terça-feira, maio 27, 2025

A incapacidade de filtrar fake news

Não é brincadeira! Quem supõe que a enxurrada de mentiras e distorções de fatos não causa estrago político, está boiando fora da realidade!

Fake news nos sites e redes sociais - e infelizmente até nas entrelinhas de alguns jornais respeitados que estão nas mãos de interesses pessoais - causam um estrago enorme na capacidade de interpretação dos fatos. Por que? Porque as pessoas em geral, principalmente as gerações que nasceram e cresceram sob influência da internet perderam a capacidade de pesquisar, ler várias fontes diferentes de informação, de conhecer a história e tudo mais que permitiria separar o joio do trigo e evitar a  manipulação poderosa do mundo virtual.

A situação é tão grave  que fatos reais, acontecimentos reais, são interpretados como ficção mentirosa!

Vamos a um exemplo: o sujeito está habituado a viver dentro de um circulo nas redes sociais, seja qual for, Facebook, Instagram, Telegram, Tiktok e inúmeras outras. Estará em uma bolha, sem dúvida. A má fé de perfis repete nessa bolha um tipo de informação e comportamento que vai moldando o pensamento e criando "realidades paralelas" que são absorvidas até inconscientemente, em um processo que pode ser subliminar ou agressivo. 

Isso não favorece apenas os golpes ou a criação de monstros influentes, mas o domínio político que vai gerar no futuro a inconsistência na qualidade de quem vai decidir o destino do país. 

A esta altura você pode ponderar: ora, a internet tem duas pontas, tem fake news mas também tem a informação correta e ética como contrapartida! Bem, se fosse dois pesos e duas medidas, com a realidade contrapondo a mentira, o mal seria menor. Mas não é bem assim...

O objetivo de dominar as redes sociais e a informação vai direto na ferida: o numero crescente de pessoas que não tem hábito ou tempo suficiente para pesquisar informação ou que sequer sabe o que é isso, sem o estímulo para leitura e debates produtivos na formação escolar. 

Para piorar, aqueles que exploram a fé popular "em nome de Deus" avançam na esfera política de forma indecorosa, criando distorção de fatos e confundindo a capacidade crítica das pessoas de faixas etárias diferentes.




terça-feira, maio 20, 2025

Caim, Abel, diabinhos e o Congresso brasileiro

 Parece surreal, mas existe uma maioria no Congresso Nacional que decidiu acabar com leis constitucionais, essas mesmas leis que tem o objetivo de preservar a Justiça e o bom senso.

Nesse ponto você pergunta: ué, mas quem decide o que em um país? Todo mundo sabe que o Brasil possui três poderes harmônicos, mas independentes. Temos o Poder Executivo, O Legislativo e o Poder Judiciário. Por que evitar um poder centralizado e absoluto? Porque isso seria uma ditadura! 

Elementar? Nem tanto. A maioria dos brasileiros não sabe dizer como isso funciona. Por que? Porque temos receio de discutir a realidade política de maneira clara e despida de complicações. É mesmo uma questão de etimologia ou de malícia política? 

Em uma democracia a intenção é deixar bem clara qualquer ação e os resultados dela para o cidadão. Mas para aqueles que pretendem centralizar o poder no mundo, a ignorância dos fatos é fundamental para permitir o caos social. 

Na nossa Câmara e no Senado Federal temos aqueles que desejam assassinar direitos da população e do país, e aqueles que tentam fazer valer a confiança de seu cargo de representante da população no Poder Legislativo.

Pela legislação brasileira, qualquer cidadão pode candidatar-se a um cargo legislativo. Em uma democracia espera-se que a competência seja verificada ao longo da ação de um vereador, deputado estadual, federal ou senador. 

Mas não há garantia nenhuma dessa competência ou da boa fé desses que se elegem para o Legislativo, mesmo porque existe algo no Brasil chamado voto proporcional. O que quer dizer que votos no partido "puxam" candidatos sem votos suficientes para o cargo. 

Por isso assistimos um festival de absurdos jurídicos e até morais no Congresso. Afinal há casos em que o sujeito consegue uma cadeira na Câmara Federal por exemplo, sem sequer saber o mínimo sobre leis, deveres e direitos. 

Vai legislar as questões do país como?

Um palpite? Fazendo fake news em redes sociais...atrasando projetos importantes na Casa legislativa, conturbando a própria democracia que os elegeu.

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