quarta-feira, junho 17, 2015

MULHERES NÃO TEM ACESSO A MAIORIA DAS CADEIRAS NO CONGRESSO



Holanda, Suiça, Suécia, Canadá, Dinamarca e Islândia, são alguns
 dos paises onde 
a participação feminina nos destinos do país é natural
 e eficiente. No Brasil. meio político ainda é um "clube do bolinha"..E
os parlamentares nao parecem dispostos a mudar essa situação,
mantendo o Congresso brasileiro sem representação equilibrada da
mulher, que é a maioria entre eleitores e a população.
Quando a Câmara dos Deputados rejeitou a aprovação de uma  emenda formalizando o mínimo de 10% de participação feminina nas vagas para o Senado, Câmara Federal, Assembléias Legislativas e Câmaras Municipais, deixou entrever uma condição que não ajuda a recuperação moral e ética do nosso Congresso.
O que quer dizer tudo isso?
Na prática, não é um acontecimento que vá transformar a condição da mulher  na política brasileira. Mas impedir que essa representatividade feminina seja transformada em lei e esticada a pelo menos mais algumas cadeiras, demonstra que o ditatorialismo e o desrespeito à sociedade, andam prevalecendo na Casa Legislativa, o que coloca em cheque a imparcialidade de seus pares.
Digamos que o Congresso Nacional ainda é permeado de riscos latentes ao equilíbrio social. Assustou-se com esta afirmação?
Vamos explicar: os plenários legislativos, marcadamente a Câmara Federal e o Senado, assumem uma postura petulante e dominadora. Vejam como exemplo as ações da atual presidência, impositiva e abertamente oposta ao governo, mesmo em projetos de extrema importância para o país.
As bancadas fazem frente à propostas lógicas, por meras razões partidárias e políticas. Recusar a participação feminina, ou evitar que essa representação seja mais equilibrada, demonstra bem a mentalidade que ainda persiste na política brasileira.
Essa "bagunça generalizada" em ações do Congresso, atrasa o país. Uma Casa Legislativa deve concentrar representantes de todos os segmentos sociais.
O problema acontece quando a representatividade deixa de ser equilibrada e o parlamentar concentra seu poder de voto e veto em questões que não trazem benefícios à
maioria da população ou aos interesses do país.
É este o motivo das críticas crescentes aos partidos de oposição, a bancadas que defendem exclusivamente os interesses patronais ou empresariais, a representações de igrejas evangélicas que pretendem impor costumes e condenar direitos garantidos pela própria Constituição Brasileira.
É esta também a mentalidade que leva ao abuso da discriminação à mulher em plenário. Tivemos exemplos bastante claros de desrespeito à mulheres nas discussões acaloradas em plenário. Uma situação exemplar partiu de um deputado chamado Jair Bolsonaro, do PP, que insultou a deputada Maria do Rosário, do PT, declarando que "não a estupraria porque ela não merece".
Podemos ficar boquiabertos com ações como esta, de evidente falta de decôro em plenário, mas isso não impressiona os nossos parlamentares.  Não houve punição a esta ação. Por que?
Isso demonstra apenas a necessidade de um equilíbrio de representatividade no Congresso, com maior numero de mulheres nos plenários da Câmara Federal e do Senado. A representatividade feminina hoje é demasiadamente pequena.
Muitos outros paises do mundo, culturalmente mais aperfeiçoados, mantém larga representação feminina na política. O Brasil ocupa uma vergonhosa situação de irrisória representação feminina nos destinos do país, em relação a outros 188 paises.
Temos mais de 200 milhões de habitantes,  com maioria de eleitorado feminino (52%) e ainda assim menos de 10% das cadeiras na Câmara Federal são ocupadas por mulheres!
É certo que essa história de "cotas para a mulher", soa um tanto ofensiva. Não deveríamos precisar desse tipo de artifício. Mas considerando que os partidos políticios impedem ou não estimulam a participação feminina, a exigência de cota mínima garante que haja pelo menos alguma representação da mulher na política. Mas por que não 50% de exigência? Por que 10% ou pouco além disso?
É essa hipocrisia que precisa ser discutida. Entre outras, porque da mesma forma que a mulher autônoma e eficiente na política, é ofendida por parlamentares que desdenham a representação feminina, também temos o artifício de partidos ditatoriais que colocam mulheres apenas como marionetes dos partidos. Isso precisa acabar.

segunda-feira, junho 15, 2015

ALIENÍGENAS À DEMOCRACIA

 Quando procuramos definir como fica essa efervecência política, tão criticada, com brigas na Câmara Federal e no Senado, com pressões absurdas sobre o Poder Executivo e as manifestações populares sendo reprimidas, é preciso reconhecer que as Casas Legislativas transformaram-se em uma espécie de torre de babel. Ou em alguma versão da "casa da sogra", expressão utilizada para definir o abuso de um espaço.
Afinal, a imprensa internacional está acusando o Congresso brasileiro de se rebaixar a condição de mero chantagista, que pressiona o governo para obter vantagens partidárias e espaços de poder.

