terça-feira, março 29, 2011

CÉREBROS CORRUPTOS

A última novidade da ciência é o "cérebro corrupto"! Ou seja, a corrupção não seria simplesmente uma questão de caráter, mas uma tendência do indivíduo que teria sua origem em um defeito nos genes, assim como outros problemas como o retardo mental ou a psicopatia.
O assunto vem sendo discutido em simpósios neuropsiquiátricos e resume uma óbvia constatação: o cérebro corrupto demonstra um comportamento que viola o senso natural de justiça simplesmente porque  não consegue  avaliar e sentir sentimentos morais, como repulsa e nojo, necessários para a rejeição de atos que prejudicam o semelhante, como a corrupção e outros crimes.

Se assim for, teríamos uma explicação razoável para a corrupção que acontece em várias partes do mundo e que tem aumentado desde as décadas de 60 e 70, justamente o período de grandes transformações nos costumes e na moral das sociedades, pressionadas por uma mídia poderosa que derrubou antigos conceitos e  crenças, substituídos pelo culto ao supérfluo. O cérebro corrupto é oportunista. Em um ambiente sem moral ou de baixa vigilância ele solta as rédeas e "faz a festa", ciente de que não haverá consequências.

Quer dizer que o cérebro corrupto raciocina, sabe que comete um crime ou erro grave, dependendo do tipo de sua corrupção o suficiente para frear ou não as suas ações. Mas não acha que está errado, apenas tem medo de ser punido. É a expectativa de ter seu crime descoberto que impede a corrupção de acontecer.

Muito interessante. A boa notícia é que esse defeito que leva ao cérebro corrupto acontece com uma minoria, assim como a psicopatia que pode levar aos assassinatos seriais, ou "serial killers".
A má notícia é que o chamado "neuromarketing", que busca atingir as áreas do cérebro para tornar propagandas - políticas ou comerciais - mais poderosas, torna as pessoas que não tem o cérebro corrupto, mas apenas um cérebro influenciável, apáticas em relação aos crimes de corrupção, como se eles fossem uma espécie de ficção que não representaria ameaça a elas. O que, obviamente, é um engano perigoso.

quinta-feira, março 24, 2011

FICHA LIMPA, PASSADO SUJO E FUTURO INCERTO

O combate à corrupção é vítima da própria lei. Sim, porque considerando que um político que comete impobridade e enriquece  ilicitamente utilizando dinheiro público ou recebendo por "favores" especiais que seu cargo propicia é um criminoso ( pois comete um crime) a lei é relativa. Elástica, pode ser torcida, dando margem a muitas interpretações pessoais.
A decisão de não punir os criminosos que usaram poder político para roubar é mais chocante do que o perdão ao cidadão comum que comete um crime ocasional, se arrepende, mas volta a cometer crimes. Esse cidadão pode ser pressionado pela necessidade de sobrevivência e pela ignorância que o leva a crer que pode tirar de um semelhante a sobrevivência que a sociedade lhe nega.
Um político, teóricamente, é um cidadão disposto a usar seu potencial e seu talento para melhorar o meio. Caberá a ele vigiar e criar leis que favoreçam o senso comum de Justiça, no caso do Legislativo, ou de gerenciar o patrimônio público, administrar os recursos e proteger o meio, no caso do Executivo. Portanto qualquer ato irregular que comprometa esse objetivo, deve ser punido rigorosamente, como exemplo da proibidade do próprio Estado.
Não falamos de religar a água de algum cidadão desesperado, mas de usar o poder de sua influência - pois em qualquer instância, o político ganha poder pois representa milhares, milhões ou bilhões de pessoas -para benefício  pessoal ou de grupos, contra o interesse da sociedade ou em  prejuízo dessa sociedade.
Há crime mais grave do que esse?
Não há, pois é a ação do Legislativo e do Executivo que determinará o que acontecerá com a sociedade!
Ora, qualquer ato impobro vai desencadear reflexos perigosos. Superfaturar as obras, por exemplo, um dos recursos mais utilizados para enriquecer ilicitamente, exaure o meio, encarece a vida do cidadão, que vai enfrentar consequencias da falta de investimento em áreas como a Saúde, a Educação, as obras que podem evitar a morte de milhares de pessoas que pela pobreza vivem em áreas de risco.
Há crime mais grave?
Utilizar o poder político e o cargo dado em confiança pelo cidadão para tráfico de influência participando de conluio com grandes lobbies no Congresso, assembléias legislativas ou câmaras municipais, para criar leis que vão favorecer esses grupos, mas prejudicar a sociedade? Como pode tal ato ser olhado com condescendência, entre risinhos e piadinhas do levar vantagem em tudo?
Aí então perguntamos: como é que um país precisa criar uma lei da Ficha Limpa, quando já existem leis constitucionais e leis penais que deveriam ser respeitadas desde sempre? Criar a Ficha Limpa foi um ato de desespero, pois as leis não eram respeitadas porque confundia-se direto de exercício da função política e a necessidade de imunidade parlamentar com o exercício do criminoso comum, que rouba os cofres públicos!
Será que é impossível criar uma lei que permita a imunidade política necessária para evitar golpes políticos, sem confundir o político honesto, perseguido politicamente, daquele que comete crimes comuns, como roubar e matar?
Como é que podemos nos considerar humanos racionais se usamos a mesma lei da imunidade parlamentar que tem fundamento político para beneficiar criminosos comuns que se escondem sob a capa política, como um lobo vestido de cordeiro?
A derrota do Ficha Limpa no Superior Tribunal de Justiça não é simplesmente uma questão de interpretação de leis, mas uma situação exemplar de como somos ainda confusos com questões de ética e moral. Como será o futuro daqueles que cometeram crimes e continuam não apenas livres das grades e milionários, mas ainda disputando votos  e conseguindo cadeiras no Congresso? Estão regenerados? Levaram um susto e agora não vão mais alimentar e alimentar-se de lobbies e compromissos escusos?
Roubar um pão de vinte centavos no supermercado dá cadeia! Ficar inadimplente leva o cidadão à exclusão! Mas conseguir um cargo político torna qualquer sujeito um semi-deus, incólume....francamente.... (AC)

