MIRNABLOG analisa os acontecimentos e discute as dúvidas com imparcialidade, respeitando a sua inteligência
quinta-feira, dezembro 28, 2006
Teatro da guerra e dos castigos
Há pressa em executar Saddam Hussein. A sua punição é encarada como um troféu, em um cenário esgotado pela guerra, mas acima de tudo estratégico para o futuro militar dos EUA.
Saddam é uma exceção. Normalmente os crimes de guerra, hediondos e condenáveis, não são punidos. Da mesma forma, os direitos humanos nunca são respeitados no cenário da guerra. Desde que os conflitos se tornaram mais violentos no oriente Médio, não se vê herói algum.
Há apenas vítimas.
A punição à Saddam, um ditador inserido em uma cultura dura e estranha aos hábitos ocidentais, é simbólica.
Não significa que ditadores e violentos terão de pagar o seu preço! Pois a violência e os crimes continurão acontecendo, em nome da "democracia", uma palavra elástica demais para ser considerada o resumo de uma ideologia de respeito à vida e à igualdade dos seres.
Há mais mortes de soldados americanos no Iraque do que aqueles que foram assassinatos no atentado contra as torres gêmeas de 11 de setembro. Mesmo após o escândalo das fotos mostrando exageros da tortura fisica e humilhação feita por oficiais americanos e ingleses, os presos mantidos sob a guarda dos Estados Unidos no Iraque, no Afeganistão e na base de Guantánamo (Cuba) continuam sob a ameaça de sofrerem tortura e maus-tratos, deixando rouco o grupo Anistia Internacional
O ex-presidente iraquiano Saddam Hussein será executado "em poucos dias" no interior da Zona Verde, no oeste de Bagdá, segundo informaram fontes iraquianas.
De qualquer forma, a sentença de morte Houssein está longe de parecer uma justiça em nome da paz e do respeito aos códigos da guerra. Parece mesmo revanche e ódio. Negou-se até mesmo o direito à escolha do condenado em morrer fuzilado.
Saddan não queria ser enforcado. Por isso morrerá na forca. É mais teatral e visceral tal punição!
Punição pela morte de 148 xiitas iraquianos, após uma suposta tentativa de assassinato de Saddam na aldeia de Dujail, em 1982. Para justificar punição severa, basta um assassinato!
O problema é que a briga no Oriente Médio tem muitos outros vilões e assassinos que não estão sendo julgados e punidos!
Barzan al-Tikriti, meio-irmão de Saddam, e o ex-juiz Awad al-Bandar foram condenados à morte no mesmo julgamento. Outros quatro de seus ex-assessores receberam penas entre 15 anos e prisão perpétua.
Ah, se isso de fato servisse de exemplo para que houvesse respeito aos direitos humanos!...
(Saddan Hussein foi enforcado no sábado, dia 30 de dezembro, por volta das seis horas da manhã ( uma hora da manhã, no horário de Brasilia) e segundo informações da Reuters, seria sepultado em um local secreto no Iraque. A execução foi rápida e apenas foi divulgada momentos antes do enforcamento, para evitar qualquer conturbação) .
CRIMES HEDIONDOS E PUNIÇÃO
O que é um crime hediondo? Uma ato brutal, inaceitável para a sociedade civilizada.
Pela lógica, crimes hediondos merecem punição severa. Mas o espanto da sociedade se refere à suavidade da pena para crimes que no mínimo mereceriam pena máxima prevista nas leis brasileiras...que já é limitada.
O assunto volta à discussão com a aprovação, pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados, do Projeto de Lei 6.793/06 que altera o regime de progressão de pena nos casos de crime hediondo.
A proposta, que tramita em regime de prioridade, segue para análise do Plenário.O relator, deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP), apresentou parecer favorável à proposta. O texto estabelece que a progressão se dará após cumprimento de um terço da pena se o réu não tiver condenação anterior, ou de metade, se for reincidente.O condenado a nove anos de prisão por crime hediondo, por exemplo, passará três anos em regime fechado, outros três em regime semi-aberto e só então poderá requerer a progressão para o regime aberto. Somente após cumprir dois terços da pena é que o condenado será efetivamente libertado — ao ser transferido para o regime aberto ou obtendo o livramento condicional.
Ainda é pouco. A lei sobre os crimes hediondos, criada em 1990, acrescentou fatos típicos considerados enquadráveis, como por exemplo o latrocínio, extorsão mediante seqüestro, atentado violento ao pudor, etc; e previu tratamento mais rigoroso a estas espécies. E no entanto acabou por abrir possibilidade de redução da pena de crimes extremamente violentos.
CRIMES HEDIONDOS NÃO DEIXAM MARGEM DE DÚVIDA QUANTO À PERVERSIDADE DO ATO. POR QUE UM ASSASSINO CAPAZ DISSO RETORNA AO MEIO SOCIAL? |
A proposta de Greenhalgh dobra os prazos para a progressão de regime nos crimes hediondos e, por isso, torna mais rigorosa a condenação para esse tipo de crime.
A Lei dos Crimes Hediondos voltou ao centro da discussão quando o Supremo Tribunal Federal declarou inconstitucional o artigo que impedia a progressão. Conforme interpretação do Supremo, a vedação de progressão de regime afronta o direito à individualização da pena, previsto na Constituição, já que, ao não permitir que se considerem as particularidades, a sua capacidade de reintegração social e os esforços aplicados para a ressocialização, a lei torna inócua a garantia constitucional.
A Justiça, além de lenta e complexa, oferecendo alternativas para recursos e longos prazos e redução de pena em casos de crime hediondo, termina na realidade dura da impunidade: vários criminosos envolvidos em assassinatos, como no caso de Daniela Perez, estão livres após poucos anos de detenção!
É urgente a individualização da pena!
quinta-feira, dezembro 21, 2006
ENSINO É CONSIDERADO MEDÍOCRE
Inteligência
é só
informação?
O problema da mediocridade do ensino é um problema brasileiro ou mundial? O excesso de informação e imagem, através da mídia eletrônica e da cada vez mais poderosa Internet, cria sábios ou congestiona a capacidade de aprendizado?
Estão ai boas perguntas, que não são razoavelmente respondidas pelos críticos da Educação. Recentemente dados divulgados pelo IBGE ratificaram a incapacidade crescente do aproveitamento da estrutura educacional da rede pública – em 2005 36% dos estudantes que freqüentavam a 8ª série estavam atrasados em relação ao andamento normal do curso, situação que se repetia com menor gravidade em todas as oito séries do ensino fundamental. No ensino médio a situação piorou: 55% dos adolescentes de 15 a 17 anos cursavam séries com atraso, proporção que sobe para 70% no Nordeste.
E o ensino particular? Não há grande diferença. A qualidade de aprendizado dos alunos de escolas particulares difere muito pouco, considerando a exigência dos pais diante de um ensino diferenciado.
A situação dramática da má qualidade do ensino vai até as universidades. Jovens são formados e encontram a realidade no mercado de trabalho: estão despreparados, dominando muito pouco do conhecimento necessário em sua área profissional.
Não há apenas uma explicação para esse fenômeno de crise de qualidade no ensino. Sabe-se apenas que ele atinge, em diferentes graus, escolas públicas ou particulares, até o ensino superior, no Brasil e em outros países.
A massa de informação que chega através da Internet e da mídia em geral, sem refinamento e filtragem, em seu estado bruto, é considerada a grande vilã da “confusão intelectual” das novas gerações.
A criança desde muito cedo é colocada em contato com a educação uniformizada de escolas, que cuidam dela desde o berço até o ensino fundamental. Isso poderia ser um fator positivo – o contato direto com o ambiente educacional – mas não é, pelo fato de constituir uma única via de estímulo ao conhecimento.
O desenvolvimento do intelecto e a capacidade de raciocínio e de interpretação depende de vários fatores, incluindo o ambiente emocional favorável. Estímulo à leitura, histórias contadas ao pé do berço ou da cama da criança, tudo isso torna-se um fator determinante no futuro aprendizado. A criança precisa amadurecer sua capacidade de apreensão do mundo. Caso contrário será apenas um receptáculo de informação, como um computador!
terça-feira, dezembro 05, 2006
CUIDADO COM O "BULLYING"
“D” enfrentava problemas de adaptação em qualquer ambiente. Desde pequeno era sistematicamente rejeitado pelas outras crianças. Conforme foi crescendo conseguia criar certos vínculos entre os colegas na escola, mas passou a ser a “vítima rotineira” das chacotas e brincadeiras. Era sempre o “zoado”, habituando-se às risadinhas, empurrões, fofocas e apelidos diversos.
Bem, até esse ponto temos a vítima e os “brincalhões”! Os demais colegas e alunos, que eram a maioria? Parte deles ignorava por completo qualquer cena de agressão à “D”. Outros sentiam-se intimidados e constrangidos e mesmo não concordando com essas brincadeiras omitiam-se.
Para os professores e diretores, essa situação era “inevitável no meio escolar”. Para os pais, “D” era um “banana”, que devia aprender a se virar! Antes de completar 16 anos, “D” fechou-se no seu quarto e fez um “coquetel” de comprimidos que pacientemente estava guardando e “colecionando” por meses a fio. Quando foi encontrado, já estava morto há mais de oito horas.
Você já ouviu falar de “bullying”? É um termo inglês para designar atos agressivos entre estudantes. Difícil encontrar um termo em português para traduzi-lo. Alguns professores acham que esse termo não se aplica ao cenário brasileiro, onde as escolas poderiam ser enquadradas além disso, por causa da violência na periferia.
No entanto o “bullying” causa a pior das violências. Mina vagarosamente toda a resistência das vítimas e as torna angustiadas e inseguras para o futuro.
No caso de “D”, foi o suicídio. Em outras circunstâncias, como vários ocorridos nos Estados Unidos, chega ao homicídio e assassinatos em massa, dentro da própria escola daqueles que se sentem vítimas. Esse tipo de atentado está acontecendo também no Brasil!
Quando o adolescente ou jovem pega uma arma e sai atirando dentro da escola, não está pensando em atingir apenas aqueles que o humilharam, mas todos, que no mínimo se omitiram!
Inclusive os pais e professores. Cada vez mais percebemos que tanto a ocorrência como o agravamento das consequências da humilhação e agressão à crianças no ambiente escolar têm relação direta com o ambiente familiar do agredido. Quando a criança ou adolescente encontra dentro de casa um apoio emocional e uma relação de afetividade, o bullying não provoca tantos estragos, sendo mais facilmente entendido e superado pela vítima.
Também a ação da escola, no sentido de vigiar e promover campanhas internas contra as agressões, mostrando que a figura realmente ridícula e desprezível é de quem agride ao semelhante, ajuda a criar um ambiente de maior confiabilidade e menores riscos de sequelas emocionais a criança perseguida. Como o bullying contamina seu espaço, criando ramificações que afetam toda a qualidade do relacionamento no ambiente escolar - e não apenas entre vítimas e agressores - deve obrigatóriamente ser reconhecido como um problema coletivo e nunca individual.
Em qualquer caso, a situação é grave e merece atenção dos pais e das escolas. A ocorrência e os estragos causados por esse tipo de comportamento estão aumentando. Pode acontecer desde muito cedo, ainda na pré-escola e ir piorando conforme aumenta a faixa etária.
Observe algumas características das crianças e jovens que sofrem com esse tipo de comportamento:
- São, geralmente, pouco sociáveis. Um forte sentimento de insegurança os impede de solicitar ajuda.
-São pessoas sem esperança quanto às possibilidades de se adequarem ao grupo. A baixa auto-estima é agravada por intervenções críticas ou pela indiferença dos adultos sobre seu sofrimento
-Alguns crêem ser merecedores do que lhes é imposto. Têm poucos amigos, são passivos, quietos e não reagem efetivamente aos atos de agressividade sofridos.
-Muitos passam a ter baixo desempenho escolar, resistem ou recusam-se a ir para a escola, chegando a simular doenças. Trocam de colégio com freqüência, ou abandonam os estudos.
Bem, até esse ponto temos a vítima e os “brincalhões”! Os demais colegas e alunos, que eram a maioria? Parte deles ignorava por completo qualquer cena de agressão à “D”. Outros sentiam-se intimidados e constrangidos e mesmo não concordando com essas brincadeiras omitiam-se.
Para os professores e diretores, essa situação era “inevitável no meio escolar”. Para os pais, “D” era um “banana”, que devia aprender a se virar! Antes de completar 16 anos, “D” fechou-se no seu quarto e fez um “coquetel” de comprimidos que pacientemente estava guardando e “colecionando” por meses a fio. Quando foi encontrado, já estava morto há mais de oito horas.
