sexta-feira, abril 13, 2012

ALERTA PARA RISCO DE INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

"Fiz tratamento para a depressão e o psiquiatra me indicou receitas manipuladas (...) ninguém me informou sobre os riscos de alguns medicamentos ingeridos ao mesmo tempo, passei muito mal e exijo reparação (...) ( Amanda Rocha)
Isso acontece com maior frequência do que se imagina: o paciente não sabe nada sobre interação medicamentosa, ou seja, o resultado no organismo depois da ingestão de medicamentos diferentes, e não é informado pelo médico...que muitas vezes desconhece boa parte dos resultados da influência recíproca das drogas.
Esse é um problema considerado gravíssimo por especialistas e é ocasionado pela crescente variedade de fármacos no mercado. Alguns profissionais alegam que basta ao paciente ler a bula, que traz informações a respeito.
No entanto a maioria das pessoas não lê a bula. No seu caso, Amanda, sequer há bula: os medicamentos manipulados, principalmente psiquiátricos, não trazem informações adicionais. E hoje grande parte dos profissionais receita substâncias para manipulação direta nos laboratórios.
É bom lembrar que a transformação na ação de medicamentos não ocorre apenas com as drogas, mas também com a alimentação. É preciso saber exatamente quais substâncias naturais presentes na alimentação vão interagir com a medicação prescrita. Também deve ser considerada seriamente a orientação que determina se a medicação deve ser ingerida em jejum, durante refeições ou com alguns alimentos específicos.
O paciente precisa exigir de seu médico essa orientação clara e detalhada de outras substâncias que podem interagir com a fórmula receitada. Isso é tão importante quanto o tratamento em si! Anote as substâncias de risco (até mesmo a aparentemente inocente aspirina pode causar problemas se ingerida concomitantemente com outros medicamentos) e siga à risca, pois um erro na ingestão pode ter consequências graves!

terça-feira, abril 03, 2012

CONFUSÃO COM A INFORMAÇÃO

"De que maneira podemos saber se a informação que estamos lendo ou a notícia que estamos ouvindo tem realmente fundamento, são imparciais e dizem a verdade? (...) (Carmem Palmiere)
"Pergunto tudo isso porque li aqui um artigo chamado "liberdade de expressão e política"( http://leiamirna.blogspot.com/2006/06/liberdade-de-expresso-e-poltica_20.html(...) acho  impossível, alguém deve ser confiável!" (Gustavo
"Foi uma grande discussão na aula com uma revista que diz uma coisa, outra que diz o contrário)...(na internet tem de tudo(...)como saber o que é verdade, nem na wikipédia dá para saber(...). (Brunno G./Eli Graneiro/Vivoman/anônimo 1 e 2)

É difícil, mas não impossível. Lembre-se que a informação parcial pode acontecer em qualquer época e por motivos vários, em orgãos de comunicação respeitados, mas é no momento político que ela acontece com maior ênfase. Mas é preciso observar a ação de cada um. Analise o conteúdo de maneira crítica. De fato há muita encenação política e, infelizmente, muita afirmação distorcida na imprensa. "Distorcida" é o termo mais correto, porque em geral existe base confiável na informação. Só que ela é abordada e veiculada como convém à mídia de quem a publica.
Já que vocês estão tão interessados em "desvendar" a verdade por trás dos fatos, aqui vai uma orientação que pode ajudar a distinguir segundas intenções (que podem também ocorrer por incompetência, não necessariamente por distorção intencional).
Vamos a um exemplo de divulgação de guerras, como esta antiga: Israel ataca o Líbano, concentrando a força de fogo em, digamos, sete áreas diferentes e matando dezenas de pessoas, a maioria civis; o Hezbollah ataca Israel,  causando a morte de três soldados israelenses; os EUA e a França chegam a um acordo e apresentam uma proposta de trégua ao Líbano. O Líbano recusa porque a proposta não está clara: pede trégua, mas não ao atacante, que é Israel. Diz que aceita o cessar fogo, se Israel se comprometer a fazer o mesmo.
Muito bem, acima você  viu uma descritiva dos fatos, pura e simples. Fica fácil definir quem está fazendo o que. Agora, e se essa mesma situação for relatada desta forma: "O Líbano rejeita proposta de trégua e mata três soldados israelenses em ataque"? Vê como muda? A manchete não está "mentindo", mas omitindo e destacando apenas parte da verdade!
Trata-se de uma manipulação, não necessariamente de fatos, mas do leitor.
Outro exemplo típico (e histórico) : todos sabemos que a corrupção é sistêmica, ou seja, vem acontecendo  há décadas. Nunca havia sido investigada seriamente!
Mas podemos mudar essa realidade em uma manchete: "Índice de corrupção nunca foi tão alto", fazendo com que as pessoas, sem perceberem, relacionem a corrupção ao momento imediato, conforme o interesse político de quem divulga. 
O único jeito de evitar ser tragado por essa mídia é ler mais de uma fonte de informação e observar detalhes do noticiário. Quem tem preguiça, fica sem conhecer a verdade. Basear-se apenas nas manchetes ou em uma primeira impressão é mau negócio para quem pretende decifrar informações contraditórias ou checar a veracidade, a omissão de aspectos importantes ou a deformação de uma realidade em jornais, rádios ou tv! 

Arquivo do blog