quarta-feira, março 23, 2011

IMPRESSÕES DO CONFLITO NO ORIENTE MÉDIO

Os conflitos no Oriente Médio provocam opiniões variadas entre pessoas do mundo todo, estadistas, cientistas políticos, estudantes e pessoas de idade e escolaridade diferentes. Um ponto em comum fica claro: a guerra e a destruição não têm argumentos a não ser no caso de defesa da soberania.
As opiniões aqui expressas vêm de diferentes fontes: de estadistas, professores, políticos, pesquisadores, mas também de publicações na internet, de vídeos e de debates em comunidades de sites de relacionamento. No conjunto demonstram o que se pensa sobre os conflitos no Oriente Médio, principalmente entre Palestina e Israel, Israel e Líbano, a invasão do Iraque e o bombardeio americano no Afeganistão, além do atual conflito na Líbia e a ameaça de conturbação em outros paises árabes.

"A ONU tinha o plano de dividir a Palestina em três partes, um Estado Judeu, um Estado Arabe e uma cidade - Jerusalem - que não seria de ninguém, ficando sob controle da ONU (...) Através do movimento sionista muitos judeus migraram para a Palestina o que deu inicio ao conflitos (...) a opinião foi de que como os judeus haviam sofrido muito no nazismo da Alemanha eles mereciam a terra da Palestina(...) ( trecho de um trabalho de escola, de adolescentes entre 15 e 17 anos)


"Em 1897, durante o primeiro encontro sionista ficou decidido que os judeus retornariam à Terra Santa - Jerusalém - de onde haviam sido expulsos pelos romanos no século III dC. Os conflitos aumentavam conforme aumentava a imigração e durante a II guerra mundial  o fluxo foi imenso, também pela quantidade de judeus que chegavam fugindo da perseguição nazista.No dia 14 de maio de 1948 Israel declarou independência. Exercitos do Egito, Jordânia, Síria, Líbano atacaram Israel, mas foram derrotados. Posteriormente na chamada "Guerra dos seis dias" Israel tomou a Cisjordânia, as colinas de Golan e Jerusalém Leste" . Nos anos seguintes Israel se nega a obedecer a resolução 242 da ONU, que obriga o país a se retirar de todas as áreas conquistadas na "Guerra dos seis dias".  (Entenda o confronto entre Israel e Palestina- G1 Globo)

"O centro dos conflitos no Oriente Médio não está em Jerusalém, como muitos afirmam. Verdade, a resolução da questão israelense-palestina seria uma das maiores conquistas da nossa geração. Mas guerras continuariam existindo naquela região, ainda que não envolvessem Israel e palestinos"( Gustavo Chacra)


"Israel vem sendo achincalhado por nações e orgãos midiáticos que tem posturas diametralmente opostas a tudo isso e, incoerentemente, muitas pessoas que prezam todos os valores que Israel defende preferem critica-lo se unindo a países que não apenas nega, todos esses valores como se firmam em um livro religioso dos mais abomináveis" (Mídia sem Máscara)


"Para Bush a política é, simplesmente, uma das alavancas do negócio e talvez a melhor de todas, a mentira como arma, mentira como guarda avançada nos tanques e canhões, a mentira sobre as ruínas, sobre os mortos, sobre as míseras e sempre frustradas esperanças da humanidade. Não é certo que o mundo seja hoje mais seguro, mas não duvidemos de que seria muito mais limpo sem a política imperial e colonial do presidente dos Estados Unidos, George Walker Bush e de quantos, conscientes da fraude que cometiam, lhe abriram caminho poara a Casa Branca. A história lhes pedirá contas. (José Saramago, escritor)


"Na minha opinião Israel está errada porque ela é que invadiu o espaço, grilou a terra e ainda por cima quer ir aumentando o territorio fica criando situações violentas para depois culpar os palestinos e fingindo-se de vítima"(no Yahoo)


"Concordo que o Hamas mais prejudica os palestinos do que ajuda. Mas eles não são os maiores opressores, eles usam a opressão palestina para a ascenção politico-militar. Os palestinos não possuem representantes. Não, não tenho nenhuma bronca com judeus ou quallquer outra religião, isso não significa que ficarei calado ao ver injustiças"( participante de debate em site)

"O que acontece na Líbia? Paises como os EUA querendo acabar com a ditadura de paises árabes com interesses politicos e econômicos como sempre. Com isso há os que estão do lado do governo e os "rebeldes"que querem o governo atual deixe o país. O que gera conflitos internos servindo de pressuposto para a intervenção internacional. Como ataques ao grupo que tenta defender o governo por exemplo. Esta é só uma explicação por cima, mas é o que eu vejo "(no Yahoo)


"Forças de cinco paises atacam a Líbia só pra roubar petróleo...estão provocando atos de terrorismo contra o povo da Líbia estão matando inocentes, tudo isso só para roubar petróleo, realmente lamentável a ONU permitir um massacre desses, mais o que se espera se a ONU é controlada por governos imperialistas iguais a esses..."(comunidade no Orkut)


"Kadafi era tratado como aliado, guardavam dinheiro dele nos EUA e agora o descartam. No Haiti, Africa e em várias partes do mundo tem povos na miséria, se eles querem o bem do povo porque não pegam esses milhões de dólares que estão gastando com a guerra e ajudam os necessitados...Mutilação de mulheres na África, execuções de crianças na África...ué porque a ONU e OTAN não interferem lá também? (Orkut)