Você já ouviu falar de “bullying”? É um termo inglês para designar atos agressivos entre estudantes. Difícil encontrar um termo em português para traduzi-lo. Alguns professores acham que esse termo não se aplica ao cenário brasileiro, onde as escolas poderiam ser enquadradas além disso, por causa da violência na periferia.
No entanto o “bullying” causa a pior das violências. Mina vagarosamente toda a resistência das vítimas e as torna angustiadas e inseguras para o futuro.
No caso de “D”, foi o suicídio. Em outras circunstâncias, como vários ocorridos nos Estados Unidos, chega ao homicídio e assassinatos em massa, dentro da própria escola daqueles que se sentem vítimas. Esse tipo de atentado está acontecendo também no Brasil!
Quando o adolescente ou jovem pega uma arma e sai atirando dentro da escola, não está pensando em atingir apenas aqueles que o humilharam, mas todos, que no mínimo se omitiram!
Inclusive os pais e professores. Cada vez mais percebemos que tanto a ocorrência como o agravamento das consequências da humilhação e agressão à crianças no ambiente escolar têm relação direta com o ambiente familiar do agredido. Quando a criança ou adolescente encontra dentro de casa um apoio emocional e uma relação de afetividade, o bullying não provoca tantos estragos, sendo mais facilmente entendido e superado pela vítima.
Também a ação da escola, no sentido de vigiar e promover campanhas internas contra as agressões, mostrando que a figura realmente ridícula e desprezível é de quem agride ao semelhante, ajuda a criar um ambiente de maior confiabilidade e menores riscos de sequelas emocionais a criança perseguida. Como o bullying contamina seu espaço, criando ramificações que afetam toda a qualidade do relacionamento no ambiente escolar - e não apenas entre vítimas e agressores - deve obrigatóriamente ser reconhecido como um problema coletivo e nunca individual.
Em qualquer caso, a situação é grave e merece atenção dos pais e das escolas. A ocorrência e os estragos causados por esse tipo de comportamento estão aumentando. Pode acontecer desde muito cedo, ainda na pré-escola e ir piorando conforme aumenta a faixa etária.
Observe algumas características das crianças e jovens que sofrem com esse tipo de comportamento:
- São, geralmente, pouco sociáveis. Um forte sentimento de insegurança os impede de solicitar ajuda.
-São pessoas sem esperança quanto às possibilidades de se adequarem ao grupo. A baixa auto-estima é agravada por intervenções críticas ou pela indiferença dos adultos sobre seu sofrimento
-Alguns crêem ser merecedores do que lhes é imposto. Têm poucos amigos, são passivos, quietos e não reagem efetivamente aos atos de agressividade sofridos.
-Muitos passam a ter baixo desempenho escolar, resistem ou recusam-se a ir para a escola, chegando a simular doenças. Trocam de colégio com freqüência, ou abandonam os estudos.
segunda-feira, novembro 20, 2006
NÃO À TORTURA E ASSASSINATO
Duas mulheres são amarradas e colocadas dentro de sacos. Cada uma delas é enterrada em um buraco de mais ou menos um metro de profundidade, de maneira a permanecer com metade do corpo, da cintura para cima, exposta.
Estão a alguns metros de distância uma da outra. Uma pequena multidão, estritamente masculina, circula ansiosa em torno, aguardando o momento. E ele chega logo: pedras são atiradas com violência, como se fosse um jogo.
Apesar de completamente cobertas pelo tecido, e imobilizadas por cordas, é possível perceber a dor a cada pedra que acerta as costas, o peito, o rosto e a cabeça. Terrível a tortura a que são submetidas, pedra após pedra, até que algum ponto atingido provoque finalmente a morte!
Ficção de terror, criação de alguma mente psicopata? Não. São duas mulheres acusadas de adultério no Irã, vítimas de uma tradição absurda, na visão deturpada dos conceitos encontrados no Corão, o livro sagrado dos mulçumanos, que foi a base para uma lei chamada Sharia. Em muitos paises árabes a Sharia foi institucionalizada como a única lei exclusiva que rege a vida dos habitantes e visitantes desse lugar.
As imagens, terríveis, estão sendo veiculadas na Internet. Muitos consideram essas imagens como denúncias com intenção política: a idéia é colocar a opinião pública mundial contra o Irã, mostrando o nível da selvageria de suas crenças.
Mas independente de segundas ou terceiras intenções, a verdade é que essa “tradição penal”, tão antiga quanto o próprio Alcorão (ou Corão), é inaceitável. Causa espanto a manutenção de uma pena absurda, em um mundo onde não restam dúvidas a respeito da gravidade de um assassinato e onde a pena de morte para crimes considerados gravíssimos e horrendos está sendo condenada e subtraída.
Matar é diferente de cultuar tradições. A mulher islâmica é obrigada a usar o véu, chamado de hiyab ou shador, para ficar “preservada dos olhares perversos dos homens”. Nos paises fundamentalistas é obrigatório (a mulher que não usar véu é considerada depravada, como as cristãs...), mas é uma opção cultural e religiosa onde o país tem autonomia para cultuar.
Já assassinatos não. Nenhum país hoje sobrevive sem acordos comerciais e sem intercâmbio cultural também. Existe uma relação entre os paises do mundo e uma das regras é o respeito à vida. É um conceito universal, que religião alguma ou cultura alguma pode romper, sob qualquer argumento. Isso deve ser revisto na Sharia.
Direitos humanos não podem ser ignorados.
É uma questão de sobrevivência da raça humana!
quinta-feira, novembro 09, 2006
EU QUERO É XINGAR!
Ofensas gratuitas, xingamentos e muita agressividade.
Estes fatores estão se tornando comuns na comunicação cibernética. Embora mais de 60 por cento dos brasileiros ainda não tenham acesso à internet, o comportamento de internautas que transformam chats, fóruns e sites de relacionamentos como Orkut e Gazzag em "quartos de despejo", serve bem de termômetro para avaliar o nível de tensão popular.
"É uma minoria, mas essa gente invade os tópicos nas comunidades e enchem o saco", reclama Alexandro, usuário do Orkut. Ele critica o fato das pessoas que querem "melar" as conversas e diálogos usarem identidade falsa - ou fake, na linguagem local - e terem como único objetivo a invasão de espaços para xingar e ofender.
A porcentagem de usuários que usam a identidade real nos sites no entanto é pequena. "Eu uso identidade fake, mas não ajo de forma irregular, não xingo ninguém e mantenho a minha dignidade, apenas não assumo minha identidade por completo por uma questão de segurança", afirma "Descartes", estudante, que integra algumas das inúmeras comunidades que tem como tema principal de discussão a Filosofia.
"Frequento as comunidades para discutir e aprender, não para encher o saco dos outros, nem para descarregar minhas neuras" afirma ele. E ainda arrisca um palpite a respeito dos "fakes" agressivos. "Como eles não tem dinheiro para pagar um psiquiatra, ficam descarregando seus desequilibrios na Internet"...
"A coisa as vezes fica feia mesmo " confirma Marcello Santiago, internauta há mais de cinco anos, "Tem gente de uma violência verbal que assusta! Essa gente não quer interagir ou conversar sobre algum tema, profissional ou pessoal, quer apenas brigar. Descarregar eu acho".
Para ele essas pessoas são desajustadas no dia a dia. "Ou ficam fechadas em um escritório remoendo raiva, ou são dessas que brigam no trânsito" arrisca ele.
Seja como for e pelos motivos que forem, a presença da agressividade na Internet é uma realidade. A principio, depreende-se que o mundo virtual digere bem esse tipo de usuário. Não é porém a opinião de muitos internautas: o mundo virtual é profundamente emocional e os acontecimentos repercutem de maneira positiva ou negativa.
"Na minha opinião os moderadores de comunidades deveriam expulsar aqueles que abusam e limpar um pouco o espaço" arrisca Alexandro. Segundo ainda Marcello, frequentador do Orkut, as comunidades mais violentas são as que envolvem temas politicos. "São campeãs de fakes, a maioria encomendados", afirma, sugerindo que a distorção é proposital.
quarta-feira, outubro 25, 2006
Educação financeira começa cedo
Já vai longe o tempo em que dinheiro era “problema de gente grande”. Tempos em que a introdução no mundo financeiro – o da sobrevivência propriamente dita – acontecia na juventude, paralelamente ao curso superior ou preparo para ingresso no mercado do trabalho.
Hoje há uma nova preocupação: educar financeiramente a criança, na mesma medida em que ela começa a tomar consciência de sua individualidade e de seu papel familiar e social. Sinal dos tempos. Aliás, um claro ultimato da sociedade consumista.
Essa necessidade já começou a ganhar corpo há tempos na família, onde de maneira improvisada e influenciada pela pressão de crises consecutivas e perdas de poder aquisitivo, os pais passaram a limitar os gastos.
Crianças da classe média passaram a ouvir com freqüência argumentos para a supressão de gastos e a abolição de hábitos dispendiosos. Nas classes mais pobres, sofreram a imposição da necessidade de trabalho precoce.
Na escola, a realidade já começou a preocupar os educadores.
O extremo estímulo ao consumismo e a realidade social enfrentada impõe essa nova preocupação na educação. O dinheiro não é a coisa mais importante da vida, mas é sadio que a criança entenda o seu papel e aprenda a lidar com a realidade.
Ensinar como lidar com dinheiro não é uma tarefa simples. Alguns pais decidiram estabelecer mesadas, sob condição de não haver “pedidos extras” de gastos pessoais.
Estabelecer o gasto mensal em comum acordo e exigir o cumprimento do trato no uso da mesada pode ajudar a evitar brigas e desacordos quando o assunto é consumismo. E também iniciar um processo de entendimento sobre transações comerciais, lucros e débitos e o mundo financeiro.
E, principalmente, os limites que cercam cada realidade familiar no que se refere à hábitos de consumo.
terça-feira, outubro 10, 2006
UBC desrespeita acordo
A Universidade Braz Cubas incentivou o pagamento cheques pré-datados para a efetivação de matrículas, mas não respeitou o acordo, antecipando as datas e descontando os cheques, de uma só vez (...) Com isso provocou inadimplência para o pagamento das mensalidades (...) O pior é que a UBC dificulta a discussão do ocorrido, negando-se simplesmente o atendimento e encaminhando para um tal “Protocolo” que nunca é respondido e impediu que fosse realizada a matricula no segundo semestre (...) E o mais irônico é que o curso em questão é o "Direito" (...) (A. M)
(...) A universidade usou meios de constrangimento para obrigar o aluno inadimplente a pagar o atrasado(...) Também dificultou a devolução de valores que ela própria exigiu que fosse antecipado. Paguei a matrícula do meu curso com alguns meses de antecedência para usufruir de desconto e como enfrentei problemas, pedi a devolução do dinheiro. A universidade informou que não havia devolução (...) (Inês)
Vamos lá: no caso da Universidade Brás Cubas, não há dúvidas quanto ao erro na devolução dos cheques. Você diz que houve má fé da UBC, pois ela se recusou a devolver os valores dos cheques depositados e atrasou as suas providências com a burocracia no atendimento. Se houve "má fé" , isso é outra história.
O que você tem direito é ao ressarcimento por dano moral. O cheque pré-datado é um acordo como qualquer outro, uma espécie de contrato, e o desrespeito às datas combinadas para o debito de fato demonstra intenção de dolo.
Você diz que os cheques, com datas diferentes, foram depositados ao mesmo tempo, ocasionando inadimplência para o pagamento das mensalidades simultâneas a esse fato. Ou seja, a própria UBC, ao desrespeitar as datas dos cheques, impediu você de pagar as mensalidades. Com o atraso, impediu que você realizasse a matrícula do segundo semestre.
Isso incorre em má fé da instituição de ensino, que mesmo sabendo ter sido a causadora do problema, impediu a matrícula.
Você ainda diz que houve constrangimento na sala de aula, com os nomes dos alunos inadimplentes "em vermelho" na lista de freqüência.
De fato, isso também leva à processo por dano moral, pois é considerado constrangimento moral toda ação que diferencia e tenta humilhar.
Por fim você diz que uma professora pediu que assinasse um documento de que "estava ciente" da não matrícula? E que como não assinou, foi constrangida com a presença de funcionários da universidade que assinaram no "seu lugar" ? Professora de disciplina do curso de Direito?
Não há o que discutir. Junte as provas e processe!
Inês, como você pode ler acima, qualquer constrangimento ao aluno em sala de aula (ou mesmo fora dela, dependendo da circunstância) é passível de processo.
Agora, quanto ao pagamento da matrícula antecipada, se você não usufruiu das aulas em questão, ou seja, sequer começou a freqüentar o curso, você tem direito à devolução do valor. Você diz que não tem advogado e que não confia na Procuradoria do Estado de seu município.
