quinta-feira, agosto 14, 2025

MAIS MÉDICOS CUBANOS E MENOS EUA

Em nova revogação de vistos de brasileiros, o secretário de Estado dos EUA Marco Rubio comunicou que funcionários públicos do governo brasileiro inseridos no programa Mais Médicos estão na lista. 

Parece algo surreal, mas a verdade é que o atual governo Trump realmente age de maneira incomum nas relações diplomáticas com países do mundo todo. Essa decisão anunciada por Rubio mostra que os acertos do governo brasileiro na Saúde incomoda as grandes corporações que dominam laboratórios e limitam o ensino da Medicina na maioria das universidades brasileiras, formatando grande parte dos médicos brasileiros para os interesse externos. 

O Mais Médicos é uma excelente política de saúde pública, que amplia o atendimento médico a toda população, chegando a áreas onde inexiste estrutura de atendimento. Por que isso funciona? Aí entramos na esfera da mercantilização da medicina nos cursos de formação  brasileiros, onde os alunos assimilam a atenção ao ganho financeiro e ao peso dos laboratórios de medicamentos, em detrimento à vocação. 

A questão talvez nem seja tanto o despreza pelo juramento de Hipócrates, esse que todo médico recita na solenidade de formatura e que mesmo tendo sido modificado "para a realidade dos novos tempos", define o compromisso de responsabilidade e atuação honesta do profissional que lida com vidas humanas. A questão é a pressão do sistema sobre pessoas que exercem a medicina por vocação e absoluta dedicação à preservar vidas.

Apesar da contrapropaganda norte americana e dos interesses nas estratégias geopolíticas, Cuba possui um dos melhores ensinos do mundo em Medicina. Prova isso mantendo um dos melhores sistemas de saúde, muito superior ao dos EUA, onde a eficácia do atendimento está atrelada a quem é muito rico. 

Em tudo isso, entende-se que as sanções dos EUA ao Brasil e a outros paises não ocorrem por motivos nobres, mas por questões de perda de controle na imposição de suas decisões em outras soberanias. 

Sanções que "sequestram" bens de estrangeiros nos EUA têm peso e podem ser processadas para avaliar sua ilegalidade no âmbito global. Mas sanções que suspendem visto buscam mais efeito psicológico, sugerindo "perda" de ir a vir. O problema é que com a atual política norte-americana, toda a parafernália sedutora de "disneis" ou NY perde muito de sua força, diante da necessidade do Brasil manter políticas de saúde para toda a população. (Mirna Monteiro)


 

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