"Notícia realça o esforço de Obama para injetar aparência de normalidade numa cena anormal. Ele tenta minimizar o papel dos EUA na Líbia. No discurso feito no Rio, diz o texto, Obama citou apenas superficialmente a nova encrenca militar dos EUA no mundo mulçumano. Toda essa lambança no mundo árabe é herança de um dos maiores imbecís que já pisou na terra e governou os EUA"( discussão em site de relacionamento)


"O problema pode ser resumido: se Israel falar que quer a paz, ela pode ser derrotada, se a Palestina dizer que quer a paz, tudo fica bem"( de um vídeo americano no You-tube)"


"Israel lançou nova operação nesta quarta-feira na faixa de Gaza e ao menos uma criança ficou ferida. Trata-se da segunda ação nesta semana, de acordo com as Forças Armadas de Israel. Entre 2008 e 2009 Israel levou uma operação militar para a região que terminou com a morte de mais de mil palestinos. A região já estava sob bloqueio desde 2007(...)as restrições foram aliviadas após ações como a de uma alegada frota humanitária que se digiriu à região no primeiro semestre do último ano" (R7)


"Sei lá, não entendo direito, mas a impressão que dá é que Israel provoca porque tem apoio dos EUA,  montes de armas, essas coisas e parece que nunca vai parar até dominar todo o oriente medio, o negócio é dominar, dá impressão" (comentário no Face-book)


"Mas seria impossível compreender a crise atual sem conhecer os fundamentos da guerra civil libanesa (1975-1990) que devastou completamente a "Suíça do Oriente Médio" (como era conhecido o Líbano) e a rivalidade existente entre a Síria e Israel. O Líbano foi desmembrado da Síria pelo colonizador francês, sendo uma das poucas democracias da região após a II Guerra Mundial. O frágil equilíbrio entre cristãos e muçulmanos foi rompido pelo afluxo maciço de refugiados palestinos, iniciando-se uma violenta guerra civil, que teve uma intervenção Síria ao norte e uma israelense ao sul. Os massacres de Sabbra e Chatila e a 
resistência muçulmana desgastaram Israel, que se retirou, e os atentados contra as forças americanas e francesas (sob mandato da ONU) também levaram à retirada dos mesmos. Apenas em 1990 foi reconstituído o Estado libanês, mas a guerrilha xiita do Hezbollah (com apoio da Síria e do Irã) continuou lutando no extremo-sul do país contra os israelenses e seus aliados, inclusive com ataques ao norte de Israel" (Shvoog - 26 de junho de 2007)


"Tudo é questão de observar e muito bem. A conturbação  nos paises árabes é coincidência? Será a coroação da liberdade individual essa rebelião nos paises que lutaram contra Israel? Não, isso está muito bem orquestrado para significar apenas rebeliões populares sedentas pela democracia. Todos querem ser livres, mas liberdade para uma cultura pode significar ditatorialismo para outra. O capitalismo selvagem, a corrupção política, o jogo da guerra e da dominação, tudo isso é escravidão. Será que nesta orquestra do Oriente Médio vai prevalecer a democracia ou a escravidão, se houver vitória contra a cultura islâmica?" ( de um professor universitário, em blog)


"O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, disse hoje que não há um "cronograma" prevendo um fim para a operação militar apoiada pela Organização das Nações Unidas (ONU) na Líbia.
"A zona de exclusão aérea não é por um tempo limitado, segundo a resolução aprovada pelo Conselho de Segurança. Então eu penso que não há um cronograma em termos de quando ela acabará", disse Gates a jornalistas, no Egito"( Estadão)


"Para mim o Kadafi é um heroi porque os que estão a atacar a libia são imperialista. Os EUA, Ingaterra e França são os piores ditadores do mundo porque qurem impor suas regras no mundo. Tenho muita pena de ver um negro a massacrar seus irmãos africanos só porque é americano" ( comentario no Yahoo)

"Credoooooooooooo, vai acontecer na Libia a mesma coisa que aconteceu no Iraque e Afeganistão, coitados deles" (em comunidade do Orkut)


"Hani Hazime ( professor de Estudos Islâmicos da UFRJ) disse que um grande teste será como o Ocidente vai lidar com os ventos da democracia sobre os territórios ocupados por Israel, onde os palestinos, ele diz, são tratados como cidadãos de segunda classe. Ele acha que o mundo ocidental esqueceu seus valores e se guiou apenas por interesses. E num momento em que se fala de proteção à terra é necessário resgatar valores universais. Abdenur (diplomata brasileiro) acha que o ponto é importante. Pensa que a região que passa hoje por convulsões foi tratada da mesma forma como os Estados Unidos trataram a América Latina na Guerra Fria. Os governos não precisavam ser democráticos, apenas simpáticos aos Estados Unidos". ( comentário de jornalistas na TV)


A questão atual não é mais uma guerra entre Israel e a Síria, mas entre Israel e o Hamas, um dos braços armados da Síria e do Irã dentro do território Israelense. ( Conflito Israel e Siria - Olharprofético - janeiro de 2009) 



Há entre alguns países a sensação de que os ataques aéreos realizados pela Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) na Líbia extrapolam o mandato autorizado pela ONU na resolução 1973 (...) além do Brasil, também a India e a Africa do Sul, todos membros não permanentes do conselho, já manifestaram restrições à adoção de uma resolução contra a Síria" (BBC Brasil - 09/06/2011)


 "Líderes dos países do grupo Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) entraram em consenso sobre uma solução pacífica ao conflito na Líbia durante a cúpula que realizaram na ilha de Hainan (China). Os cinco líderes emitiram um documento final no qual assinalaram que "as partes envolvidas deveriam resolver suas diferenças de forma pacífica e com diálogo, no qual a ONU e organizações regionais deveriam ter um papel apropriado", e fizeram menção à atuação da União Africana.
O presidente russo, Dmitri Medvedev, expressou na entrevista coletiva a "profunda preocupação" do grupo Brics pela "situação na Líbia e a morte de civis".
"Em nossa opinião, o assunto deveria ser tratado e solucionado com o uso de meios diplomáticos e não pela força", afirmou o líder russo. (Uol, 14/04/2011)