Mas lembre-se que você pode acompanhar o caso e pedir análise de sua eficiência nos orgãos superiores. Mas o mais fácil, no seu caso, é recorrer ao Tribunal de Causas Cíveis (ou pequenas causas). E em caso de dúvida, também encaminhe pedido de análise para as instâncias superiores.
(...) A universidade usou meios de constrangimento para obrigar o aluno inadimplente a pagar o atrasado(...) Também dificultou a devolução de valores que ela própria exigiu que fosse antecipado. Paguei a matrícula do meu curso com alguns meses de antecedência para usufruir de desconto e como enfrentei problemas, pedi a devolução do dinheiro. A universidade informou que não havia devolução (...) (Inês)
Vamos lá: no caso da Universidade Brás Cubas, não há dúvidas quanto ao erro na devolução dos cheques. Você diz que houve má fé da UBC, pois ela se recusou a devolver os valores dos cheques depositados e atrasou as suas providências com a burocracia no atendimento. Se houve "má fé" , isso é outra história.
O que você tem direito é ao ressarcimento por dano moral. O cheque pré-datado é um acordo como qualquer outro, uma espécie de contrato, e o desrespeito às datas combinadas para o debito de fato demonstra intenção de dolo.
Você diz que os cheques, com datas diferentes, foram depositados ao mesmo tempo, ocasionando inadimplência para o pagamento das mensalidades simultâneas a esse fato. Ou seja, a própria UBC, ao desrespeitar as datas dos cheques, impediu você de pagar as mensalidades. Com o atraso, impediu que você realizasse a matrícula do segundo semestre.
Isso incorre em má fé da instituição de ensino, que mesmo sabendo ter sido a causadora do problema, impediu a matrícula.
Você ainda diz que houve constrangimento na sala de aula, com os nomes dos alunos inadimplentes "em vermelho" na lista de freqüência.
De fato, isso também leva à processo por dano moral, pois é considerado constrangimento moral toda ação que diferencia e tenta humilhar.
Por fim você diz que uma professora pediu que assinasse um documento de que "estava ciente" da não matrícula? E que como não assinou, foi constrangida com a presença de funcionários da universidade que assinaram no "seu lugar" ? Professora de disciplina do curso de Direito?
Não há o que discutir. Junte as provas e processe!
Inês, como você pode ler acima, qualquer constrangimento ao aluno em sala de aula (ou mesmo fora dela, dependendo da circunstância) é passível de processo.
Agora, quanto ao pagamento da matrícula antecipada, se você não usufruiu das aulas em questão, ou seja, sequer começou a freqüentar o curso, você tem direito à devolução do valor. Você diz que não tem advogado e que não confia na Procuradoria do Estado de seu município.
Mas lembre-se que você pode acompanhar o caso e pedir análise de sua eficiência nos orgãos superiores. Mas o mais fácil, no seu caso, é recorrer ao Tribunal de Causas Cíveis (ou pequenas causas). E em caso de dúvida, também encaminhe pedido de análise para as instâncias superiores.
quarta-feira, setembro 27, 2006
quinta-feira, setembro 21, 2006
Video na Internet prova corrupção do PSDB
Um vídeo que supostamente seria o mesmo que envolveria a compra por pessoas filiadas ao PT de Paulo Roberto Dalcon Trevisan, tio do empresário envolvido na Máfia das sanguessugas Luiz Antonio Vedoim, está sendo veiculado em diversos sites na Internet e mostra o então ministro da Saude José Serra falando da distribuição de centenas de ambulâncias , algumas dezenas delas em evento político no Mato Grosso.
O vídeo começa com a chegada de dezenas de ambulâncias a um grande galpão, sendo alinhadas e filmadas em seu interior. Posteriormente o local fica repleto de público, principalmente políticos.
Entre eles o atual candidato ao governo do estado de São Paulo José Serra, que em entrevista filmada no local qualificava de excelente a iniciativa da entregas de viaturas em grande quantidade aos estados e municípios.
"Somos teimosos em nossa briga e fazemos isso porque sabemos que estamos em uma boa batalha(...) Cada viatura que está aqui foi paga não com o meu dinheiro, foi paga com o dinheiro do povo"...disse José Serra em seu discurso de entrega das ambulâncias superfaturadas.
O vídeo começa com a chegada de dezenas de ambulâncias a um grande galpão, sendo alinhadas e filmadas em seu interior. Posteriormente o local fica repleto de público, principalmente políticos.
Entre eles o atual candidato ao governo do estado de São Paulo José Serra, que em entrevista filmada no local qualificava de excelente a iniciativa da entregas de viaturas em grande quantidade aos estados e municípios.
"Somos teimosos em nossa briga e fazemos isso porque sabemos que estamos em uma boa batalha(...) Cada viatura que está aqui foi paga não com o meu dinheiro, foi paga com o dinheiro do povo"...disse José Serra em seu discurso de entrega das ambulâncias superfaturadas.
terça-feira, setembro 19, 2006
sábado, setembro 16, 2006
Que história estranha!...
Coisas muito estranhas acontecem na campanha eleitoral. Veja bem, um sujeito chamado Paulo Roberto Dalcol Trevisan, tio do empresário Luiz Antônio Vedoin --acusado de chefiar a máfia dos sanguessugas -- foi detido porque portava "uma pasta azul que continha uma agenda e fotos".
Muito bem, detido, ele declarou que iria levar essa pasta - com documentos que comprovariam o envolvimento de José Serra, então ministro da Saude, na máfia que roubava dinheiro público, utilizando como meio a compra de ambulâncias- para ser trocada por dinheiro.
Ora, isso teria desencadeado uma operação que culminou com a prisão de Vedoin, também em Cuiabá, e de Valdebran Padilha e Gedimar Pereira Passos, em São Paulo, que estavam com R$ 1,7 milhão --R$ 1,168 milhão e mais US$ 248 mil, no referido hotel marcado para o encontro. Os dois também tiveram as prisões temporárias decretadas.
Agora vem a questão: quem é que ganha com uma armação dessa?
Vamos analisar imparcialmente (coisa rara na mídia) a situação. O Partido dos Trabalhadores não teria interesse algum em tal artimanha. Ora, o partido está bem colocado nas pesquisas e não teria tempo hábil para usufruir da comprovação da denúncia feita por Trevisan contra o candidato ao governo do Estado , José Serra.
Por incrivel que pareça, essa confusão beneficia justamente o acusado, José Serra.
Por que?
Porque conturba o processo, desviando a atenção popular da denúncia de corrupção para "jogo político".
Então esta é a pergunta: essa situação esquisita (afinal, quem iria denunciar à Policia Federal o sujeiro com uma " pasta azul" onde só havia objetos absolutamente comuns, como fotos e agenda?) que teria levado aos supostos "petistas" que pagariam alta soma por fotos e agendas (quando a comprovação da corrupção está nos fatos?), afinal, foi provocada. Mas por quem?
Essa história está mal contada e depende de uma investigação séria da Policia Federal, para comprovar que não é mais um golpe de marketing político ou oportunismo para conturbar a opinião pública às vésperas da eleição!
quarta-feira, setembro 13, 2006
domingo, setembro 10, 2006
uiahiuhaiuHAUIHAu!
“Gostaria de saber sua opinião sobre a linguagem usada pelos jovens nos sites de relacionamentos(...)isso pode influenciar e de certa maneira “matar” nosso português. Uma amiga minha, professora de português, acha que os jovens sabem distinguir como escrever no computador e numa redação. Eu acho que eles não têm discernimento para separar e vão misturar” (Carlos Alberto)
Carlos, você está falando do “internetês”, aquela linguagem esquisitíssima que parece ter surgido da necessidade dos internautas de “simplificar” a escrita na comunicação da Internet, mas que no final das contas parece que dá trabalho dobrado!
Quem são os criadores dessa "língua”? Os adolescentes, principalmente. Adultos se utilizam de abreviaturas para ganhar agilidade na escrita dos bate-papos. Algo assim como “onde é q vc foi ontem? N me venha c conversa”. O que não deixa de ser um atentado ao nosso bom português também (ou tb?)
Mas difícil mesmo – e certamente perigoso para a escrita e o entendimento da língua portuguesa – é o “idioma teen internetês”. Algo difícil de se reproduzir.
Vou tentar com um diálogo “simplificado”, fielmente reproduzido das páginas da nossa Internet:
- Boanoitii boong
- uiahiuhaiuHAUIHAu
- Jah disse soh vc naum fuça mais eh
- Soh pq ti add? Saiu?
- Sai kraio bunekoo naum
- nhaa bjao
- Maravilindo vc bjinhuns
Que língua é essa?
A questão é: esse tipo de linguagem é um risco para a qualidade da escrita correta, em bom português?
Não concordo com a idéia de que essa confusão de palavras seja inofensiva. Mesmo porque devemos lembrar que a qualidade na linguagem e na escrita depende de treino e aperfeiçoamento constante, dependendo de atenção e muita leitura.
Ora, a partir do momento que a leitura passa a acontecer com palavras completamente distorcidas, é óbvio que a escrita correta será prejudicada.
Para quem ainda não aprendeu a escrever direito e lê com extrema economia, a situação se torna mais grave. O “internetês” pode ser engraçado, mas acima de tudo é uma armadilha que pode custar aos seus adeptos um preço alto no futuro.
EUA podem romper regras?
O que se discute no mundo é o seguinte: os EUA podem romper regras internacionais e diplomáticas sem o conhecimento e aquiescência dos paises?
A questão está em pauta pelo rompimento dos limites éticos feita pela CIA , agência de inteligência americana, que possue prisões secretas ao redor do mundo e detém suspeitos, prendendo-os e mantendo-os em estado de incomunicabilidade, fora dos Estados Unidos.
Ao confirmar o fato, pela primeira vez, o presidente George Bush disse, em discurso na Casa Branca, que o número de prisioneiros é "pequeno" nestas instalações e que inclui suspeitos de terem participado dos atentados de 11 de setembro de 2001 e responsáveis pelos ataques contra alvos americanos no Iêmen, no Quênia e na Tanzânia.
Isso justifica as "pequenas" invasões em paises alheios e a ação de prisão em áreas fora da jurisdição americana? É essa a pergunta, feita não apenas pelo mundo, como pela própria população dos EUA, após denúncia em artigo no "Washington Post".
A questão está em pauta pelo rompimento dos limites éticos feita pela CIA , agência de inteligência americana, que possue prisões secretas ao redor do mundo e detém suspeitos, prendendo-os e mantendo-os em estado de incomunicabilidade, fora dos Estados Unidos.
Ao confirmar o fato, pela primeira vez, o presidente George Bush disse, em discurso na Casa Branca, que o número de prisioneiros é "pequeno" nestas instalações e que inclui suspeitos de terem participado dos atentados de 11 de setembro de 2001 e responsáveis pelos ataques contra alvos americanos no Iêmen, no Quênia e na Tanzânia.
Isso justifica as "pequenas" invasões em paises alheios e a ação de prisão em áreas fora da jurisdição americana? É essa a pergunta, feita não apenas pelo mundo, como pela própria população dos EUA, após denúncia em artigo no "Washington Post".
domingo, setembro 03, 2006
quinta-feira, agosto 31, 2006
Memória Suicida
Resultados de pesquisas de diferentes fontes mostraram que a campanha política e a eleição provocam um fenômeno interessante: crise de memória!
O eleitor não consegue lembrar para quais candidatos deu o seu voto, principalmente no caso de senadores e deputados; mas mantém memória suficiente para perceber que os senadores e deputados "esqueceram" compromissos assumidos durante a campanha eleitoral!
Como esse fenômeno corre o risco de se repetir neste pleito, o recurso do eleitor será criar arquivos das responsabilidades de seus candidatos, assumidas na campanha...e anotar em uma agenda o nome dos candidatos a quem deu seu voto!...
Justiça vagarosa e pena leve
"(...)O advogado afirma que eu tenho de pedir indenização mínima, porque os juizes não permitem indenizações altas que serviriam para enriquecer quem sofreu o dano moral(...)Posso processar o juiz também?(...)Sueli Cravo Brandão
Sueli, essa história de que não se pode exigir valores maiores como indenização por dano moral, sob alegação de que irá "enriquecer" a parte lesada, não procede! Ou envolve um erro de interpretação! Em todo caso, é uma falha da Justiça brasileira!
À justiça cabe punir o infrator ou aquele que lesou. Ora, se uma instituição milionária, digamos um grande banco, como é o caso do seu processo, que lida com um capital de bilhões, for condenada a pagar uma indenização de baixo valor (menor do que 1% de seu capital, por exemplo) ela continuará produzindo danos em seqüência à sociedade, pois os valores que arrecada com sua irregularidade proporcionam maior "lucro" do que a punição legal!
