
Perto das eleições e uma série de contradições surgem sabe-se lá de onde. Agora estão dizendo que a liberdade de imprensa corre risco. Uma grande bobagem, pois nunca a imprensa foi tão livre.
A confusão, certamente, é gerada pela ignorância das próprias leis: todo jornalista ou trabalhador na imprensa sabe que a liberdade de expressão tem apenas um tipo de limitação: a responsabilidade daquilo que se publica.
.................Ora, o respeito a uma informação é o respeito ao leitor.........
O respeito a uma informação é o respeito ao leitor. É uma questão de dignidade do profissional! Liberdade de imprensa não significa bagunça ou tentativa de distorção. Desde o século passado fala-se na "imprensa marrom", aquela que aproveita o espaço na mídia para divulgações que visam o seu interesse ou o de grupos de poder.
Por esse motivo a liberdade de expressão diferencia-se da tentativa de manipular a opinião pública, que é o que tem sido verificado em alguns orgãos de imprensa que possuem, entre seus proprietários, políticos e partidos políticos.
É uma ofensa aos profissionais de imprensa que são imparciais e procuram exercer a sua função com o máximo de profissionalismo, relatando os fatos com isenção.
"A jurisdição está pronta para conhecer, processar e julgar os crimes cometidos pela imprensa. Necessariamente, a grande questão está na forma com que são veiculadas as informações"
É esse tipo de imprensa, a imprensa viva, livre e responsável, que deve ser valorizada e não aquela que usa a fachada de um jornal escrito ou falado ou revista para provocar, realizando divulgações de boatos ou artigos maliciosamente elaborados para confundir a opinião pública.
Ninguém se aproveita melhor do estado de dúvida ou confusão do que aqueles que pretendem manipular o cidadão.
No entanto a nossa lei de imprensa é clara. "Entende-se que da mesma forma que os médicos têm a função de cuidar da saúde da nação, a responsabilidade da imprensa deve ser vigiada e zelada", diz o jornalista e advogado Vinícius Ferreira Laner.
Esta questão, lembra ele, toca no âmago da ética do jornalismo. "A jurisdição está pronta para conhecer, processar e julgar os crimes cometidos pela imprensa. Necessariamente, a grande questão está na forma com que são veiculadas as informações, pois, as denúncias devem ser verdadeiras e que versem sobre fatos relevantes e de interesse público".
A maioria das pessoas desconhece a disciplina jurídica da área. "A imprensa não paga pelos seus erros, com raras exceções. Diariamente são veiculadas denúncias que não são apuradas, além de fatos banais e irrelevantes que não são de interesse público. Dessa forma, empresas inconseqüentes vivem no "mar da impunidade" e acabam difamando toda a classe".

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Voto do relator
ResponderExcluirComo relator do recurso de Joaquim Roriz (PSC), o ministro Carlos Ayres Britto, apresentou voto pela aplicação da Lei da Ficha Limpa a todos os candidatos já nas eleições 2010. Segundo Britto, a norma obedece a Constituição e nasceu legitimada pela vontade popular. “Vida pregressa não é vida futura”, afirmou. “A palavra candidato se auto-explica, vem de cândido, puro, limpo, no sentido ético. Tanto quanto candidatura vem de candura, pureza, limpeza, igualmente ética”, defendeu, ao rebater um a um os argumentos da defesa de Roriz.