Há entre alguns países a sensação de que os ataques aéreos realizados pela Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) na Líbia extrapolam o mandato autorizado pela ONU na resolução 1973 (...) além do Brasil, também a India e a Africa do Sul, todos membros não permanentes do conselho, já manifestaram restrições à adoção de uma resolução contra a Síria" (BBC Brasil - 09/06/2011)


Há pouco mais de uma semana Israel discutia os prós e os contras de uma nova ação militar contra o Irã. Segundo uma pesquisa de opinião a população estaria dividida. O medo de que o governo iraniano, grande adversário dos israelenses, esteja de posse de uma arma atômica leva Israel a defender uma ação militar, que desencadearia serios conflitos na região. O Irã promete uma resposta "apocaliptica" em caso de ser atacado" (Mundo - 06/11/2011)


"A China não deu nenhuma indicação nesta quarta-feira de ceder ao pedido dos Estados Unidos de corte dos rendimentos do Irã com petróleo e rejeitou como excessivas as sanções americanas, mesmo com a presença do secretário do Tesouro, Timothy Geithner, em Pequim, para pleitear o apoio chinês (...) A UE deve adotar um embargo ao petróleo iraniano, mas China, Japão e India, os três maiores clientes do Irã, dificilmente aceitarão isso. Depois da visita à Pequim, Geithmer segue para Tóquio" (Reuters - 11/01/2012)


"O cientista e professor universitário Mustafa Ahmadi Roshan foi assassinado nesta quarta-feira na explosão de uma bomba colocada em seu carro no norte de Teerã (...) era um dos responsáveis pela usina nuclear de Natanz, a maior do Irã. O atentado contra Roshan é o mais recente de uma série de ataques executados nos últimos dois anos contra proeminentes cientistas iranianos, supostamente vinculados ao polêmico programa nuclear do regime, que acusa Israel de estar por trás dos assassinatos" (Terra - 11/01/2012)


"(...) Um soldado americano da força Internacional da Otan saiu de sua base na provincia de Kandahar no domingo e matou moradores de casas próximas. (...) Depois queimou os corpos. (...) Insurgentes do Talibã no Afeganistão juraram, nesta segunda feira, vingança contra os "selvagens americanos com mentalidades doentes", numa resposta ao ataque de um sargento americano - que no domingo matou 16 civis (entre eles nove crianças) na cidade de Panjwai, na Província de Kandahar. (...) Os EUA ofereceram condolências às famílias dos mortos  e prometeram medidas contra quem for considerado culpado pelo massacre. Kandahar é considerada o berço do Talibã. (Agência Estado - 12 de março de 2012)


"O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse na segunda-feira que a chacina cometida no domingo por um soldado norte-americano no Afeganistão reforça os argumentos em prol de uma retirada das tropas dos EUA do país. (...) Já é hora. Já faz um década, e francamente, agora que pegamos (Osama) Bin Laden, agora que enfraquecemos a Al Qaeda, estamos em uma posição mais forte para fazermos a transição do que estaríamos há dois ou três anos", acrescentou.(...) Mas Obama disse que não considera conveniente "correr para a saída" e que a desocupação precisa ser feita de forma responsável ..." (Reuters - 12 de março de 2012)


"O governo da Síria tem submetido os civis a punições coletivas e suas forças continuam sendo acusadas de perpetrar execuções e prisões em massa no bairro de Baba Amr, em Homs, disseram investigadores da Organização das Nações Unidas nesta segunda-feira. Falando ao Conselho de Direitos Humanos da ONU em nome de um painel independente, o brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro afirmou que os autores desses crimes precisam enfrentar a Justiça. Ele não deu o nome de nenhum suspeito". (Terra - 12 de março de 2012)


"Um cessar-fogo entre Israel e as milícias palestinas entrou em vigor na madrugada desta terça-feira (13), após acordo obtido com a mediação do Egito, informou a agência de notícias estatal "Mena". (...)
Os choques se desencadearam após Israel ter assassinado na sexta-feira passada o secretário-geral do grupo extremista Comitês da Resistência Popular (CRP), Zuhair al Qaisi, a quem acusou de planejar um atentado na fronteira entre o Sinai egípcio e seu território. (...)Na segunda-feira (12), aviões israelenses bombardearam novamente a faixa de Gaza, e militantes palestinos lançaram mais foguetes contra Israel, no quarto dia de hostilidades, com um saldo até agora de 25 mortos" (UOL - 13 de março de 2012)


"O emissário da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, recebeu uma carta na qual o governo da Síria anuncia que vai cessar as operações militares em todo o território nesta quinta-feira, dia 12, a partir das 6h locais (0h de Brasília), anunciou nesta quarta-feira (11) seu porta-voz.
Damasco acrescenta que se reserva "o direito de responder de forma proporcional a todos os ataques efetuados por grupos terroristas armados contra os civis, as forças governamentais ou bens bens públicos e privados", afirmou o porta-voz, Ahmad Fawzi." (G1 - 11 de abril de 2012)


A China manifestou "profundas preocupações" com a violência na Síria, e pediu que todos os lados respeitem o cessar-fogo proposto por Annan, que foi descrita pelos chineses como "uma oportunidade rara e importante". (G1 - 11 de abril de 2012)


"Agora a China, de qualquer forma, tem uma forma de aliança com a Rússia pra se contrapor aos Estados Unidos. A China está preocupada com o aumento do envolvimento militar dos Estados Unidos em algumas partes da região, e desta forma eles apenas se juntam à Rússia nessa questão. Eu não acho que existe alguma coisa específica para o interesse chinês. Aparte, eu quero dizer que a China tem ligações próximas, por causa do petróleo, com o Irã". (Gilbert Achcar -  Brasil de Fato -11 de abril de 2012)

" A entidade de direitos humanos Anistia Internacional acusou nesta segunda-feira Israel de cometer crimes de guerra ao usar indiscriminadamente munição à base de fósforo branco contra áreas densamente habitadas na Faixa de Gaza.