Nesse caso, o magistrado observa os ganhos de quem lesou e não tem a preocupação em reduzir a quantia a ser recebida pelo lesado! O que é coerente. É um absurdo agir de forma contrária, pois assim haveria perpetuação do erro.
Sempre há risco de um mau julgamento e nesse risco de não se obter justiça devemos considerar a precariedade do andamento dos processos, que favorecem os infratores. Por isso quando o consumidor que é lesado ameaça com processo, recebe um sorriso irônico das empresas e instituições que promovem o leso objetivando maiores lucros!
É verdade que empresas com grande capital não temem processos, conforme você diz! Mantém dúzias de advogados para "evitar incômodo". Nessa realidade você pode imaginar o quanto uma grande empresa lucra com seus "pequenos"deslizes ou infrações.
Processar o magistrado não, Sueli. O que você pode fazer é enviar seu caso, com todas as comprovações, como a própria sentença do juiz, à Corregedoria da Justiça e, no caso do advogado, encaminhar denúncia à OAB. Dúvidas quanto a idoneidade precisam ser denunciadas sim.
terça-feira, agosto 29, 2006
segunda-feira, agosto 28, 2006
TRUQUES DA MÍDIA
(..)Achei engraçado porque o jornal, colocou de um lado a foto do Lula jovem e barbudo, nos tempos de metalurgico e de outro a cara do Alckminn com aquele gorrinho de médico(...) isso é ético? E o estímulo para imprensa alternativa? (Luiz Almeida Barros)
Bem, Luiz, não é bem uma questão de falta de ética, mas sim do uso de um recurso que você, como estudante de jornalismo, vai precisar desenvolver no futuro, entre seus cursos, a neurolinguística, que serve para muitas coisas, inclusive para mensagens subliminares ao leitor. É um recurso da mídia.
No caso a intenção dispensa as palavras. Sim claro que você tem razão. Substitui uma pergunta: você vota no metalurgico ou no médico? Sob esse aspecto, há abuso da ética, pois existe uma clara parcialidade. Mas bem frágil e superficial, pois não há comprovação de que uma pessoa que estudou medicina seja melhor na área política e admistrativa do que outra que formou-se nos movimentos políticos. Mas pode influenciar os mais distraídos.
Quanto ao estímulo para a imprensa alternativa, não há o que discutir. Não parece democrático meia dúzia de grandes empresas dominarem a comunicação da massa, principalmente se houver entre seus proprietários políticos na ativa, o que pode trazer o risco de parcialidade nas informações, subtração de informação ou aliciamento dos leitores.
É claro que precisamos de liberdade de informação e da imprensa alternativa, como qualquer país democrático.
O "Pasquim"´foi um dos maiores exemplos de imprensa
alternativa de qualidade. Fez o maior sucesso durante a ditadura.
Mas a tentativa para sua reedição, em 2001, foi frustrada.
Bem, Luiz, não é bem uma questão de falta de ética, mas sim do uso de um recurso que você, como estudante de jornalismo, vai precisar desenvolver no futuro, entre seus cursos, a neurolinguística, que serve para muitas coisas, inclusive para mensagens subliminares ao leitor. É um recurso da mídia.
No caso a intenção dispensa as palavras. Sim claro que você tem razão. Substitui uma pergunta: você vota no metalurgico ou no médico? Sob esse aspecto, há abuso da ética, pois existe uma clara parcialidade. Mas bem frágil e superficial, pois não há comprovação de que uma pessoa que estudou medicina seja melhor na área política e admistrativa do que outra que formou-se nos movimentos políticos. Mas pode influenciar os mais distraídos.
Quanto ao estímulo para a imprensa alternativa, não há o que discutir. Não parece democrático meia dúzia de grandes empresas dominarem a comunicação da massa, principalmente se houver entre seus proprietários políticos na ativa, o que pode trazer o risco de parcialidade nas informações, subtração de informação ou aliciamento dos leitores.
É claro que precisamos de liberdade de informação e da imprensa alternativa, como qualquer país democrático.
O "Pasquim"´foi um dos maiores exemplos de imprensa
alternativa de qualidade. Fez o maior sucesso durante a ditadura.
Mas a tentativa para sua reedição, em 2001, foi frustrada.
quarta-feira, agosto 23, 2006
Violência e Pena de Morte
"(...) esses que agem como animais selvagens-predadores não podem ter os mesmos direitos de um cidadão honesto, trabalhador , que afinal acaba pagando a conta do presidiário(...) Tem que se dar valor à vida . Mas se ele mata, sequestra ou estupra, ele é irrecuperável, ele tem de morrer "(Renato)
"(...) Fazer o que, gente? É olho por olho, dente por dente, feriu, será ferido, matou, será morto"(...)(Arnaldo N)
Essa é uma discussão antiga e sempre frustante. Por que?
A pena de morte serve para muitos propósitos
...menos para controlar a violência!
É possível entender a indignação das pessoas, que ano após ano vêem o crescimento da violência ameaçar sua sobrevivência. Não é agradável morar "atrás das grades" para se proteger da violência e blindar veículos para evitar uma ação criminosa.
O medo de fato se espalha e até mesmo quem trabalha para proteger o cidadão, sabe que o risco de sua própria sobrevivência aumenta. Mas a solução não é tão fácil! A pena de morte não é uma varinha mágica, que vai transformar o crime organizado em um movimento pacifista.
O problema todo nem é de ordem religiosa, cultural ou moral. A morte é muito subjetiva. O ser humano teme pela sobrevivência, mas no íntimo se considera onipotente e têm dificuldades para assimilar a possibilidade de ser punido com a morte . Além disso a ação criminosa é cercada de ameaças. Mesmo com a existência do medo dos efeitos, as ações são desencadeadas pelo conjunto de circunstâncias.
Assim, fica fácil concluir que a pena de morte é um paliativo, que pode ter um certo impacto, mas muito aquém do que a sociedade necessitaria. Além disso para surtir efeito, a "pena de Talião" obrigaria à uma verdadeira carnificina. E cadê Justiça eficiente para evitar isso?
Aí está o cerne da questão: Justiça deve funcionar com eficiência. Isso sim ajudaria a diminuir os índices de criminalidade. E equivale a eficiente punição não apenas daqueles que cometem os crimes, mas também dos que promovem facilidades e colaboram com a corrupção.
Não acredito em outra alternativa que não seja a de reestruturar a sociedade, eliminando paulatinamente os desajustes. Isso não pode ser conseguido de forma isolada e depende de ação coordenada, dos poderes e da sociedade.
Como se consegue isso? Aí, Renato e Arnaldo, exatamente da maneira como vocês estão fazendo: discutindo o problema! O que não se pode é omitir-se e fingir que "não tem jeito". Tem sim e não é com punições drásticas (veja o exemplo da China) que tornam a pena de morte ação rotineira que vamos conseguir isso.
quinta-feira, agosto 17, 2006
quarta-feira, agosto 16, 2006
segunda-feira, agosto 14, 2006
Segurança Pública exige ação!
É bom que a OAB - Ordem dos Advogados do Brasil, mantenha-se firme em seu papel crítico, a exemplo da declaração de seu presidente nacional, Roberto Busato, que criticou as autoridades que tratam da segurança pública no Estado de São Paulo e no Brasil.
De fato, a área de segurança pública nunca foi eficientemente conduzida, em nenhuma época, deixando que a gravidade do crime crescesse de acordo com a demanda dos criminosos.
Mas seria melhor ainda que a entidade participasse, oferecendo soluções para maior eficiência das nossas leis penais - extremamente tolerantes - e alternativas para reduzir o descrédito popular em nosso sistema judiciário e a baixa total do respeito à cidadania. Criticar é preciso, mas para quem tem o potencial da OAB, há muito mais trabalho a ser desenvolvido.
A QUESTÃO É:
Dá para simplificar a problemática da violência e a complexa situação das penitenciárias brasileiras em algumas visões críticas?
Os nossos problemas estão enraizados, não são recentes. Além disso existe uma interelação entre o social, a segurança pública, o sistema penitenciário e a Justiça. Portanto, o trabalho de recuperação vai exigir uma reestruturação do sistema. De resto, o que se fizer não passará de medida paliativa.
Opine sobre o assunto!
De fato, a área de segurança pública nunca foi eficientemente conduzida, em nenhuma época, deixando que a gravidade do crime crescesse de acordo com a demanda dos criminosos.
Mas seria melhor ainda que a entidade participasse, oferecendo soluções para maior eficiência das nossas leis penais - extremamente tolerantes - e alternativas para reduzir o descrédito popular em nosso sistema judiciário e a baixa total do respeito à cidadania. Criticar é preciso, mas para quem tem o potencial da OAB, há muito mais trabalho a ser desenvolvido.
A QUESTÃO É:
Dá para simplificar a problemática da violência e a complexa situação das penitenciárias brasileiras em algumas visões críticas?
Os nossos problemas estão enraizados, não são recentes. Além disso existe uma interelação entre o social, a segurança pública, o sistema penitenciário e a Justiça. Portanto, o trabalho de recuperação vai exigir uma reestruturação do sistema. De resto, o que se fizer não passará de medida paliativa.
Opine sobre o assunto!
quarta-feira, agosto 09, 2006
A confusão da informação
"De que maneira podemos saber se a informação que estamos lendo ou a notícia que estamos ouvindo têm realmente fundamento, são imparciais e dizem a verdade? (...) (Carmem Palmiere)
"Pergunto tudo isso porque li aqui um artigo chamado "liberdade de expressão e política, postado no dia 20/06 (...) Alguém deve ser confiável!" (Gustavo)
Sim, há informações confiáveis, sem dúvida! O problema é distinguí-las daquelas que são manuseadas com objetivo de confundir o leitor.
Lembre-se que a informação parcial pode acontecer em qualquer época e por motivos vários, em orgãos de comunicação respeitados, mas é no momento político que ela acontece com maior ênfase. Como agora!
Como havíamos concluído, é preciso observar a ação de cada um. Analise o conteúdo de maneira crítica. De fato há muita encenação política e, infelizmente, muita afirmação distorcida na imprensa.
"Distorcida" é o termo mais correto, porque em geral existe base confiável na informação. Só que ela é abordada e veiculada como convém à mídia de quem a publica.
Mas já que vocês estão tão interessados em "desvendar" a verdade por trás dos fatos, aqui vai uma orientação que pode ajudar a distinguir segundas intenções (que podem também ocorrer por incompetência, não necessariamente por distorção intencional).
Vamos a um exemplo: Israel ataca o Líbano, concentrando a força de fogo em, digamos, sete áreas diferentes e matando dezenas de pessoas, a maioria civis; o Hezbollah ataca Israel, causando a morte de três soldados israelenses; os EUA e a França chegam a um acordo e apresentam uma proposta de trégua ao Líbano. O Líbano recusa porque a proposta não está clara: pede trégua, mas não ao atacante, que é Israel. Diz que aceita o cessar fogo, se Israel se comprometer a fazer o mesmo.
Muito bem, acima você viu uma descritiva dos fatos, pura e simples. Fica fácil definir quem está fazendo o que.
Agora, e se essa mesma situação for relatada desta forma: "O Líbano rejeita proposta de trégua e mata três soldados israelenses em ataque"? Vê como muda? A manchete não está "mentindo", mas omitindo e destacando apenas parte da verdade!
Trata-se de uma manipulação, não necessariamente dos fatos, mas do leitor.
Por exemplo, todos sabemos que a corrupção é sistêmica, ou seja, vem acontecendo de maneira incontrolada há décadas. Nunca havia sido investigada, sabe Deus porque!
Mas eu posso mudar essa realidade em uma manchete: "Índice de corrupção nunca foi tão alto", fazendo com que as pessoas, sem perceberem, relacionem a corrupção ao momento imediato.
O único jeito de evitar ser tragado por essa mídia, é ler mais de uma fonte de informação e observar detalhes do noticiário. Quem tem preguiça, fica sem conhecer a verdade. Basear-se apenas nas manchetes é mau negócio!
Abra o olho!
segunda-feira, agosto 07, 2006
Ministrar aulas é incompatível com magistratura
O Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu que os juízes do estado não podem dar mais do que 20 horas de aula por semana. A decisão considerou o acúmulo do trabalho jurisdicional e que a função da magistratura deve ser priorizada. A resolução é do dia 20 de junho e deve entrar em vigor em 90 dias. (Consultor Jurídico)
Uma decisão que ajuda, mas não resolve o problema. A atividade de magistrado parece incompatível com a de professor por duas razões principais.
A primeira delas é o acúmulo de processos na Justiça, que exigiria dedicação total de horário e condições de trabalho do magistrado.
A outra é uma questão ética: magistrados podem ser empregados por universidades particulares, sem que isso interfira de forma direta ou indireta em sua imparcialidade?