O que temos de ameaça a nossa tão suada e sofrida condição democrática, depois de décadas de uma triste história, que envolveu uma dramática condição de ditadura, seguida de uma recuperação a partir dos anos 80, enfronhada em corrupção?
Sabemos que ainda somos uma "democracia bebê", e que a capacidade do brasileiro em conscientização política está apenas começando. 

Estamos a caminho do aprendizado político. Ainda enfrentamos uma realidade chocante: um país que elege mais de 50% de seu Congresso com representantes de interesses de grupos econômicos, preocupados com medidas de exploração dos recursos e grandes lucros para empresas privadas, ainda que isso se faça com altos prejuizos para o país. Essas bancadas empresariais são representadas principalmente pelo PMDB, Dem, PSDB e PP.

A democracia é um sistema que exige responsabilidade do cidadão, não apenas no cuidado com o voto, mas com a fiscalização do trabalho de quem é eleito. Ainda acreditamos que basta dar um palpite e lavar as mãos.
No entanto op país está empenhado em preservar a democracia, um sistema que permite uma tradução das necessidades do país, na preservação de sua soberania e autonomia, que estão acima de interesses privados de congressistas, do Chefe de Estado ou ainda de lobbies que podem ser traduzidos também nas pressões de interesses externos, favoráveis à economia de outros países e desfavoráveis ao Brasil. 

Portanto, é preciso enfrentar a questão>: o que temos hoje, na estrutura de nosso Congresso Nacional, tão importante para traduzir as necessidades do país
Temos parlamentares que pressionam projetos absurdos e lesivos, pretendendo modificar leis que desfavorecem a comunidade e enchem seus bolsos. Isso é novo? Não é! Mas antes esse tipo de coisa acontecia na calada, escondida pela mídia. O que os olhos não vêem, o coração não sente, não é assim?

Esses abusos que vemos na Câmara dos Deputados e no Senado, sempre existiram, mostrando que nosso Parlamento está contaminado por interesses privados e muito longe de representar os interesses populares. 
Para muitos brasileiros, temos metade do Congresso feito de papelão. A outra metade mesclada de bons cidadãos e aquele tipo morno, que não é quente, nem frio, levado pelo vento mais forte. 
Por que vivemos essa situação lamentável de um Congresso que nem sempre representa os interesses do país? 
Porque isso integra a mentalidade política, que desde sempre foi conceituada como busca de centros de poder para artifícios e não para estruturar um conjunto harmônico e com interesses unicamente centrados nas necessidades do país. Uma herança maldita! 

Devemos considerar o esforço pela democracia fadado ao fracasso ou a um estado de mediocridade? Não, é claro! Isso porque estamos engatinhando em materia de consciência política. Temos uma democracia recente e duramente agredida em décadas e décadas, em sua transição pelo século XX e sua transformação e maior sustentação neste início do séxulo XX!. Algo absolutamente natural.  Podemos esperar um Congresso honesto em seus propósitos e forte na manutenção da ética? Claro que sim, negar isso, seria negar a nós mesmos, à nossa própria idoneidade. 
Mas dependemos da educação popular, da politização do povo, para que haja condições de não só analisar melhor seus escolhidos para ocupação das cadeiras no Congresso, mas de um acompanhamento, de uma fiscalização dessas pessoas que se assumirão legisladores. Com a presidência da República, também, obviamente. 

Temos o melhor sistema democrático e muda-lo seria um erro. O que precisamos é limpar a ferrugem, o bolor, as sujeira de suas engrenagens. A honestidade é natural em alguns, mas deve ser construída e exigida para a maioria, que desconhece princípios da ética e tem dificuldade de pensar o mundo como comunidade. Não nascemos embutidos de filosofia, nascemos individuais, com instinto de sobrevivência. O comportamento futuro no meio apenas poderá ser entendido de maneira positiva, com a educação e o conhecimento. 
Talvez estejamos ansiosos demais para que a democracia funcione de maneira perfeita, apesar de sua história recente. O que importa é que as artimanhas para ferir os princípios democráticos, como vemos em parte do Congresso, não sejam admitidas em hipótese alguma. 

O desrespeito à Constituição Brasileira deve ser punido de maneira clara, em um momento onde uma minoria com interesses em golpes contra a democracia em curso, insiste em investidas õbvias. O país precisa de parlamentares comprometidos com os interesses do país e de sua população e não de ditadores travestidos de representantes da democracia. 

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