UM OLIMPO PARA BANDIDOS NO CONGRESSO

 Como é que é?

Quer dizer que desejam transformar nosso Congresso Nacional, e em tabela as Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais, em um verdadeiro "Olimpo", uma morada de deuses que podem deter o privilégio de criar leis próprias e punições ao sabor de interesses particulares?

Estamos falando da tal PEC da Blindagem

Esses candidatos a poder divino absoluto são deputados que aprovaram um projeto que pode tornar o Congresso Nacional um escudos protetor de todos os tipos de crimes, inclusive de assassinato ou pedofilia, crimes gravíssimos.

Como? O texto base da proposta de emenda à Constituição quer impedir parlamentares de sofrer processos criminais. Ou seja, é um escudo protetor para qualquer ação nefasta e criminosa, porque impede a Justiça de agir se o sujeito ocupar uma cadeira legislativa...

Parece maluquice? Bizarrice? Ditatorialismo satânico?

Mas é assim que 353 deputados, a maioria do PL ou Partido Liberal, pensam e que querem impor. Por que? Pois é, eis aí uma boa pergunta. Talvez porque tenham medo do resultado de serem responsabilizados por crimes, depois que o Poder Judiciário atuou corretamente e eticamente na condenação de militares e outros pela tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023.

Com esse projeto de blindagem absurdo, nosso Congresso poderá conter, no futuro, apenas bandidos, ligados a mafias, drogas e corruptos que permitam tornar o Brasil presa fácil de interferência de outros países.

Nesse caso, o Brasil não seria dos brasileiros, certo?

EXTREMA DIREITA VERSUS DEMOCRACIAS

 A esta altura dos fatos podemos esperar novas investidas a extrema direita em todo mundo, inclusive no Brasil, onde a Justiça condenou criminosos como Bolsonaro e o presidente Lula reafirmou a democracia e defesa da soberania brasileira.

Por aqui, certamente, a extrema direita vestirá a roupagem de "centro", tentando criar uma polarização "de extremos" e se autointitulando de "equilibrada" ou "defensora de ambos os lados"...

Como se democracia de um lado e extrema direita de outro fosse "polarização ideológica" e não um jogo de poder da direita para enfraquecer os países e colonizar seu potencial.

Logo veremos a "nova imagem" da extrema direita maquiada de "liberdade" na tentativa de reduzir o papel do Estado e tornar as populações reféns da centralização do poder externo.

A intenção portanto será reduzir a importância de um governo forte e defensor da soberania e aumentar o poder um um Congresso composto de atores manipulados.
É certamente este o cenário que virá em 2026...

COMO MASTIGAR A SOBERANIA DE UM PAÍS

 A extrema direita aqui no Brasil, formada por bolsonaristas e boa parte do chamado "centrão", conseguiu convencer parte dos brasileiros graças aos artifícios da política de golpes de Estado sucessivos, o mais recente em 2016, o chamado "golpe branco" do Congresso, que causou o impeachment da presidente Dilma Rousseff logo após a vitória nas urnas em seu segundo mandato. 

Escondidos na penumbra do Congresso Nacional, os golpes que antes miravam a figura presidencial e depois apostaram na dominação do Legislativo,  tiveram nos bastidores comandos externos.

Há décadas no controle da mídia e da Educação, que suprimiu ou deturpou parte da história política do Brasil, essa interferência na política do país tomou posse também da doutrinação religiosa, com a multiplicação de igrejas evangélicas. E isso porque a legislação permite grande facilidade na criação de igrejas. Qualquer um pode ser pastor ou pastora. 

Com o agravamento da condição social do brasileiro nas décadas que se seguiram ao golpe de 1964, pessoas desesperadas pelo ambiente criado pelo próprio sistema foram doutrinadas facilmente na mentalidade de um poder centralizado e na ausência do senso crítico, já que os pastores insistem para que suas ovelhas não pensem e "deixem o julgamento e o destino para Cristo".  

É graças a isso, ausência de capacidade crítica, que a comemoração da Independência do Brasil neste 7 de setembro contou com um cena extremamente bizarra na avenida Paulista, em São Paulo, onde um governador, Tarcísio de Freitas, discursou berrando pela anistia de criminosos, diante de uma multidão que foi muito bem treinada para esticar uma bandeira gigante dos EUA, Estados Unidos da América do Norte.

Foi uma cena absurda, que mostra o desespero da extrema direita diante do fortalecimento da democracia brasileira.

Receita de bolo da extrema direita no mundo é essa mesma: desestabilizar, criar caos e confusão e fragilizar populações. Depois que o bolo crescer, usar a faca e o garfo para mastigar a soberania dos países (Mirna Monteiro)

REFRESCANDO A MEMÓRIA

 O genocídio em Gaza e a destruição da Palestina não aconteceu por causa de alguma ação do Hamas no festival de musica realizado em Israel em 2023. Isso vem sendo previsto desde 1947, quando uma ONU presidida pelos EUA entregou parte da Palestina ao sionismo para a criação de um Estado judeu.

Ao longo de décadas a destruição foi prevista.

" Do ponto de vista dos EUA, as negociações são, com efeito, um caminho para Israel continuar a sua politica de tomar sistematicamente tudo o que quiser na Cisjordânia, mantendo o assédio brutal de Gaza, separando Gaza da Cisjordânia e, claro, ocupando os Montes Golã sírios, tudo com pleno apoio dos EUA. E o marcos das negociações, igualmente aos últimos 20 anos de experiência em Oslo, simplesmente provocou o encobrimento desta situação" ( Noam Chomsky, setembro de 2013)    

Anistia para bandidagem esconde artifícios

 Extrema direita, direita ou centrão falam a mesma linguagem que ameaça instituições e soberania brasileiros. A pergunta não é como o Brasil chegou a esse ponto, mas sim como romper esse poder centralizado que favorece interesses externos e ameaça a democracia na prática.

Tentar emplacar outro ator manipulável, como o Tarcísio de Freitas, é uma possibilidade. Mesmo sendo minoria no Congresso, creio que a esquerda tem que manter-se firme. O "legado bolsonarista" na verdade é feito de fumaça, de muito dinheiro rodando para estimular "patriotas" nas manifestações. A extrema direita venceu ao longo da história política brasileira utilizando principalmente duas estratégias: a desmoralização das instituições democráticas (e da própria democracia) e o blefe! (Mirna Monteiro)