Ou seja, por mais rígido e competente que seja um juiz, a divisão de funções e o comprometimento trabalhista com qualquer entidade que não seja o próprio Tribunal, não é ético, nem prático. A função do magistrado é de extrema responsabilidade.
Mas, pelo menos por enquanto, os juizes podem ser professores também, desde que prestem informações sobre a atividade ao vice-presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Caio Canguçu e no caso dos desembargadores, ao presidente do TJ-SP, Celso Limongi.
Os juízes devem comunicar no início do ano letivo o nome da entidade de ensino e a localização, a matéria, dias da semana, horário e número das aulas a ministrar, para comprovar que a norma não será descumprida.
O que, convenhamos, não pode ocorrer quando o assunto é Justiça!...
terça-feira, agosto 01, 2006
PERGUNTAS E PERGUNTAS...
"Não entendo essa guerra. Afinal, o que quer Israel?(...) (Silmara/Priscila)
"Por que Israel foi fundada depois da 2ª guerra, alguém pode me responder?" (Paulo.H)
"Eu não entendo como é que um país pode ir invadindo o outro e o resto do mundo não faz nada? Todo mundo devia invadir Israel?"(...) (Flavinha/J.B/Alex)
Vamos começar pela última pergunta, que aliás foi feita por várias pessoas: dizer que o "mundo não faz nada" não é correto. Os países estão se manifestando, individualmente e também através de representações na ONU, posicionando-se contra a destruição do Líbano e ao "estímulo" de mais um confronto violento.
Mas a opinião internacional é de respeito à autonomia dos países. Invadir Israel ou qualquer outro país não seria uma atitude diplomática, pelo contrário, seria uma atitude impositiva e violenta, ainda que fosse em nome da Paz.
As intervenções são delicadas e apenas podem ser feitas quando todos os argumentos forem esgotados. Ou seja, caso Israel seja considerada, pelo mundo, um perigo para a paz mundial. Pode haver, no entanto, forças internacionais de paz no país agredido, o Líbano.
Israel não foi "fundada" depois da guerra. O território palestino já vinha sendo ocupado por imigrantes judeus desde o final do século IXX.
Mas é correto dizer que após a segunda guerra mundial, a criação da ONU- Organização das Nações Unidas, ajudou Israel a legalizar perante o mundo a posse dessa terra, com a ajuda dos EUA, no clima de partilha e reestruturação do pós-guerra. Foi criado o Estado de Israel.
Entender a guerra é mesmo difícil. Ninguém entende, a não ser que a história seja pesquisada e analisada. A causa primária é sempre a mesma: a necessidade de poder, de domínio. A predação sempre aconteceu, da mesma forma que a defesa. O que muda em relação ao passado é o fato de que hoje não há isolamente. Há grande comunicação e o mundo é interdependente economicamente.
Também os estragos da guerra não são isolados, espalham-se perigosamente, comprometendo a todos fora da área dos conflitos.
A pergunta que mais se ouve é a seguinte: até que ponto Israel pode justificar a sua ânsia de predação do espaço e recursos no Oriente Médio? Até que ponto os EUA podem chegar ao apoiar suas ações, sem colocar o mundo em risco?
Há cinco perguntas que ajudam a resumir a história recente dos conflitos no Oriente Médio.
Qual é a origem do conflito?
O Oriente Médio tem cultura antiguíssima e é considerado uma área estratégica do ponto de vista econômico, principalmente por causa do petróleo. Além disso é também um importante cenário geopolítico e militar, porque serve de passagem entre a Europa e a Ásia. Por esses motivos o Oriente Médio é visado e tornou-se um dos centros nevrálgicos da Guerra Fria.
Quando foi criado o Estado de Israel, ocupando parte da Palestina, em decisão unilateral de alguns países após a 2ª Guerra, em 1948, criou-se um impasse e os conflitos se sucederam. No pano de fundo sempre houve o interesse das superpotências. Mas a situação agravou-se em 1979, com a revolução xiita do aiatolá Khomeini. Washington e Moscou sentiram-se desafiados.
Como surgiu o Estado de Israel?
Por causa do chamado movimento Sionista. Os judeus dispersaram-se pela Europa quando foram expulsos da Palestina pelos romanos, por volta do ano 70 dC . Aqueles que adotaram os hábitos e costumes dos novos paises foram bem aceitos. Mas alguns grupos, marcadamente os que se estabeleceram na Rússia, mantiveram seus costumes rigidamente e tiveram dificuldade de adaptação. Criaram um movimento chamado “Os amantes de Sion”.
A maior força desse movimento provinha da linhagem dos Rothschild. O nome, na verdade, era Mayer, que conseguiu uma força financeira incrível, principalmente após ficar com os bens do príncipe Wilhelm de Hanau que teve que se refugiar na Dinamarca, após a batalha de Iena em 1806. Mayer Amschel Bauer já havia mudado seu nome para Rothschild, adicionado ao título de barão.
Essa fortuna espalhou-se e multiplicou-se pela Europa e Estados Unidos, através das gerações, marcadamente na área financeira e comercial. E foi a principal influência política e econômica na tomada de terra da Palestina para a efetivação do Estado de Israel, com a aprovação das Nações Unidas, em meio ao clima do holocausto. Mas também havia muitos interesses geopolíticos em jogo. Tudo muito conveniente.
Os palestinos aceitaram a divisão da terra para o Estado de Israel?
Os palestinos e os Estados árabes não aceitaram a criação do novo país. Foi por esse motivo que eclodiu a primeira guerra árabe-israelense. Israel, com o poder bélico de países como o Estados Unidos, venceu o conflito em 1949. O Estado árabe-palestino desapareceu, dividido entre Israel, Jordânia (que ficou com a Cisjordânia) e o Egito (que ficou com a Faixa de Gaza)
Quais as conseqüências para os palestinos e árabes?
A criação de Israel teve efeitos dramáticos sobre a população palestina. E, pior ainda; serviu de instrumento político para ditaduras militares, na Síria, Líbia e Iraque, e para regimes feudais, como na Arábia Saudita e Kuwait. Além disso aconteceu um fenômeno político e cultural: a diáspora palestina: dezenas de milhares de palestinos dispersaram-se pelo Oriente Médio e pelo mundo, vivendo muitas vezes em condições subumanas em campos de refugiados. Transformaram-se em povo errante, assim como os judeus há mais de dois mil anos.
Foi assim que surgiu a Al-Fatah , que tinha o objetivo de criar um estado palestino soberano e independente. Yasser Arafat, um jovem engenheiro palestino, estava entre os fundadores. Mais tarde surgiu a OLP – Organização para Libertação da Palestina, entre vários outros grupos radicais surgidos na região, além de grupos que utilizam atps extremos, como o terrorismo, como resposta e retaliações.
O que significa Intifada?
Foi um movimento espontâneo de protesto, em dezembro de 1987, nos territórios palestinos de Gaza e Cisjordânia. Depois do atropelamento de quatro civis palestinos por um caminhão do exercito de Israel, um grupo de crianças e jovens armou-se com paus e pedras e atacaram soldados israelenses. Os militares israelenses responderam com extrema brutalidade e durante muitos meses perseguiram as famílias, derrubando suas casas.
O trágico episódio chamou a atenção do mundo, que tomou conhecimento das condições de miséria vividas pelos palestinos. Arafat ganhou força em sua proposta de pacificação da região em troca dos territórios ocupados. Yasser Arafat sofreu mais de 50 atentados, saindo ileso de todos eles, embora tenha acontecido especulações de que teria sido envenenado afinal, ao morrer em novembro de 2004, após passar três anos enclausurado em Mukata, ou sede do governo, em Ramala. Seu “compound”, um prédio semidestruído por mísseis de Sharon, feito de quartel-general, tornou-se sua prisão domiciliar, sem luz nem água, vigiado por militares israelenses.
Israel já havia invadido o Líbano em 1982, sob alegação de destruir as bases da OLP -Organização para Libertação da Palestina. O Líbano conseguiu reerguer-se a duras penas, após conseguir estabilizar-se com a ajuda da Siria, que retirou-se no ano passado. Agora o argumento é destruir o Hezbollah, ou Partido de Deus, criado para defender-se de Israel.
domingo, julho 30, 2006
Crianças na mira do fogo de Israel
Após bombardear área ocupada por observadores da ONU, Israel mirou e acertou um prédio onde só havia civis, principamente crianças...dormindo!
Ainda não se sabe o número exato de vítimas, estimada até o momento em 56 pessoas, entre as quais 37 crianças.
A completa ausência de limites e respeito à vida nos ataques de Israel ao Líbano - sob alegação de dizimar o Hizbollah - impressiona e revolta o mundo. Israel não está em seu território, defendendo-se, mas invadindo um país contra o qual não há guerra declarada e que já foi vítima de destruição feroz por anos a fio, em agressão muito semelhante.
O que o mundo observa, em décadas de conflitos após a tomada de Israel do espaço na Palestina, é a extrema violência que não respeita as condições mínimas existentes nos tratados mundiais da guerra, tratando prisioneiros com crueldade e atos de humilhação suprema e matando de maneira indiscriminada os civis, crianças e adolescentes.
Foi o que ocorreu com a Intifada, quando crianças palestinas e suas famílias foram cruelmente perseguidas pelo exército israelense após atacarem com pedras e paus o caminhão de militares que teriam atropelado deliberadamente quatro pessoas.
Sofrimento e aprendizado do ódio: condição enfrentada pelas crianças do Oriente Médio, sem alternativa diante das constantes invasões e bombardeios.
sábado, julho 29, 2006
Abuso da agência bancária
"(...) A agência do Banco do Brasil em Biritiba Mirim não só não descontou um cheque alegando falta de fundos, como cobrou taxas extras e "de outros meses" no novo depósito(...) Só descobri o que havia acontecido quando recebi aviso de negativação pelo SPC (...) é uma humilhação, o gerente zombou de mim quando eu disse que iria processar o banco". (Francislaine)
É, esta é uma reclamação que costuma ocorrer com freqüência: o cliente reclama e percebe que a instituição financeira é "onipotente". Em geral há uma resposta padrão para os abusos "São normas do Banco Central"... Como se o Banco Central fosse um legislador absoluto e isento de punição por abusos. Não é assim!
Primeiro: se você tem a conta há anos e sempre houve renovação automática de seu cheque especial (ninguém nunca perguntou sua opinião) é óbvio que a agência não pode suspender esse serviço sem cientifica-la do motivo, no momento que bem entender.
Segundo: a cobrança das taxas e serviços que "comeram" o seu depósito, também sem aviso e correspondentes a "cobranças de meses passados", também é irregular. O banco não é dono de seu dinheiro, ele apenas o gerencia e não pode cobrar o que quiser, quando quiser, deixando o cliente inadimplente, para depois cobrar novas taxas e juros.
Terceiro: as normas que regem a relação banco-cliente levam em consideração as leis previstas no Código de Defesa do Consumidor. Portanto, as determinações do Banco Central ou da instituição financeira não podem contrariar esses direitos.
A maneira como você foi tratada ao reclamar seus direitos também se enquadra em constrangimento e portanto em danos morais; quanto à negativação de seu nome, se ela aconteceu, está irregular: o consumidor tem um prazo para solucionar o débito, após ter tido conhecimento dele.
Quanto à financeira da loja que você comprou, ela não pode cobrar "penalização" pela devolução do cheque e você também tem direito ao prazo convencional para quitar o valor, principalmente quando a responsabilidade da devolução do cheque não é sua, mas da agência bancária em questão.
Cientifique tanto a financeira quanto o Banco do Brasil do ocorrido, por escrito e exija a segunda via protocolada para comprovar entrega. Se houver recusa em assinar recebimento, peça a alguém que testemunhe o fato e utilize carta registrada e com AR (aviso de recebimento) via correio.
É, esta é uma reclamação que costuma ocorrer com freqüência: o cliente reclama e percebe que a instituição financeira é "onipotente". Em geral há uma resposta padrão para os abusos "São normas do Banco Central"... Como se o Banco Central fosse um legislador absoluto e isento de punição por abusos. Não é assim!
Primeiro: se você tem a conta há anos e sempre houve renovação automática de seu cheque especial (ninguém nunca perguntou sua opinião) é óbvio que a agência não pode suspender esse serviço sem cientifica-la do motivo, no momento que bem entender.
Segundo: a cobrança das taxas e serviços que "comeram" o seu depósito, também sem aviso e correspondentes a "cobranças de meses passados", também é irregular. O banco não é dono de seu dinheiro, ele apenas o gerencia e não pode cobrar o que quiser, quando quiser, deixando o cliente inadimplente, para depois cobrar novas taxas e juros.