O fósforo branco é uma substância altamente inflamável, que queima intensamente e por longo períodos. Costuma ser usada para produzir cortinas de fumaça, mas também é empregada como arma, causando graves queimaduras quando em contato com a pele.
"Tal uso extensivo desta arma em bairros residenciais densamente populosos de Gaza é inerentemente indiscriminado", disse nota assinada por Donatella Rovera, pesquisadora de Oriente Médio da Anistia.
"Seu uso repetido desta maneira, apesar das evidências dos seus efeitos indiscriminados e seu saldo sobre civis, é um crime de guerra", acrescentou ela." ( Reuters - Luke Baker)

"(...) no início de 2012, em mais uma decisão arbitrária do Parlamento israelense, foi aprovada uma lei, denominada Lei Contra a Infiltração, que prevê pena de três anos de prisão, sem direito a julgamento, a todos os imigrantes que entrarem ilegalmente no país, sem fazer distinção entre imigrantes ilegais e refugiados. Cabe ressaltar, no entanto, que o Estado de Israel é membro signatário da Convenção das Nações Unidas sobre o Estatuto dos Refugiados, e por isso teria o dever de conceder asilo político a esses imigrantes, uma vez que o status de refugiado é conferido a todo indivíduo que corre risco de vida ao regressar ao seu país de origem, com o é justamente o caso dos imigrantes advindo de países como a Eritreia e o Sudão, com grande incidência de guerras civis, massacres e crimes de genocídio" (Portal Ciência&Vida)

"Vivendo sob as trevas do holocausto e esperando ser perdoados por tudo o que fazem em nome do que eles sofreram  parece-me abusivo. Eles não aprenderam nada com o sofrimento dos seus pais e avós"  (José Saramago, em crítica às ações de Israel)

"Diante de um ataque em massa contra o Irã, a Coréia do Norte não vai esperar a agressão a essa nação e por isso se desataria outra guerra nessa região também de caráter nuclear. Quando se decidam a atacar o Irã se registrsará uma guerra após a outra" (Fidel Castro)

"O secretário de Estado norte-americano , John Kerry, fez uma visita surpresa ao Afeganistãonesta segunda feira (25 de março de 2013) para conversar com o presidente afegão Hamid Karzai (...) A visita de Kerry coincidiu com o décimo aniversário da invasão americana ao Iraque, que levou à derrubada do regime de Saddam Hussein em abril de 2003.  (...) No dia 18 de dezembro de 2011 as tropas americanas se retiraram definitivamente do país, cuja transição à democracia é assolada por aten tados, corrupção, instabilidade politica e falta de serviços básicos" (G1 / 25 de março de 2013)

" Do ponto de vista dos EUA, as negociações são, com efeito, um caminho para Israel continuar a sua politica de tomar sistematicamente tudo o que quiser na Cisjordânia, mantendo o assédio brutal de Gaza, separando Gaza da Cisjordânia e, claro, ocupando os Montes Golã sírios, tudo com pleno apoio dos EUA. E o marcos das negociações, igualmente aos últimos 20 anos de experiência em Oslo, simplesmente provocou o encobrimento desta situação" ( Noam Chomsky, setembro de 2013)    

"Na era Obama, os Estados Unidos culpavam Assad pela maior parte das atrocidades cometidas no conflito e exigiam que ele deixasse o poder como pré-condição para a paz.
Trump, por sua vez, dizia que derrubar o presidente sírio não era uma prioridade, mas sim derrotar o Estado Islâmico - e que Assad era um aliado nessa batalha. Após o aparente ataque químico ocorrido na última terça, porém, seu discurso mudou.
Já a Rússia apoia a permanência de Assad no poder, o que é crucial para defender os interesses de Moscou no país.

O Irã, de maioria xiita, é o aliado mais próximo de Bashar al-Assad. A Síria é o principal ponto de trânsito de armamentos que Teerã envia para o movimento Hezbollah no Líbano - a milícia também enviou milhares de combatentes para apoiar as forças sírias." (BBC Brasil, abril de 2017)

"O presidente americano, Donald Trump, disse nesta segunda-feira (22) em seu desembarque em Israel ter a convicção de que existe uma "rara oportunidade" de levar a paz à região. "Temos diante de nós uma rara oportunidade de trazer segurança, estabilidade e paz a esta região", disse no Aeroporto Internacional Ben Gurion, em Tel Aviv, reafirmando ainda o "vínculo inquebrável" entre Estados Unidos  e Israel " ( Uol, maio de 2017)

leia também


 http://leiamirna.blogspot.com/2006/08/perguntas-e-perguntas.html

http://leiamirna.blogspot.com/2011/05/bin-ladencontradicoes-e-confusoes.html

                       

