Até mesmo areas da Amazônia, objeto de desejo de grupos estrangeiros, podem entrar em risco no futuro. O brasileiro pode tornar-se um estrangeiro em sua própria terra. Exagero? Não. Risco real! |
Você pode perguntar: mas o fato de um estrangeiro ou empresa de outros paises, digamos, dos EUA, vierem a adquirir terras no Brasil, isso não representaria investimento de capital estrangeiro?
Até certo ponto, o investimento de capital estrangeiro é benvindo, desde que não represente o domínio de setores ou áreas essenciais a soberania do país.
O argumento de Temer e de seu ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, é frágil, ainda que o tom dessa medida tenha a intenção de convencer a população de que "compensa pela expectativa de volume em investimentos no país".
Vamos pensar sobre essa questão, a começar por uma realidade insofismável: essa proposta recebe apoio de uma minoria de brasileiros. A contar nos dedos, recebe apoio de parlamentares que são a base politica desse atual e recente governo Temer, os mesmos que se agruparam para o impeachment da presidente Dilma Rousseff (sem argumento constitucional e baseado apenas em votações no Congresso) e que coincidentemente estão envolvidos em denúncias de corrupção, citados em delações da Lava Jato e outras operações da Polícia Federal.
Do lado de fora desse governo, vamos encontrar opiniões técnicas e políticas que demonstram o risco dessa proposta, para o futuro do país.
De qualquer maneira, são áreas imensas
do país nas mãos de interesses externos.
O que significa afinal "vender terras a estrangeiros"?
Significa que grupos estrangeiros poderiam ter controle de propriedades agrícolas extensas, decidindo como explorar essa terra. Mas também determina que um grupo estrangeiro que comprou 100 ou 200 mil hectares de chão brasileiro ( o projeto prevê a venda de até mil km quadrados de área, mais extensa do que muitas cidades brasileiras. Mas o risco de exceções e vendas de áreas ainda maiores é latente), tem a posse desse espaço, que pode ser utilizado como área estratégica que vai além da imaginação agrícola.
De qualquer maneira, são áreas imensas do país nas mãos de interesses externos.
Portanto temos dois grandes riscos, que essa proposta de Temer, apoiada por grupos de parlamentares do PMDB (parcial. Esse partido possui uma minoria de parlamentares independentes), DEM e PSDB,(total) entre outros partidos que dominam o Congresso, tenta colocar em prática: o risco ambientalista e o risco da soberania brasileira, o que está levando à protesto inclusive dos Militares.
A pergunta é: ainda que o Brasil não tivesse enorme potencial para reequilibrar a economia, valeria a pena essa medida?
Não há nada que justifique colocar o país em risco futuro, como pretende essa proposta, que já está nas mãos de relator na Câmara Federal.
O objetivo é votar rapidamente, para que o brasileiro não tenha tempo de raciocinar sobre a questão.
Como declarou Guilherme Delgado, representante da CNBB em discussão sobre a questão, "O projeto vai na contramão dos regimes fundiários instituídos pela Constituição de 1988. Precisamos entender que a terra não é mercadoria, mas um bem intergeracional de uso múltiplo e com função social clara".
De fato, a terra brasileira não é mercadoria, como pretende esse perigoso projeto.
Quer saber mais? Leia sempre várias fontes de informação, antes de definir sua opinião.
Aqui estão algumas publicações imparciais sobre essa grave questão:
http://www.cartacapital.com.br/politica/governo-temer-prepara-mp-para-venda-de-terras-a-estrangeiros
Veja também argumentos em plenário contra essa medida do atual governo:
http://www.brasil247.com/pt/247/parana247/281084/Requi%C3%A3o-Sinto-horror-e-indigna%C3%A7%C3%A3o-diante-da-venda-de-terras-brasileiras.htm
http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/AGROPECUARIA/512537-DEBATEDORES-DIVERGEM-SOBRE-PROJETO-QUE-REGULA-COMPRA-DE-TERRAS-POR-ESTRANGEIROS.html
Terrivel esse congresso que esta agindo contra o proprio povo, que fazer?
ResponderExcluirConcordo com Requião, mesmo tendo criticas a seu respeito em outras questões, quando ele diz que terras para estrangeiros, fim da CLT, saúde e educação privatizadas, entrega do petróleo, etc e tal, estão mostrando que esse governo quer é quebrar o Brasil
ResponderExcluirMirna tenho o mesmo temor que você neste caso, só que me preocupam muito mais os chineses, que tem muito mais dinheiro para aplicar em terras que os EUA e precisam desesperadamente de mais terra.. e que são muito bons em fazer "negócios ocultos" aqueles que ninguém percebe. Não chegam anunciando que vão fazer isso ou aquilo. Eles vem compram de preferência em sociedade com algum brasileiro (para não deixar claro que a propriedade está em mãos chinesas e estão tomando conta.
ResponderExcluirVeja este trecho de materia publicada no site do Senado: "São muitos os exemplos, ao longo das décadas, de movimentos e declarações feitas por alguns dos mais importantes líderes mundiais acerca do “interesse internacional” pela Amazônia. O professor Marcos Coimbra, ex-docente de Economia na Universidade Cândido Mendes e na UERJ e membro da Academia Brasileira de Defesa, pesquisou os antecedentes da cobiça internacional sobre a região e vem, há anos, alertando para a ameaça. “Em 1850, os EUA já pregavam a ocupação internacional da região”, garante. “Em 1992, a chamada Eco-92, realizada no Rio de Janeiro, avançou o processo”, descreveu o professor, em artigo sobre a questão"
ResponderExcluir