Terceiro: as normas que regem a relação banco-cliente levam em consideração as leis previstas no Código de Defesa do Consumidor. Portanto, as determinações do Banco Central ou da instituição financeira não podem contrariar esses direitos.
A maneira como você foi tratada ao reclamar seus direitos também se enquadra em constrangimento e portanto em danos morais; quanto à negativação de seu nome, se ela aconteceu, está irregular: o consumidor tem um prazo para solucionar o débito, após ter tido conhecimento dele.
Quanto à financeira da loja que você comprou, ela não pode cobrar "penalização" pela devolução do cheque e você também tem direito ao prazo convencional para quitar o valor, principalmente quando a responsabilidade da devolução do cheque não é sua, mas da agência bancária em questão.
Cientifique tanto a financeira quanto o Banco do Brasil do ocorrido, por escrito e exija a segunda via protocolada para comprovar entrega. Se houver recusa em assinar recebimento, peça a alguém que testemunhe o fato e utilize carta registrada e com AR (aviso de recebimento) via correio.
sexta-feira, julho 28, 2006
CPI já está "enrolando"
A CPI dos sanguessugas teria "provas irrefutáveis" para cassar 30 parlamentares. No entanto há informações de que entre "os 30" há congressistas sem provas documentais da corrupção, enquanto dezenas de outros que ficaram fora da lista "irrefutável", teriam provas cabais de participação
O que leva à dedução de que o objetivo principal, de punir todos os corruptos envolvidos, não está sendo alcançado pela CPI.
Trinta parlamentares é muito pouco, considerando que o esquema que fraudava licitações para a compra de ambulâncias - e que perdurou por anos a fio - era monumental. Segundo o empresário Luiz Antonio Vedoin, da Planam, há quase 500 prefeituras envolvidas no esquema e propinas a parlamentares da ordem de R$ 4,3 milhões.
Esquema grande mesmo. Se você fizer um esforço de memória, vai lembrar das "festas das ambulâncias" que as prefeituras comemoravam como uma grande contribuição à saúde do município!
Por fim, tão grande que se a punição se efetivasse rigidamente neste momento, os partidos envolvidos, como o PSDB, PFL , PDT e PTB, se esvaziariam de candidatos para as eleições.
Erros perigosos
Foi um erro!" , declarou o premiê de Israel, Ehud Olmert, a respeito da insistência no bombardeio nas proximidades do posto onde se encontravam quatro observadores da ONU, que morreram nos ataques ao Líbano na última terça-feira.
A ONU manteve comunicação prévia e intensa com Israel e fez pelo menos dez contatos avisando sobre a presença dos observadores na área dos ataques, recebendo confirmação de que seriam tomadas providências. O que leva à conclusão de que não foi um erro só, mas uma sucessão deles.
Os Estados Unidos, juntamente com a União Européia, se opuseram ao cessar-fogo imediato no Líbano. A proposta de cessar-fogo foi vetada pela secretária de Estado Americana, Condoleezza Rice.
Uma absurda moção foi apresentada - e aprovada - na Câmara dos Representantes dos EUA, tendo como alvo supostas atividades terroristas na Tríplice Fronteira (Brasil-Argentina-Paraguai). A autora foi a representante norte-americana Ileana Ros-Lehtinen, da Flórida. Ela é republicana e ultra-conservadora. Representante, no caso, é equivalente no Brasil ao cargo de deputado federal. Não há qualquer prova disso.
Oficiais americanos estão autorizados a "fazer exercícios militares" em território paraguaio até dezembro deste ano...
A ONU manteve comunicação prévia e intensa com Israel e fez pelo menos dez contatos avisando sobre a presença dos observadores na área dos ataques, recebendo confirmação de que seriam tomadas providências. O que leva à conclusão de que não foi um erro só, mas uma sucessão deles.
Os Estados Unidos, juntamente com a União Européia, se opuseram ao cessar-fogo imediato no Líbano. A proposta de cessar-fogo foi vetada pela secretária de Estado Americana, Condoleezza Rice.
Uma absurda moção foi apresentada - e aprovada - na Câmara dos Representantes dos EUA, tendo como alvo supostas atividades terroristas na Tríplice Fronteira (Brasil-Argentina-Paraguai). A autora foi a representante norte-americana Ileana Ros-Lehtinen, da Flórida. Ela é republicana e ultra-conservadora. Representante, no caso, é equivalente no Brasil ao cargo de deputado federal. Não há qualquer prova disso.
Oficiais americanos estão autorizados a "fazer exercícios militares" em território paraguaio até dezembro deste ano...
quarta-feira, julho 26, 2006
60 anos depois
Um arquivo alemão com milhões de documentos detalhando os crimes nazistas durante a 2ª Guerra Mundial será aberto à historiadores e estudiosos pela primeira vez. O que ninguém explica é o motivo que levou a uma demora tão grande – de 60 anos, anos – na liberação desses documentos.
O arquivo, guardado na cidade de Bad Arolsen, é a maior coleção de documentos relacionados à 2ª Guerra e ao partido Nazista de Hitler do mundo. Ele contém cerca de 50 milhões de documentos abrangendo cerca de 17 milhões de pessoas , incluindo as 6 milhões que teriam sido assassinadas nos campos de concentração.
Israel defendeu essa mudança no protocolo para liberação dos documentos do arquivo e segundo o embaixador de Israel na Alemanha, Shimon Stein, “é uma conseqüência de um longo processo que vai dar aos pesquisadores e estudiosos materiais adicionais que podem ajudar a explicar o Nacional Socialismo”...
Bem, antes tarde do que nunca...apesar de soar estranha tal liberação e preocupação de Israel quando o país bombardeia impiedosamente o Líbano, matando civis e até mesmo representantes da ONU que haviam informado sua localização. Um momento em que Israel está sob o olhar crítico do mundo, diante da opinião internacional de imediato cessar-fogo!
O arquivo, guardado na cidade de Bad Arolsen, é a maior coleção de documentos relacionados à 2ª Guerra e ao partido Nazista de Hitler do mundo. Ele contém cerca de 50 milhões de documentos abrangendo cerca de 17 milhões de pessoas , incluindo as 6 milhões que teriam sido assassinadas nos campos de concentração.
Israel defendeu essa mudança no protocolo para liberação dos documentos do arquivo e segundo o embaixador de Israel na Alemanha, Shimon Stein, “é uma conseqüência de um longo processo que vai dar aos pesquisadores e estudiosos materiais adicionais que podem ajudar a explicar o Nacional Socialismo”...
Bem, antes tarde do que nunca...apesar de soar estranha tal liberação e preocupação de Israel quando o país bombardeia impiedosamente o Líbano, matando civis e até mesmo representantes da ONU que haviam informado sua localização. Um momento em que Israel está sob o olhar crítico do mundo, diante da opinião internacional de imediato cessar-fogo!
segunda-feira, julho 24, 2006
Pedras no sapato
febre da corrupção
Espere, estamos sendo modestos: o problema da corrupção que envolve todos os setores da sociedade – com denúncias de que diretores de penitenciárias facilitariam a ação do PCC – é uma pedreira inteira, que neutraliza as ações isoladas que tentam corrigir a distorção.
Ou seja: é o momento de reunir esforços de todos os setores, para obter uma ação conjunta, devidamente preparada para a caminhada a longo prazo que a situação requer, no combate à corrupção em setores chaves da sociedade, como a Justiça, o sistema penal, a polícia, a política e setores administrativos.
De certa forma, esse trabalho já começou há alguns anos, com a prisão de magistrados envolvidos em corrupção, de funcionários com altos esquemas de desvio de dinheiro público e de políticos envolvidos em fraudes – como o superfaturamento em obras públicas - e roubo.
Veja o que está sendo denunciado: "Agentes penitenciários acusaram diretores de presídios controlados pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) de corrupção e de cometer irregularidades para favorecer os líderes da facção (...) afirmam que diretores de unidades prisionais da Grande São Paulo e do Vale do Paraíba facilitaram para o PCC a escolha dos presídios para quais seus integrantes foram enviados, além de reduzir o tempo de castigo de alguns detentos sem avisar os agentes penitenciários.
Outra denúncia diz que os diretores superfaturam preços e se apropriam de recursos destinados à compra de materiais de limpeza e venda de materiais reciclados pelos detentos".
Espere, estamos sendo modestos: o problema da corrupção que envolve todos os setores da sociedade – com denúncias de que diretores de penitenciárias facilitariam a ação do PCC – é uma pedreira inteira, que neutraliza as ações isoladas que tentam corrigir a distorção.
Ou seja: é o momento de reunir esforços de todos os setores, para obter uma ação conjunta, devidamente preparada para a caminhada a longo prazo que a situação requer, no combate à corrupção em setores chaves da sociedade, como a Justiça, o sistema penal, a polícia, a política e setores administrativos.
De certa forma, esse trabalho já começou há alguns anos, com a prisão de magistrados envolvidos em corrupção, de funcionários com altos esquemas de desvio de dinheiro público e de políticos envolvidos em fraudes – como o superfaturamento em obras públicas - e roubo.
Veja o que está sendo denunciado: "Agentes penitenciários acusaram diretores de presídios controlados pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) de corrupção e de cometer irregularidades para favorecer os líderes da facção (...) afirmam que diretores de unidades prisionais da Grande São Paulo e do Vale do Paraíba facilitaram para o PCC a escolha dos presídios para quais seus integrantes foram enviados, além de reduzir o tempo de castigo de alguns detentos sem avisar os agentes penitenciários.
Outra denúncia diz que os diretores superfaturam preços e se apropriam de recursos destinados à compra de materiais de limpeza e venda de materiais reciclados pelos detentos".
domingo, julho 23, 2006
MOMENTO QUIZ !
sexta-feira, julho 21, 2006
Todo mundo nu!
A nudez é o artifício para reerguer a audiência nas novelas de televisão. Já foi o tempo em que uma boa história, as tramas, o charme dos galãs e das heroínas da ficção, conseguiam atrair o público.
Se é ou não realmente indispensável, não é possível saber. Já faz algum tempo que as novelas foram se transformando em arenas sangrentas e tórridas cenas de nudez e sexo. Tanto que há alguns anos atrás uma das tímidas tentativas de emissoras que tentavam avançar para a área de telenovelas ficou surpresa com o sucesso de uma novela de baixíssimo custo, atores pouco conhecidos e uma história absolutamente açucarada.
Durante um tempo a violência e a sofisticação excessiva foram esquecidas e houve um retorno às origens: novelas onde a preocupação era a qualidade do texto, com personagens interessantes e histórias criativas. E os atores não tinham de enfrentar a rotina de despir-se toda hora.
Ninguém é contra a nudez! Há momentos na arte e na vida em que ela é absolutamente bela e natural. O erotismo na medida certa também integra a arte e não agride ninguém!
O que se deduz, ouvindo as críticas, não é o fato da nudez integrar uma novela o motivo da celeuma. Mas o abuso dela, em geral calcada em erotismo e sexo, que incomoda. Abuso que já criou problemas, como a inclusão de depoimentos de pessoas comuns “fechando” cada capítulo, sem travas na língua.
Do jeito que está, quem conseguir corpos mais interessantes e cenas mais tórridas, fica com a audiência. O que é uma pena, já que os escritores vão se tornando menos importantes a medida em que o apelo sexual e visual aumenta, extrapolado na trama. E tudo que é exagerado, desequilibra!
Nu nos filmes, nas novelas, nos programas humorísticos!..Só falta os âncoras de programas e telejornais tirarem a roupa...Não vale tudo pela audiência?
Se é ou não realmente indispensável, não é possível saber. Já faz algum tempo que as novelas foram se transformando em arenas sangrentas e tórridas cenas de nudez e sexo. Tanto que há alguns anos atrás uma das tímidas tentativas de emissoras que tentavam avançar para a área de telenovelas ficou surpresa com o sucesso de uma novela de baixíssimo custo, atores pouco conhecidos e uma história absolutamente açucarada.
Durante um tempo a violência e a sofisticação excessiva foram esquecidas e houve um retorno às origens: novelas onde a preocupação era a qualidade do texto, com personagens interessantes e histórias criativas. E os atores não tinham de enfrentar a rotina de despir-se toda hora.
Ninguém é contra a nudez! Há momentos na arte e na vida em que ela é absolutamente bela e natural. O erotismo na medida certa também integra a arte e não agride ninguém!
O que se deduz, ouvindo as críticas, não é o fato da nudez integrar uma novela o motivo da celeuma. Mas o abuso dela, em geral calcada em erotismo e sexo, que incomoda. Abuso que já criou problemas, como a inclusão de depoimentos de pessoas comuns “fechando” cada capítulo, sem travas na língua.