segunda-feira, março 21, 2011

DURMA BEM

Dizem que o brasileiro anda dormindo muito pouco. Pelo menos uma hora a menos por dia, quando a recomendação para o sono de um adulto é de 8 horas. Mas o problema maior nem é a quantidade de horas, mas a qualidade do sono. É aí que as coisas parecem ficar mais difíceis.
O sono anda em baixa. Sem qualidade, interrompido por apnéias ou hábitos que se tornam cada vez mais noturnos, avançando pela madrugada, diante da tela de um computador, tv ou "baladas" noturnas. A faixa etária que se priva do sono também é cada vez menor: estudos mostram que crianças e adolescentes sofrem com problemas decorrentes da falta de sono. 
Adultos, por outro lado, mesmo quando mantém certa regularidade no horário de dormir, sofrem com dois grandes inimigos que ameaçam a qualidade do sono, o estresse e a apnéia, causados pelo excesso de preocupação e uma alimentação cada vez de pior qualidade, que leva a deficiências nutritivas importantes, à obesidade e problemas decorrentes dessa condição.
Como hoje é comemorado o Dia do Sono, convém pensar um pouco sobre sua qualidade. Basicamente o sono tem início com a vigília e em torno de 20 minutos se aprofunda, passando para estágios 3 e 4, classificados como sono de ondas lentas. Uma hora e meia depois do inicio do sono deve ter início o primeiro periodo do sono REM, que é quando se sonha. Para você lembrar do sonho terá de despertar durante sua ocorrência, porque a memória só funciona após 5 minutos de vigília. Por isso quem dorme bem e profundamente, em sono calmo, pode nunca lembrar dos sonhos.
 Dormir pouco, dormir demais, tudo que é radical não é bom e indica problema. Para repor o sono perdido não é tão fácil: não adianta dormir em dobro no dia seguinte. Segundo alguns estudos uma noite em claro pode levar alguns dias de sono de qualidade - não necessariamente de mais horas-  para uma reposição adequada.

Dormir bem é fundamental para viver bem. Bebidas alcóolicas, cigarro devem ser suspensos pelo menos seis horas antes do horário de dormir.  Afetam a qualidade do sono. Alguns alimentos, por outro lado, ajudam a dormir: o leite e o peito de peru, além de iogurtes desnatados, queijo branco, nozes e leguminosas contém triptofano, que age no cérebro aumentando a produção de seretonina, o neurotransmissor capaz de reduzir a sensação de dor, diminui o apetite, relaxa e induz ao sono. Mas checar as condições de saúde - como o excesso de peso, a hipertensão e o acordar intermitente durante a noite (geralmente entecedido de ronco, om que pode significar apnéia) deve ser uma observado com seriedade.

sábado, março 19, 2011

INCOMPETÊNCIA PERIGOSA


“Fui vítima de erro de um dentista que não deveria ter permissão para exercer a odontologia e de uma empresa de implante desonesta, chamada Imbra, perdi 30% de minha mastigação(...) Vou passar os próximos dez , vinte anos esperando a Justiça definir meu processo(...) e enquanto isso o sujeito vai fazendo mais vitimas?” (O.L.B)

"(...)O médico insistiu para esperar um amigo dele anestesista e a apendicite supurou (...)Ficou uma enorme cicatriz e passei duas semanas no hospital tomando antibióticos e montes de medicação(...) rendeu uma gastrite(...)O processo não deu em nada, tá parado em alguma prateleira da Justiça há mais de seis anos(...)" (Bernadete-MG)
O assunto é tão polêmico, quanto pouco conscientizado. Quando se fala em capacitação profissional  a referência direta é a responsabilidade social e não apenas direito individual. De maneira indireta, estaríamos falando em ética. 
Incapacidade ou falta de preparo profissional é tão ruim quanto o exercício da profissão por pessoas não credenciadas. É um problema muito sério, que realmente agride a sociedade, ainda que tenha sua origem na própria mentalidade da comunidade, com o desleixo pela qualidade no ensino e a falta de fiscalização rigorosa em profissões de risco, como medicina, odontologia e engenharia, entre tantas outras ! 

Profissionais ruins e de formação duvidosa que invadem o mercado seriam responsabilidade de quem? É preciso reconhecer que a multiplicação de escolas e universidades privadas tem como objetivo principal o lucro. O ensino não é interpretado como direito do indivíduo, interligado ao contexto social e à sobrevivência do meio, mas como fonte de dinheiro, um comércio. E como todo comércio, está sujeito a pressões que nem sempre consideram a qualidade. Esta situação foi criada pelo próprio Congresso, em leis e emendas aprovadas desde os anos 70, com cerco de poderosos lobbies voltados para o interesse do ensino privado.

Há algum tempo os noticiários mostraram um assaltante que havia obrigado uma mulher a sacar dinheiro da conta em um shopping de Itaim Bibi. O criminoso tinha curso universitário, era graduado em Odontologia! O sujeito está à deriva na vida, assim como uma massa cada vez maior de outros profissionais que tem diploma, mas não sabem exercer a profissão. Advogados que se formam nas universidades não passam nos exames da OAB e no entanto não existe garantia ao cidadão da idoneidade do profissional que passa nos exames mas acaba “assaltando” a ética e a lei em nome de ganhos mais substanciais.
O dentista preso por assalto não é muito diferente de outros que conseguem diplomar-se com conhecimentos medíocres e acabam engrossando as estatísticas de erros, com danos graves à saúde, como no caso do atendimento odontológico e também no erro médico.
O Brasil tem hoje 166 cursos de medicina autorizados pelo MEC e mais da metade, cerca de 61%, dos médicos formados entre 1996 e 2005, inscritos no Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) não cumpriram com a residência médica! Esse índice sobre para 64% em termos de Brasil!

O drama do despejo de profissionais despreparados, aos montes, como se o futuro profissional estivesse contido em um simples certificado de curso universitário, é ameaçador.
A situação no Brasil se assemelha à enfrentada nos EUA, onde diplomas universitários terminam guardados no fundo de uma gaveta, enquanto que os profissionais graduados de diferentes áreas vão achar trabalho no mercado de nível médio ou técnico, ocupando vagas de outros profissionais que não puderam cursar o ensino superior, o que interfere no quadro social, "achatando" a busca de trabalho de classes sociais de menor escolaridade, que acabam sem opção. Ou aventuram-se em micro ou pequenos negócios, uma tendência já verificada no Brasil.

