine se alguém próximo a você mande uma gravação ou faça uma ligação com vídeo. A imagem, a voz, o jeito de falar e gesticular é o mesmo de sempre. Mas depois vem a surpresa: você descobre que esse encontro nunca existiu!  A pessoa em questão não estava ali, apesar da imagem e da voz!

A grande ameaça do futuro é a inteligência artificial, ou IA. Pode ser que a experiência citada não vá acontecer de imediato em seu contato direto, mas nas redes as falsas imagens e palavras já são uma realidade perigosa. 

Deepfakes são cada vez mais acessíveis e comuns e criam conteudos falsos manipulando todos os recursos , como fotos, áudios e vídeos. Tecnicamente utiliza o que chamamos de redes neurais generativas. Uma das mais recentes foi a manipulação dos incêndios na Califórnia, criando imagens que não correspondiam à realidade.

Nunca foi tão fácil enganar as pessoas e criar fakes. 

Podemos distinguir as deepfakes da realidade  cada vez com mais dificuldade. A única maneira de evitar ser vítima de fakes é a mesma de sempre, dos tempos mais primitivos da civilização: pesquisar as informações!

Mas isso não vai segurar a enxurrada de mentiras em textos, imagens ou áudios. Precisamos de uma legislação clara, que regule o uso da internet e puna os fakes com rigor. Porque a mesma mentira que antes provocava uma onda, hoje causa um tsunami: em poucas horas as mentiras se espalham pela web e "bombam" no espaço virtual, atingido milhares de pessoas e dificultando o conhecimento da verdade.

Preparem-se: a extrema direita, travestida de "arauto dos acontecimentos" vai infernizar as redes com mentira grossa. Antes de acreditar em um sujeitinho com cara de bebê que fala em nome da "familia" e da "democracia", ´busque várias fontes confiáveis sobre essas informações. 



J

Arquivo do blog