Do jeito que está, quem conseguir corpos mais interessantes e cenas mais tórridas, fica com a audiência. O que é uma pena, já que os escritores vão se tornando menos importantes a medida em que o apelo sexual e visual aumenta, extrapolado na trama. E tudo que é exagerado, desequilibra!
Nu nos filmes, nas novelas, nos programas humorísticos!..Só falta os âncoras de programas e telejornais tirarem a roupa...Não vale tudo pela audiência?
quarta-feira, julho 19, 2006
Aumentam riscos da guerra
“(...) porque os países do primeiro mundo não interferem para evitar a guerra? (...)
“Pelo que pude deduzir nos noticiários Israel quer conquistar toda a Palestina (...) não dá para entender o papel dos Estados Unidos, é vilão ou herói?(...)”
“(...) não entendo porque a ONU anda omissa na briga feia no Oriente Médio (...) não é papel dela evitar tudo isso? Li que o Líbano tentou entrar em acordo para evitar mais uma guerra, mas Israel recusou”
Para entender o que está acontecendo com a disposição de Israel em manter o confronto, é preciso entender os motivos que levaram Israel a ocupar parte do território palestino. Ou seja, o erro vem de longe e certamente foi falha dos países envolvidos nesse processo, principalmente após a segunda guerra, quando efetivou-se a posse da terra por Israel.
Outra coisa que precisa ser entendida, segundo estudiosos, é a diferença entre o judaísmo, que é uma religião, e o sionismo, que é um movimento político. O problema é político! Do ponto de vista religioso, palestinos e judeus são povos irmãos.
Quanto à omissão dos países, o que parece estar acontecendo é prudência para evitar piora da situação.
Por exemplo, no encontro que manteve com o presidente Putin, da Rússia, o presidente Bush insistiu em abordar a necessidade de pressão para conseguir sanções contra o Irã e a Coréia do Norte. A resposta de Putin foi a seguinte: “Não participaremos de uma cruzada nem criaremos nenhuma Santa Aliança, mas colaboraremos com nossos membros para que o mundo seja um lugar mais seguro".
Ou seja, o mundo está percebendo que atravessa um momento extremamente delicado, que exige o máximo de diplomacia. De outro lado, os líderes do Oriente Médio reclamam da “solidão” no embate, ou seja, da omissão política dos países ocidentais nos conflitos. Essa “ausência” é antiga e é uma das causas do surgimento de forças militares e políticas como o Hezbollah, formado por mulçumanos xiitas.
A existência dos grupos terroristas também partiu da sensação de impotência diante da imposição política externa nos países do Oriente Médio. Ainda que seja uma prática inadmissível e condenável, o terrorismo é um produto de uma série de erros e de injustiças sofridas, que levam a práticas extremas, em uma cultura habituada a lidar com fatores adversos à sobrevivência.
Quanto à Organização das Nações Unidas, a ONU, e sua ausência na mediação dos conflitos, melhor encaminhar a pergunta aos países que estão representados nela!
“Pelo que pude deduzir nos noticiários Israel quer conquistar toda a Palestina (...) não dá para entender o papel dos Estados Unidos, é vilão ou herói?(...)”
“(...) não entendo porque a ONU anda omissa na briga feia no Oriente Médio (...) não é papel dela evitar tudo isso? Li que o Líbano tentou entrar em acordo para evitar mais uma guerra, mas Israel recusou”
Para entender o que está acontecendo com a disposição de Israel em manter o confronto, é preciso entender os motivos que levaram Israel a ocupar parte do território palestino. Ou seja, o erro vem de longe e certamente foi falha dos países envolvidos nesse processo, principalmente após a segunda guerra, quando efetivou-se a posse da terra por Israel.
Outra coisa que precisa ser entendida, segundo estudiosos, é a diferença entre o judaísmo, que é uma religião, e o sionismo, que é um movimento político. O problema é político! Do ponto de vista religioso, palestinos e judeus são povos irmãos.
Quanto à omissão dos países, o que parece estar acontecendo é prudência para evitar piora da situação.
Por exemplo, no encontro que manteve com o presidente Putin, da Rússia, o presidente Bush insistiu em abordar a necessidade de pressão para conseguir sanções contra o Irã e a Coréia do Norte. A resposta de Putin foi a seguinte: “Não participaremos de uma cruzada nem criaremos nenhuma Santa Aliança, mas colaboraremos com nossos membros para que o mundo seja um lugar mais seguro".
Ou seja, o mundo está percebendo que atravessa um momento extremamente delicado, que exige o máximo de diplomacia. De outro lado, os líderes do Oriente Médio reclamam da “solidão” no embate, ou seja, da omissão política dos países ocidentais nos conflitos. Essa “ausência” é antiga e é uma das causas do surgimento de forças militares e políticas como o Hezbollah, formado por mulçumanos xiitas.
A existência dos grupos terroristas também partiu da sensação de impotência diante da imposição política externa nos países do Oriente Médio. Ainda que seja uma prática inadmissível e condenável, o terrorismo é um produto de uma série de erros e de injustiças sofridas, que levam a práticas extremas, em uma cultura habituada a lidar com fatores adversos à sobrevivência.
Quanto à Organização das Nações Unidas, a ONU, e sua ausência na mediação dos conflitos, melhor encaminhar a pergunta aos países que estão representados nela!
segunda-feira, julho 17, 2006
Por que é difícil entender?...
A necessidade de conviver em grupo para sobreviver, levou o homem primitivo a criar regras de comportamento, que foram sendo sofisticadas e adaptadas ao longo da história humana, com o objetivo de torná-las mais funcionais. O problema é que as adaptações culminaram com um sistema judiciário complexo e cada vez menos eficiente. Dá para explicar?
http://artemirna.blogspot.com
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Desrespeito ao Judiciário!
"Não é possível que elas desrespeitem o Judiciário"!
Esta foi a surpresa da promotora de Justiça Deborah Pierre, do Ministério Público Estadual, diante da insistência de cobrança ilegal de aumentos nos planos de saúde pelas empresas.
O aumento que está sendo imposto é de 11,57% aos planos anteriores à janeiro de 99, quando o correto seria de 8,89%. Empresas como a Sul América, Bradesco Saúde e Itaúseg dizem que seguem "determinação" da ANS.Em tempo: neste caso o segurando deve depositar a mensalidade em um banco oficial ou enviar uma carta registrada à operadora. O importante é que fique documentado que ele não concorda com os percentuais de aumento.
Ainda que o valor seja ilegal nos boletos, não pagar nada complica a vida do segurado. É injusto, mas assim é!
Por que?
Por responsabilidade de nossos legisladores!
Por esse motivo temos muitas falhas em nossas leis, que precisam ser revistas de maneira séria, com acompanhamento de toda a sociedade.
O desrespeito das seguradoras de saúde às determinações judiciais é comum e aconteceu no ano passado também.
É vantagem para as grandes empresas “enrolarem” a lei, pois ainda que tenham de aceitar pagamentos corretos de pessoas que depositam o valor em juízo ou devolver valores em ações judiciais dos segurados, elas têm uma vantagem enorme no número de segurados que pagam o valor excedente e não reclamam.
A Agência Nacional da Saúde, ANS, existe em função das próprias operadoras e não defende os princípios do consumidor dos planos de saúde. É a mesma situação dos lobbies no nosso Congresso, que levam nossos deputados e senadores e aprovar leis que favorecem apenas as empresas.
Existe algum argumento que justifique a passividade e demora de nossos tribunais quando o assunto envolve grandes coorporações?
Naturalmente, o desrespeito à uma determinação de nossos tribunais, principalmente quando a ilegalidade e o abuso são evidentes, é uma ação inadmissível e deve ser acompanhada de ações rigorosas.
Abra esse olho!
Esta foi a surpresa da promotora de Justiça Deborah Pierre, do Ministério Público Estadual, diante da insistência de cobrança ilegal de aumentos nos planos de saúde pelas empresas.
O aumento que está sendo imposto é de 11,57% aos planos anteriores à janeiro de 99, quando o correto seria de 8,89%. Empresas como a Sul América, Bradesco Saúde e Itaúseg dizem que seguem "determinação" da ANS.Em tempo: neste caso o segurando deve depositar a mensalidade em um banco oficial ou enviar uma carta registrada à operadora. O importante é que fique documentado que ele não concorda com os percentuais de aumento.
Ainda que o valor seja ilegal nos boletos, não pagar nada complica a vida do segurado. É injusto, mas assim é!
Por que?
Por responsabilidade de nossos legisladores!
Por esse motivo temos muitas falhas em nossas leis, que precisam ser revistas de maneira séria, com acompanhamento de toda a sociedade.
O desrespeito das seguradoras de saúde às determinações judiciais é comum e aconteceu no ano passado também.
É vantagem para as grandes empresas “enrolarem” a lei, pois ainda que tenham de aceitar pagamentos corretos de pessoas que depositam o valor em juízo ou devolver valores em ações judiciais dos segurados, elas têm uma vantagem enorme no número de segurados que pagam o valor excedente e não reclamam.
A Agência Nacional da Saúde, ANS, existe em função das próprias operadoras e não defende os princípios do consumidor dos planos de saúde. É a mesma situação dos lobbies no nosso Congresso, que levam nossos deputados e senadores e aprovar leis que favorecem apenas as empresas.
Existe algum argumento que justifique a passividade e demora de nossos tribunais quando o assunto envolve grandes coorporações?
Naturalmente, o desrespeito à uma determinação de nossos tribunais, principalmente quando a ilegalidade e o abuso são evidentes, é uma ação inadmissível e deve ser acompanhada de ações rigorosas.
Abra esse olho!
sexta-feira, julho 14, 2006
V E R G O N H A !
Sob muitos aspectos, é um orgulho ser brasileiro! Mas quando se fala em política e estratégia eleitoral, é extremamente embaraçoso e vergonhoso.
Olha a última do PFL e do PSDB: ver "indícios de elo" entre o PT e a tragédia que se tornou a facção criminosa PCC.
Meu Deus, que vergonha! Será que o PSDB, que governou São Paulo na pessoa do agora candidato à presidência da República Geraldo Alckmin, assim como a prefeitura, na pessoa de José Serra, que largou a responsabilidade desse mandato para candidatar-se agora ao Governo do Estado, não tem um mínimo de respeito ao brasileiro?
Francamente, com essas declarações desastrosas (e, obviamente, sem provas, vindas de um partido que "alimentou" a desgraça nas nossas penintenciárias e permitiu maior poder ao PCC, em suas gestões junto ao Governo do Estado de São Paulo) colocam o Brasil em situação constrangedora diante do resto do mundo.
São ações como essa que nos fazem avermelhar de vergonha, ao ouvir oportunistas no exterior criticarem o Brasil e chegar a afirmar, como foi publicado no New York Times, que "a população dos paises sul-americanos prefere a volta da ditadura"!
Que vergonha!
Enquanto essas abobrinhas ocupam as páginas da nossa imprensa, o governo do Estado de São Paulo não faz nada para controlar a onda de violência, recusando a ajuda do governo federal por mera picuinha política, como se fosse "dono" do governo e não um simples empregado do povo.
Olha aqui, senhores políticos: a mentalidade de que a política existe para enriquecer através do poder executivo e legislativo, vai ter que mudar! Político é um representante do povo e não pode ficar agindo como se fosse uma criança disputando pirulito!
Ser bem-humorado é uma coisa! Ser ridículo e lesivo ao país é outra!
Vamos preservar a dignidade do nosso país! Se realmente há comprovação de um fato, que primeiro haja comprovação e reconhecimento legal dessa realidade, quando então deveremos agir com rigor absoluto!
Agora, vamos parar com achaques e acusações de comadres? Nossos políticos estão parecendo os vilões de intriga da ficção.
Aliás, quer ler um artigo interessante sobre fofocas e intrigas? Acesse
http://artemirna.blogspot.com
Lembre-se, através da arte, da literatura e da filosofia conseguimos maior equilíbrio (e conhecimento) para lidar com os absurdos da nossa política!
Olha a última do PFL e do PSDB: ver "indícios de elo" entre o PT e a tragédia que se tornou a facção criminosa PCC.
Meu Deus, que vergonha! Será que o PSDB, que governou São Paulo na pessoa do agora candidato à presidência da República Geraldo Alckmin, assim como a prefeitura, na pessoa de José Serra, que largou a responsabilidade desse mandato para candidatar-se agora ao Governo do Estado, não tem um mínimo de respeito ao brasileiro?
Francamente, com essas declarações desastrosas (e, obviamente, sem provas, vindas de um partido que "alimentou" a desgraça nas nossas penintenciárias e permitiu maior poder ao PCC, em suas gestões junto ao Governo do Estado de São Paulo) colocam o Brasil em situação constrangedora diante do resto do mundo.