Antes de submeter-se a qualquer profissional, seja médico, dentista ou mesmo advogado, a alternativa é seguir algumas regras básicas de proteção para evitar danos a saúde ou prejuizos materiais: 
1- Procure informações do profissional com outros clientes. Verifique se já existe alguma reclamação ou processo em andamento no Cremesp ou OAB (ou o orgão fiscalizador correspondente ao profissional em questão)
2- Peça a opinião de outro profissional para ter idéia da realidade de diagnósticos, intervenções e medicações, da mesma forma que faria com orçamentos de serviços para sua tv ou máquina de lavar (infelizmente chegamos a esse ponto  de comparação)
3- Desconfie de profissionais, sejam eles médicos, cirurgiões-dentistas ou outras áreas, que não esclarecem em detalhes o diagnóstico ou a intervenção ou outros procedimentos, inclusive de andamentos de processos.
4- Peça sempre recibos e guarde. Não vá em consultas, hospitais ou advogados sem alguém para acompanhar e apoiar você.
5- Nunca deixe de registrar queixa ou encaminhar denúncia se for vítima de incompetência ou má fé. Mesmo que alguém lhe diga que seu processo ficará anos rolando, não esqueça que os maus profissionais continuam fazendo vítimas pela falta de denúncias. Não faça isso, em hipótese alguma, por simples antipatia ou motivos fúteis.

terça-feira, março 15, 2011

TERREMOTOS,TSUNAMIS E O RISCO NUCLEAR

Terremotos e tsunamis são desastres naturais...se é que se pode chamar assim a algum desastre. Melhor dizer que essas revoluções na crostra terrestre fazem parte de um processo óbvio da natureza do nosso planeta. Somos tão distraídos que nos esquecemos que povoamos a terra muito recentemente e não conhecemos de perto todas as transformações que suas profundezas determinam para sua superfície. 
Vamos deixar para os pesquisadores questões geológicas. Como ia dizendo, terremotos e tsunamis não são inesperados e podem ser interpretados como parte do processo da vida ma terra. Mas usinas nucleares são um recurso artificial, criado pelo homem. O objetivo inicial foi o do poder da destruição, depois usufruiu-se dos benefícios científicos da energia nuclear, mas a humanidade ainda não sabe bem onde quer chegar ou o que pode esperar dessa manipulação.

Isso dá o que pensar. Veja bem, o Japão sofreu o maior terremoto de sua história (desde a era era dos sismógrafos), o quarto mais forte do mundo, que rendeu umas duzentas réplicas (tremores que continuaram nos últimos dias), mas ficou em pé. Nâo teria tido maiores problemas ou mortes, não fosse a violência do mar que varreu parte da costa japonesa. 
No entanto o que mais apavorou o Japão não foi a força da natureza, mas a fragilidade da manipulação dela pelo homem: as explosões na usina de Fukushima foram a grande surpresa para o mundo.
Então soubemos: não temos tanta segurança nas usinas nucleares como pensávamos! Corremos o risco de sobreviver a tremores violentos e a tsunamis assustadores, mas podemos morrer por causa da radiação que construímos em reatores artificiais.
A situação do nosso futuro, de fato, soa mais dramática agora. Terremotos atingem áreas específicas, em padrões reconhecidos pela ciência e tsunamis são igualmente entendidos e explicados em sua dimensão. Vulcões também tem seu potencial de destruição calculado e até asteróides são uma ameaça bem calculada pela ciência. 
Mas e nossas usinas nucleares? Há muito tempo o mundo sofre o pesadelo da ameaça da bomba nuclear. O Japão, país que conheceu na carne e na alma a desgraça da bomba atômica despejada pelos EUA em 1945 sobre Hiroshima e Nagasaki, revive o seu maior trauma na radiação que inesperadamente superou o pavor dos tremores e de tsunamis! 

Talvez por trás de nossos pesadelos não esteja alguém apertando botões de ogivas nucleares, em atos suicidas. Talvez o verdadeiro pesadelo seja a ocorrência de eventos naturais rompendo a segurança relativa dos reservatórios de material nuclear manipulado com finalidade pacífica. Sob o argumento de que o mundo depende de mais energia poderemos, sem querer, desafiar forças que estão além do controle do homem.
O tom é dramático, mas perfeitamente cabível na realidade!... (MM)

segunda-feira, março 14, 2011

PACIENTES DEVEM SER ACOMPANHADOS

(...)Tive uma seria discussão em um hospital de São Paulo porque n me permitiam acompanhar meu filho durante atendimento.O que a lei diz disso? (Sonia C)


O direito da família permanecer com o paciente - como no caso do marido ou alguém indicado por uma gestante durante o parto ou de uma mãe acompanhar filhos ou a filha acompanhar a mãe, citando os exemplos mais comuns, é incontestável do ponto de vista ético e moral, mas esbarra na intolerância de protocolos hospitalares. Existem leis a respeito, mas ainda causam polêmica e desrespeito em diferentes circunstâncias. 


O acompanhamento em consultas normalmente já é rotineiro e é inclusive indicado como medida de segurança, tanto do ponto de vista do histórico do paciente, que necessita de detalhes para diagnóstico correto, como da garantia de bom atendimento, considerando os valores éticos da medicina.
O problema em geral acontece em hospitais, que por questões de ordem interna ou mera intolerância, barram a presença  de acompanhantes nos exames. intervenções ou mesmo internações, que na prática permitiriam a presença do familiar.
O que se discute, no entanto, é o direito do paciente em estar acompanhado, em qualquer circunstância. Por que não? Vivemos um momento de alta insegurança em relação a imperícia de médicos, enfermeiros e auxiliares e a presença de alguém acompanhando os interesses do paciente, que permanece em situação de vulnerabilidade, independente de sua faixa etária, é um direito constitucional. 
No entanto as leis ainda não são claras. Temos por exemplo uma determinação legal que não deixa margem a dúvidas, que é o direito de uma gestante ter acompanhante durante o parto, normal ou cirúrgico, na lei nº11.108, de 7 de abril de 2005. Mesmo assim alguns hospitais do SUS se acham no direito de desrespeitar a lei.


