quarta-feira, fevereiro 22, 2017

SENADO E CÂMARA DESPREZAM OPINIÃO E PETIÇÕES POPULARES

Quando foi anunciada a "sabatina" no Senado, para aprovação do nome de Alexandre de Moraes para ocupar uma cadeira no Supremo Tribunal Federal,  diferentes setores da sociedade brasileira, principalmente juristas, manifestaram-se contra essa aprovação. Mas entre as muitas críticas e denúncias contra  Moraes, uma das questões mais ouvidas e registradas pela imprensa brasileira, fora e dentro da internet, era a que colocava essa "sabatina"como absolutamente ornamental: o Senado tem uma maioria comprometida com o governo Temer, que por sua vez reune partidos que são amplamente citados nas denúncias de corrupção.
O brasileiro percebeu que a vontade popular
não é preocupação do Congresso neste
atual governo, que não abre mão de imposições
"O que está acontecendo com o Brasil? Vivemos uma ditadura?" Frases como esta fervilham nas redes sociais, que tornou-se um ambiente de discussão e debates sobre as questões mais polêmicas, que antigamente ficavam escondidas sob o manto da grande mídia, que consolidou-se a cobrir com o tapete as verdades inconvenientes para seus patrocinadores.
A fúria popular demonstrada em sites como Facebook, Twitter e outros, fundamenta-se no absoluto alheamento da Câmara  Federal, do Senado e do próprio Governo, em relação às críticas, opinião e às exigências da população, que se manifestam cada vez mais através de petições de Ação Popular, que teoricamente teriam o poder de interferir na postura do Congresso.
Teoricamente. 
Porque na realidade, os "ouvidos moucos" de deputados e senadores, tem sido um bofetão na face do brasileiro.
Não é apenas o desprezo pela opinião de juristas de todo país, como no caso da aprovação do nome de Alexandre de Moraes para ministro do Supremo.
Recentemente, irritado com a Justiça que determinou respeito ao projeto de combate à corrupção, que havia sido totalmente desfigurado pelos parlamentares, o presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia, do DEM, declarou que queria a "checagem dos dois milhões de assinaturas"  populares.
Maia, envolvido ele próprio em denúncias de corrupção, conseguiu com esse tipo de atitude rebaixar qualquer brasileiro à condição de "mero espectador" de qualquer ação que um parlamentar decida, seja contrária ou a favor do país!

 "Governo e Congresso parecem

  reduto de reinos e reis, que não

se submetem à vontade popular"



A pergunta é: para que serve um parlamentar?
Hoje o Brasil parece um reduto de reinos e reis, que não se submetem à seus vassalos.
Poderíamos chamar isso de ditadura?
A partir do momento em que a população não tem qualquer poder de decisão ou seu poder de decisão é manipulado e distorcido, a democracia cedeu lugar para uma ditadura. 
Pequenos ditadores, que agem com absoluta certeza da impunidade, revirando as leis e desrespeitando a Constituição, com aval da grande mídia. É essa a interpretação que se tem nas milhares de discussões que acontecem a todo instante nas redes sociais, onde a crítica ao atual governo é inequívoca e crescente, como nunca antes aconteceu com qualquer governo ou história do Legislativo brasileiro.
Nem mesmo na ditadura militar.
Naturalmente há uma minoria de deputados e senadores que agem de maneira ética e clara, reconhecendo que como representantes da população, o seu papel é defender interesses desta população, e não de grupos isolados.
Por esse motivo é importante acompanhar as votações no Congresso e o posicionamento de cada parlamentar diante de assuntos de grande interesse nacional.


Leia também:
http://www.revistaforum.com.br/2017/02/22/a-alegria-de-senadores-envolvidos-na-lava-jato-ao-aprovarem-alexandre-de-moraes-para-o-stf/


As charges que correm na internet:














2 comentários:

  1. Bittencourt.Eduardo2/24/2017 12:35 PM

    Estou revoltado com a situação no país mas o que mais impressiona é a lerdeza das pessoas,todo mundo chora e reclama mas ninguém vai as ruas.Pode dizer porque?

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  2. Olhem aqui porque o Alexandre Morais foi colocado no Supremo: "Governadores só podem ajuizar ações diretas de inconstitucionalidade se demonstrarem que a matéria em discussão afeta seus estados. Por não verificar interesse do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) em pedir a criação do Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF), o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes extinguiu Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão sem resolução de mérito.
    Mau cheiro

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