São ações como essa que nos fazem avermelhar de vergonha, ao ouvir oportunistas no exterior criticarem o Brasil e chegar a afirmar, como foi publicado no New York Times, que "a população dos paises sul-americanos prefere a volta da ditadura"!
Que vergonha!
Enquanto essas abobrinhas ocupam as páginas da nossa imprensa, o governo do Estado de São Paulo não faz nada para controlar a onda de violência, recusando a ajuda do governo federal por mera picuinha política, como se fosse "dono" do governo e não um simples empregado do povo.
Olha aqui, senhores políticos: a mentalidade de que a política existe para enriquecer através do poder executivo e legislativo, vai ter que mudar! Político é um representante do povo e não pode ficar agindo como se fosse uma criança disputando pirulito!
Ser bem-humorado é uma coisa! Ser ridículo e lesivo ao país é outra!
Vamos preservar a dignidade do nosso país! Se realmente há comprovação de um fato, que primeiro haja comprovação e reconhecimento legal dessa realidade, quando então deveremos agir com rigor absoluto!
Agora, vamos parar com achaques e acusações de comadres? Nossos políticos estão parecendo os vilões de intriga da ficção.
Aliás, quer ler um artigo interessante sobre fofocas e intrigas? Acesse
http://artemirna.blogspot.com
Lembre-se, através da arte, da literatura e da filosofia conseguimos maior equilíbrio (e conhecimento) para lidar com os absurdos da nossa política!
quarta-feira, julho 12, 2006
Cotas para negros discrimina
No Brasil a miscigenação das raças é grande. Em algumas regiões brasileiras, os negros e brancos descendentes de negros são maioria. Em contrapartida há um número crescente de negros e pardos em todos os setores produtivos e em todas as categorias sociais.
De um lado a lei é bastante clara: todos os cidadãos têm direitos iguais perante a lei e qualquer tipo de discriminação, seja racial, seja social, é crime!
O problema é que apesar da lei, vivemos em uma sociedade mundial bastante hipócrita, que discrimina tudo, negro, amarelo, índio, portadores de deficiências, mulher, o pobre e o rico que ameaça o poder individual de cada grupo ou do sujeito, no trabalho, na política, na vaidade do dia a dia.
O negro é discriminado, com a mesma carga de hipocrisia com que se discrimina a mulher, o pobre, o índio, o deficiente físico, a pessoa feia, o individuo idoso. A lista é muito longa!
A cota para negros na universidade abre a discussão para a miscigenação ou a ausência de uma "raça pura" de descendentes de africanos. Quem é pardo, moreninho, branco filho de negro, começa a reagir contra o próprio preconceito e definir-se como "negro", para usufruir da cota.
Sob esse e vários outros aspectos, determinar uma quota para negros parece discriminar o que não pode ser discriminado. O que não aconteceria com quotas para quem é pobre, ainda que a definição dessa pobreza fosse também problemática por ser relativa. A dificuldade de se conseguir cursar uma universidade é de uma maioria de brasileiros que compõe a classe pobre, mas também da confusa sequência de famílias de baixa renda que segue em progressão até a classe média, que por sua vez também se subdivide em categorias e rendas que nem sempre comportam o alto custo do ensino superior. Ainda assim adequar a quota seria interessante, permitindo que jovens com menor poder aquisitivo consigam cursar universidades, independente da herança genética.
Seria importante criar cursos pré-vestibulares gratuitos adequados ao esquema do vestibular e por fim reestruturar o ensino superior, que além de caro e inacessível financeiramente à grande maioria da população, apresenta deficiência na qualidade de ensino.
De um lado a lei é bastante clara: todos os cidadãos têm direitos iguais perante a lei e qualquer tipo de discriminação, seja racial, seja social, é crime!
O problema é que apesar da lei, vivemos em uma sociedade mundial bastante hipócrita, que discrimina tudo, negro, amarelo, índio, portadores de deficiências, mulher, o pobre e o rico que ameaça o poder individual de cada grupo ou do sujeito, no trabalho, na política, na vaidade do dia a dia.
O negro é discriminado, com a mesma carga de hipocrisia com que se discrimina a mulher, o pobre, o índio, o deficiente físico, a pessoa feia, o individuo idoso. A lista é muito longa!
A cota para negros na universidade abre a discussão para a miscigenação ou a ausência de uma "raça pura" de descendentes de africanos. Quem é pardo, moreninho, branco filho de negro, começa a reagir contra o próprio preconceito e definir-se como "negro", para usufruir da cota.
Sob esse e vários outros aspectos, determinar uma quota para negros parece discriminar o que não pode ser discriminado. O que não aconteceria com quotas para quem é pobre, ainda que a definição dessa pobreza fosse também problemática por ser relativa. A dificuldade de se conseguir cursar uma universidade é de uma maioria de brasileiros que compõe a classe pobre, mas também da confusa sequência de famílias de baixa renda que segue em progressão até a classe média, que por sua vez também se subdivide em categorias e rendas que nem sempre comportam o alto custo do ensino superior. Ainda assim adequar a quota seria interessante, permitindo que jovens com menor poder aquisitivo consigam cursar universidades, independente da herança genética.
Seria importante criar cursos pré-vestibulares gratuitos adequados ao esquema do vestibular e por fim reestruturar o ensino superior, que além de caro e inacessível financeiramente à grande maioria da população, apresenta deficiência na qualidade de ensino.
segunda-feira, julho 10, 2006
Está todo mundo louco?
...) reclamei da data do galão da água, que era de 2002 e o entregador voltou com outro dizendo que era de 2006, mais tarde fui ver e era de 2000(...) No mesmo dia fui pagar a prestação do carro financiado pelo Banco Real, nenhum caixa eletrônico aceitava a operação e no dia seguinte fui obrigado a pagar com juros, ocasião que eu verifiquei que a universidade havia depositado um cheque pré-datado antes da data (...)Estou ficando louco!
Que situação, hem? E olha, vou lhe dizer uma coisa que não vai servir em absoluto de consolo, muito pelo contrario: isso não está acontecendo com você! Está acontecendo com todo mundo!
Quer dizer que você não está ficando louco, nem tampouco atravessa “inferno astral” necessariamente. Não é um problema individual, mas coletivo. É um produto do nosso sistema, que adotou modelos pragmáticos para a nossa economia e isso resultou em um bolor que atingiu nossa cultura. Aliado ao descaso de décadas com as instituições e a indiferença à corrupção crescente, a situação provocou mais problemas do que soluções.
Não adianta culpar a Justiça apenas. Não dá para fazer com que a coisa funcione na base do pontapé!
Provavelmente temos de adotar uma nova mentalidade, que permita a correção de erros crassos a partir do núcleo social. Mas essa é uma discussão extremamente ampla. Se quiser discutir o assunto, acesse http://artemirna.blogspot.com onde a abordagem considera fatores culturais e filosóficos e envolve questões como recuperação de valores e senso de cidadania.
NÃO ABRA MÃO DE SEUS DIREITOS
Agora, vamos lá: a água! Denuncie o ocorrido, de duas formas, no Procon e na Vigilância Sanitária, que têm obrigação de checar a qualidade do produto, que nesse caso parece ser realmente adulterado. Muitas vezes galões são preenchidos com água de poços artesianos, que podem estar contaminadas. Não se iluda pelos rótulos, podem ser falsificados.
O banco é responsável pela qualidade de seu atendimento eletrônico, mas como você está dizendo que pagou imediatamente após o vencimento, no dia seguinte, pode reivindicar também o prazo que a lei determina, sem o pagamento da multa. Tem outra coisa: ainda que você estivesse pagando com atraso real, é preciso verificar se a cobrança é correta. Em geral não é: são cobrados juros mensais integrais sobre atrasos de dias, além de taxas que são contestáveis.
Denuncie ao Procon e outros órgãos.
Quanto ao cheque pré-datado, ainda que seja um “acordo de cavalheiros”, a prática passou de simples gentileza para prática reconhecida como legal. Mesmo porque em geral o cheque pré-datado é oferecido como outro serviço qualquer para estimular pagamentos e consumo e, portanto, deve ser respeitado sob pena de processo judicial, com previsão de ressarcimento ao cliente prejudicado no acordo, ou seja, é passivo de danos morais.
sexta-feira, julho 07, 2006
quinta-feira, julho 06, 2006
Ensino superior é inferior
Traduzindo: o nível do ensino superior no Brasil vai mal. Mas por que será?
Por que? Ora, o problema é político, obviamente!
Como assim?
Resposta muito fácil: a verdadeira "feira" de concessões na área de ensino que acontece há algumas décadas e que demonstra claramente o motivo de existir no Brasil o maior lobby de ensino particular interferindo nas decisões do Congresso.
Foi mesmo uma farra! Escolinha aqui, escola ali, faculdade acolá, até chegar a uma nova universidade cujo intuito único foi (e continua sendo) absolutamente comercial. E comércio, sabe como é, tem regras diferentes de uma instituição de ensino.
O resultado está aí! Anos e anos onde prevalesceu a mentalidade do "crescimento", que terminou com um bolo fôfo e vazio, que afundou ao ser retirado do forno. Não tem consistência!
Por que? Ora, o problema é político, obviamente!
Como assim?
Resposta muito fácil: a verdadeira "feira" de concessões na área de ensino que acontece há algumas décadas e que demonstra claramente o motivo de existir no Brasil o maior lobby de ensino particular interferindo nas decisões do Congresso.
Foi mesmo uma farra! Escolinha aqui, escola ali, faculdade acolá, até chegar a uma nova universidade cujo intuito único foi (e continua sendo) absolutamente comercial. E comércio, sabe como é, tem regras diferentes de uma instituição de ensino.
O resultado está aí! Anos e anos onde prevalesceu a mentalidade do "crescimento", que terminou com um bolo fôfo e vazio, que afundou ao ser retirado do forno. Não tem consistência!
Justiça difícil II
Está aí mais um motivo que justifica o desespero da população diante da limitação de nossa Justiça: a falta de profissionais qualificados para exercer as funções que envolvem o complexo conjunto do nosso Sistema Judiciário!
Dá uma lida aqui:
"Apenas 9,79% dos bacharéis em direito que realizaram 129º Exame de Ordem da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) São Paulo, ocorrido em maio deste ano foram aprovados. Foi o terceiro pior resultado registrado nos 35 anos que a prova é realizada" (...)
O exame é obrigatório para o exercício da profissão, após a conclusão do curso superior de Direito. Mais de 22 mil pessoas se inscreveram, somadas a outras 1.175 que já haviam feito exames anteriores e foram reprovadas, mais 128 candidatos da releitura do exame.
Menos de 10% passou, repetindo um quadro dramático, que tornou-se comum nos últimos tempos.
Para a OAB, a situação apenas reflete a queda na qualidade de ensino das escolas superiores de Direito. Em São Paulo, são 213 cursos. Em todo o Brasil são 959.
Não dá pra continuar de braços cruzados. A OAB precisa dinamizar a exigência da qualidade na formação do profissional, mas isso não basta. É preciso mais do que o projeto anunciado para debater nas faculdades o Exame da Ordem, entre outros conceitos que estão relegados a planos cada vez mais inferiores.
MOMENTO QUIZ!
Responda essa: Até que ponto a má formação dos bacharéis em Direito comprometeu na nossa Justiça após o "boom" da proliferação de faculdades particulares desde os anos 70, aprovada pelo nosso Congresso Nacional?
Dá uma lida aqui:
"Apenas 9,79% dos bacharéis em direito que realizaram 129º Exame de Ordem da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) São Paulo, ocorrido em maio deste ano foram aprovados. Foi o terceiro pior resultado registrado nos 35 anos que a prova é realizada" (...)
O exame é obrigatório para o exercício da profissão, após a conclusão do curso superior de Direito. Mais de 22 mil pessoas se inscreveram, somadas a outras 1.175 que já haviam feito exames anteriores e foram reprovadas, mais 128 candidatos da releitura do exame.
Menos de 10% passou, repetindo um quadro dramático, que tornou-se comum nos últimos tempos.
Para a OAB, a situação apenas reflete a queda na qualidade de ensino das escolas superiores de Direito. Em São Paulo, são 213 cursos. Em todo o Brasil são 959.
Não dá pra continuar de braços cruzados. A OAB precisa dinamizar a exigência da qualidade na formação do profissional, mas isso não basta. É preciso mais do que o projeto anunciado para debater nas faculdades o Exame da Ordem, entre outros conceitos que estão relegados a planos cada vez mais inferiores.
MOMENTO QUIZ!
Responda essa: Até que ponto a má formação dos bacharéis em Direito comprometeu na nossa Justiça após o "boom" da proliferação de faculdades particulares desde os anos 70, aprovada pelo nosso Congresso Nacional?
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