Em outros casos os hospitais argumentam que "acompanhante atrapalha", mesmo quando o paciente é menor de 18 anos ou maior de 60. No entanto essa "condescendência" para acompanhantes de crianças e idosos é aceita por questão de comodidade: crianças e idosos "dão mais trabalho" e a equipe médica acha interessante essa ajuda do acompanhante. 
Em outras faixas etárias há feroz resistência dos hospitais em ter alguém observando os procedimentos. Uma lei criada para permitir o acompanhante em UTIs, no Paraná, foi alvo de críticas ferozes porque obrigaria os hospitais a investir em pequenas reformas - como a separação do ambiente ( em biombos) e a colocação de uma poltrona e outros adereços. 
No entanto o benefício do acompanhante para o paciente, em qualquer faixa etária, é incontestável e deve ser exigida. Naturalmente o familiar que fica com o paciente deve estar preparado para essa situação, mas em geral basta uma orientação simples para que saiba como agir em situações de emergência. Torna-se um aliado e não um estorvo. O paciente (em qualquer faixa etária, é sempre preciso frisar) fica mais confiante e sua recuperação tem as chances aumentadas. 





terça-feira, março 08, 2011

ERROS DE DIAGNÓSTICO E ATENDIMENTO MÉDICO



"(...) mais tarde eu soube que a medicação que me deram no pronto-socorro foi um perigo para minha saude(...) a médica não perguntou nada, se eu tinha alguma alergia a algum medicamento ou alguma doença (...)" (Marcia, 19/01)

(...)Durante quase três anos ela reclamou dos mesmos sintomas e sempre disseram que não era nada(...)agora a doença se instalou (...)Dois advogados que consultei disseram que não dá para processar esses irresponsáveis(...)pode publicar meu nome" ( Ariovaldo N. Nunes)

A tecnologia aumenta e garante diagnósticos mais precisos, mas em contrapartida, infelizmente, o número de profissionais pouco competentes também aumentou muito nas últimas duas décadas.

O erro médico está assustadoramente presente, ainda que a maior parte das reclamações não seja divulgada. Além disso é preciso considerar que boa parte dos pacientes sequer sabe se foi vítima de erro ou imperícia médica.

Márcia, no seu caso, que envolve atendimento de emergência em Pronto-Socorro de hospital, o recurso é buscar seu prontuário (os hospitais são obrigados a guardar os prontuários de pacientes, onde ficam relatados sintomas, medicação ingerida, exames, etc), tirar cópia, recolher os exames (você tem direito a retirar os exames, tenha sido o atendimento particular ou através de convênio).

Você pode realizar a denúncia junto ao Conselho Regional de Medicina - Cremesp (você pode ober maiores informações no site)

Ariovaldo, o seu desespero é compreensível. Nada pior do que buscar ajuda de um profissional da área médica e não conseguir obter um diagnóstico a tempo de evitar o avanço de uma doença perigosa.

Mas a área da saúde, ironicamente, apresenta faces opostas: de um lado profissionais competentes e dedicados, que salvam vidas; de outro pessoas que ingressaram em curso de medicina apenas para "ganhar dinheiro" ou por outros motivos que não levam à necessária dedicação e qualificação que a área exige.

Além disso a proliferação de cursos superiores nas últimas décadas criaram faculdades sem qualidade de ensino. E no caso da medicina, isso é de fato mortal para a sociedade.



Denunciar é importante! O profissional incompetente deve ser impedido de atuar e causar estragos.

Mas há outros cuidados que devem ser tomados por todos nós. Aqui vão dez passos fundamentais:

1- Se for procurar um especialista, procure saber e ele está devidamente inscrito no Cremesp e se não há dúvidas a seu respeito (como reclamações e denúncias)

2- Procure saber também a respeito do profissional junto aos clientes (tudo isso é muito difícil e nem sempre oferece alguma garantia, mas pode ajudar)

3- Nunca vá a uma consulta ou qualquer procedimento médico sem um acompanhante. A lei faculta ao paciente o acompanhamento, justamente para evitar duvidas quanto à qualidade do atendimento.
Caso o profissional, clinica ou hospital se negarem a permitir esse acompanhamento, desconfie e não aceite. O acompanhamento apenas pode ser evitado em casos específicos, onde a segurança ao próprio paciente esteja em jogo.


4- Pergunte tudo, esclareça todas as dúvidas, durante uma consulta ou procedimento. Do ponto de vista legal, o médico é obrigado a esclarecer a respeito de todos os passos, todas as medicações e informações a respeito do estado do paciente.

5- Quando for a atendimento de emergência procure lembrar de doenças anteriores ou medicações que estão sendo ingeridas, exames e toda a informação que possa nortear o médico.

6- Cuidado com o atendimento padrão de alguns lugares: os profissionais, muitas vezes ainda inexperientes, seguem ações protocoladas (ou uniformizadas)que nem sempre são necessárias (tipo, em caso de dúvida prescreve antibiótico ou, como é muito comum, medicamento contra dor)

7- Não esqueça que o risco de erro não é apenas do médico, mas também dos outros profissionais da área, como da enfermagem. O acompanhante do paciente deve se certificar a respeito dos medicamentos que estão sendo aplicados e da qualidade tecnica utilizada

8- Em consultas o procedimento também deve ser o mesmo. Se possível leve exames anteriores e faça uma descritiva clara de seus sintomas.

9- Os diagnósticos, hoje, são feitos por biomédicos (que preparam os laudos das análises laboratoriais)ou ficam claros nos exames, cada vez mais sofisticados, como na medicina nuclear. Mas ainda assim a competência do médico é imprescindível.

10- E finalmente, não consulte apenas um profissional: se houver dúvida, vá a outros especialistas, observando as variações do atendimento, medicação, etc. Afinal, médicos não são cabelereiros ou designers de moda: procedimentos devem ter pontos comuns quando o paciente é um só. Se houver diferenças entre diagnóstico e tratamento de um para outro profissional, a situação deve ser seriamente avaliadas para se chegar a uma conclusão.

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